Livros, tributos e desenvolvimento socioeconômico
PublishNews+, Mariana Bueno, 08/02/2021
Em artigo exclusivo para o PublishNews+, a economista Mariana Bueno traça um paralelo entre o desenvolvimento socioeconômico e o consumo de livros no Brasil

Dois mil e vinte foi um ano bastante intenso para a cadeia do livro. Além dos inúmeros desafios e restrições impostos pela covid–19, foi também o ano em que o livro se tornou o centro do debate público em decorrência da proposta de reforma tributária enviada ao congresso pelo governo federal. A primeira parte, apresentada em julho, tem como foco principal a criação da Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS) em substituição ao regime vigente do PIS/Pasep e Cofins. A indústria do livro, que até então estava isenta de tais tributos, passaria arcar com uma alíquota adicional de 12%, o que acarretará no aumento de custo, que indubitavelmente será repassado para o preço do livro. A indústria, que nos últimos 14 anos sofreu queda de 29% em termos reais, encolherá ainda mais. A bibliodiversidade já afetada com a crise econômica e com a crise das grandes redes de livrarias sofrerá outro baque. Além disso, o aumento no preço do livro irá reduzir ainda mais uma demanda que já é restrita. Tudo isso junto não trará impactos negativos apenas para a cadeia do livro, mas também e fundamentalmente para uma sociedade que já não cultiva o hábito de leitura. [Nota do editor:
clique aqui para acessar a íntegra do artigo da economista Mariana Bueno escrito especialmente para o PublishNews+. No texto, ela traça um paralelo entre o desenvolvimento socioeconômico e o consumo de livros no Brasil].