Nova coletânea de contos de Ted Chiang, 'Expiração', continua a estimular reflexões sobre as grandes questões da humanidade
Depois de
História da sua vida e outros contos, que ganhou notoriedade pelo texto que deu origem ao filme
A Chegada, de Denis Villeneuve, Ted Chiang – um dos principais autores contemporâneos de ficção científica – volta com a obra
Expiração (Intrínseca, 416 pp, R$ 59,90 - Trad.: Braulio Tavares). O livro reúne nove contos, sendo dois inéditos e sete deles publicados em diferentes mídias entre 2005 e 2015 – incluindo a história que dá título ao livro, vencedora do prêmio Hugo em 2009. O texto traz a mensagem de uma civilização mais avançada que nós e já extinta, cujos habitantes usam cilindros de ar no lugar de pulmões. Eles acreditavam que, dessa forma, viveriam para sempre, até que um cientista resolveu investigar a si mesmo e fez uma descoberta fascinante. Os dois contos inéditos –
Ônfalo e
A ânsia é a vertigem da liberdade – estão nas últimas páginas. O primeiro relata a história de uma arqueóloga em um mundo onde a ciência e a religião se complementam. Já o texto final do livro apresenta um
gadget que permite contato com versões diferentes de nós mesmos, que fizeram outras escolhas durante a vida e estão, agora, vivendo as consequências desses caminhos em uma linha do tempo diferente. Misturando doses certas de ficção científica às nossas questões mais antigas enquanto espécie e indivíduos, a narrativa de Chiang e estimula reflexões sobre o homem, a humanidade, a sociedade e o livre-arbítrio.