Em atendimento à determinação do juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, a Lucon Advogados divulgou o relatório mensal que acompanha o desempenho da Saraiva, que está em recuperação judicial. No documento, o que se vê é uma nova queda nas receitas brutas no mês de fevereiro. O faturamento bruto no período foi de R$ 67,4 milhões, queda brusca em relação ao mesmo período do ano passado, quando a varejista apurou faturamento de R$ 178,6 milhões. A retração, justifica o escritório de advocacia responsável pela recuperação judicial da rede de livrarias, se deve à diminuição de lojas (foram fechadas 24 lojas desde outubro) e à descontinuação das operações das categorias de informática e telefonia. As lojas físicas registraram redução de 59,8% na mesma base de comparação e o e-commerce, queda de 66,7%.

As despesas operacionais também foram impactadas por esses acontecimentos e pela diminuição do quadro de funcionários. Ao fim de fevereiro, essa linha na Demonstração de Resultados da companhia apresentava a cifra de R$ 30,5 milhões, queda de 45,2% ante aos R$ 55,7 milhões apurados em igual mês de fevereiro.

No período, a empresa apresentou prejuízo líquido de R$ 14,3 milhões e os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) fechou o mês negativo em R$ 4,7 milhões, contra R$ 6,2 milhões positivos em fevereiro de 2018.

Em fevereiro, a Saraiva fez o desligamento de 97 funcionários e fechou o mês de março com 80 lojas, duas a menos do que tinha em janeiro.