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As mulheres da ilha
PublishNews, Redação, 1º/03/2021
'O silêncio das filhas' conta a história de fanatismo e intolerância se perpetuam há várias gerações e regem a vida das mulheres de uma ilha. Através de vozes femininas, o leitor acompanha os acontecimentos de uma sociedade misógina e sombria.

Uma pequena sociedade está instalada em uma ilha isolada e segura, onde a mente das pessoas foi moldada para acreditar em rituais repulsivos, comportamentos abusivos e estatutos desiguais entre gêneros. Regida por suas próprias regras, sem tecnologia, sem moeda e com práticas sexuais perturbadoras, a ilha é governada pelos Viajantes, um grupo de homens privilegiados que faz incursões às Terras Devastadas para buscar restos e detritos que possam ajudar na subsistência dos ilhéus. Os habitantes cultuam os Ancestrais, os primeiros a chegar à ilha, as mulheres são subservientes aos homens, que reinam fortes e absolutos, e criadas para ficar em casa, costurar, cozinhar, limpar, casar e engravidar. O silêncio das filhas (Rocco, 384 pp, R$ 79,90 – Trad.: Lea Viveiros de Castro), livro de Jennie Melamed, é narrado a partir de perspectivas múltiplas, todas femininas. Amanda, casada e grávida, que começa a questionar os mandamentos dos Ancestrais. Vanessa, que tem mais conhecimento do que a maioria das meninas por ter acesso à biblioteca do pai, um Viajante. Caitlin, uma garota tímida e insegura que testemunha algo que vai contra tudo o que os Ancestrais ensinaram. E Janey, uma líder emergente que não aceita os papéis de gênero que a comunidade lhe impõe.

[01/03/2021 07:00:00]
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