No início do mês, cerca de 50 empresas do ramo – entre editores, distribuidores e livreiros – se reuniram na sede da Câmara Brasileira do Livro (CBL) para discutirem soluções para “inibir os descontos abusivos no comércio on-line”. A reunião teve o apoio da própria CBL e da Associação Nacional de Livrarias (ANL).
Lá, foi apresentada uma planilha de monitoramento e captação de preços e descontos médios referente ao período de 26 a 31/10. Segundo informaram os organizadores, esse documento passará a ser produzido e acompanhado semanalmente.

A média de desconto ofertado ao consumidor final é de 33,54%. A Amazon, ausente da reunião, oferece descontos médios de 33,39%; a Saraiva, também ausente, 22,6% e Cultura, a única representada no encontro, 7,78%.
Da reunião, surgiu um documento com algumas conclusões e propostas de ações transcritas abaixo:
— O livro não deve ser banalizado. Ele tem um valor social e de entretenimento que não pode ser degradado e sua percepção de valor deve ser mantida.
— Pela análise da Planilha poderão ser destacadas as editoras que desenvolvem um varejo consciente.
— Caberá a cada envolvido com o varejo do livro on-line decidir qual será sua conduta comercial com aqueles que praticam a concorrência predatória.
— As livrarias devem ser valorizadas como ponto de encontro e espaço de entretenimento, onde os leitores sempre poderão ter experiências enriquecedoras.
— Será convocada uma nova reunião, em um prazo estimado de 90 dias, na qual as editoras trarão suas experiências e ações que visam o combate, de forma incisiva, ao comércio predatório.