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Quando as garotas vão à luta
PublishNews, Redação, 11/12/2018
‘Moxie’ retrata a resistência de um grupo de meninas numa escola pública nadando contra a corrente do machismo. Livro contém ainda uma lista com dicas de leitura para se aprofundar sobre o tema.

Quando se está inserido em um ambiente machista e misógino, onde aqueles que poderiam reverter a situação simplesmente observam convenientemente o comportamento pejorativo dos homens, é preciso ser resistência. E isso também vale para a ficção. Vivian está cansada dos comentários ofensivos dos seus colegas de classe. Legitimados pelo fato de um deles ser filho do diretor, os rapazes insistem em insinuar que lugar de mulher é na cozinha e utilizam camisas com mensagens sexuais. Vivian já não consegue mais ser indiferente ao ambiente tóxico do colégio. Então, ela decide protestar. Inspirada pelo movimento criado nos anos 90 pela da banda punk feminista da Riot Grrrl, Vivian cria um zine anônimo – Moxie (Verus, 288 pp, R$ 42,90) - para recrutar outras meninas que, assim como ela, também estejam insatisfeitas com a postura dos rapazes. As ações começam pequenas, mas à medida que mais mulheres se engajam na causa, o movimento se fortalece. Ao longo das páginas, Jennifer Mathieu explica, com uma linguagem jovem e acessível, o conceito do feminismo. Moxie é sobre garotas de um mesmo colégio, onde muitas delas nunca se falaram, mas acabam unidas pelo mesmo objetivo: lutar pela igualdade de direitos dentro do ambiente escolar.

Tags: feminismo, Verus
[11/12/2018 07:00:00]
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