Intrínseca lança polêmico livro de Jeanine Cummins
PublishNews, Redação, 02/04/2020
'Terra americana’ foi fortemente rechaçado pela comunidade mexicana nos EUA por retratar uma família mexicana de forma estereotipada

Em Terra americana (Intrínseca, 416 pp, R$ 49,90 - Trad.: Flávia Rossler, Cassia Zanon e Maria Carmelita Dias), Lydia Quixano Pérez e seu filho Luca, de oito anos, são os únicos sobreviventes de um massacre que deixou 16 de seus familiares mortos durante uma festa de 15 anos em Acapulco, México. Entre as vítimas está o marido, Sebastián, um respeitado jornalista local que assinou uma reportagem comprometedora sobre Javier, chefe do cartel de drogas mais poderoso da cidade. Lydia não tem dúvidas de que o homem é o mandante do crime e sabe que se não fugir imediatamente seus dias e os de seu filho também estarão contados. Instantaneamente transformados em migrantes, os dois dão início a uma jornada em direção aos EUA, aparentemente o único lugar que o poder de Javier não alcança. À medida que se juntam às inúmeras pessoas que tentam uma vida melhor fora do país, Lydia descobre que todos ali estão fugindo de algo. Antes mesmo de chegar às livrarias norte-americana, o livro de Jeanine Cummins levantou enorme polêmica. A comunidade mexicana que vive nos EUA se movimentou contra a obra alegando que reforçava os estereótipos atribuídos aos mexicanos. A polêmica foi tamanha que a Flatiron Books, editora de Terra americana nos EUA, suspendeu a turnê que Cummins faria. O temor era pela segurança de livrarias e da própria autora.

[02/04/2020 07:00:00]