Em ‘Autobiografia precoce’ Patrícia Galvão escreve sobre sua militância política, os filhos e os relacionamentos. Um livro para se compreender uma das personagens mais intrigantes da história brasileira.
Escrito em 1940, após uma das 23 vezes que Pagu sai da prisão,
Autobiografia precoce (Companhia das Letras, 144 pp, R$ 59,90) fala sobre a militância política, os filhos, os relacionamentos e várias outras camadas da vida de uma das mulheres mais emblemáticas do Brasil. O texto mostra Pagu sem subterfúgios, de forma sincera e corajosa. Do lado pessoal, ela relata sua iniciação sexual precoce e o conturbado casamento com Oswald de Andrade; da vida pública, ela conta sobre a militância no Partido Comunista e o desencanto com o regime soviético. Patrícia Galvão quase sempre foi vista pela lente masculina: seja por seus relacionamentos ou por como sua arte se comparava à de homens da época. Em
Autobiografia precoce, não existem intermediários: temos acesso a uma Pagu que escreve sobre si. Um livro essencial para se compreender uma das personagens mais intrigantes da história brasileira.
