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Mulheres negras e feminismo
PublishNews, Redação, 05/03/2020
Escrito por Bell Hooks, livro fala sobre a mulher negra e os preconceitos socioculturais ainda presentes

Clássico da teoria feminista, Eu não sou uma mulher? (Rosa dos Tempos / Record, 320 pp, R$ 39,90 – Trad.: Bhuvi Libanio) tornou-se leitura obrigatória para as pessoas interessadas nas questões relacionadas à "mulheridade" negra e na construção de um mundo sem opressão sexista e racial. Sojourner Truth, mulher negra que havia sido escravizada e se tornou oradora depois de liberta em 1827, denunciou, em 1851, na Women’s Convention no discurso que ficou conhecido como Ain’t I a Woman? que o ativismo de sufragistas e abolicionistas brancas e ricas excluía mulheres negras e pobres. A partir do discurso de Truth, que dá título ao livro, Hooks discute o racismo e sexismo presentes no movimento pelos direitos civis e no feminista, desde o sufrágio até os anos 1970. Além de examinar o impacto do sexismo nas mulheres negras durante a escravidão, a desvalorização da "mulheridade" negra, o sexismo dos homens brancos e negros, o racismo entre as feministas, os estereótipos atribuídos a mulheres negras, o imperialismo do patriarcado e o envolvimento da mulher negra com o feminismo, a autora pretende levar o pensamento do leitor além das suposições racistas e sexistas.

[05/03/2020 07:00:00]
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