Publicidade
Varejo de livros volta a crescer
PublishNews, Leonardo Neto, 11/09/2018
Sem os efeitos da greve dos caminhoneiros e nem da Copa e ainda impulsionado por volta às aulas, Dia dos Pais e Bienal, varejo cresce 8,5%, segundo 8º Painel das Vendas de Livros no Brasil

Varejo de livros volta a crescer no Brasil | © Facebook da Livraria da Travessa
Varejo de livros volta a crescer no Brasil | © Facebook da Livraria da Travessa

Entre os dias 16 de julho e 12 de agosto, o faturamento com a venda de livros em livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento cresceu 8,47% na comparação com igual período de 2017. Saltou de R$ 123.247.037,66 para R$ 133.684.745,22. Em volume, o crescimento foi de 11,45%, saindo de 3 milhões de exemplares vendidos em 2017 para 3,4 milhões agora. Com isso, o varejo de livros volta a crescer acima da inflação, como vinha desempenhando desde fevereiro do ano passado e até o fim de maio passado, quando sentiu os efeitos da greve dos caminhoneiros e da Copa do Mundo.

De acordo com a Nielsen, que realiza junto com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) o Painel das Vendas de Livros no Brasil – de onde foram retirados estes dados –, esse crescimento tem a ver com eventos sazonais do período, como Dia dos Pais, as campanhas de volta às aulas do segundo semestre e ainda a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que aconteceu entre os dias 3 e 12 de agosto. Comparando apenas a semana que compreende o Dia dos Pais e a Bienal do Livro SP com a média de vendas das três semanas anteriores aos eventos, verificou-se um incremento de 24% em volume e de 20% em faturamento. "É bem verdade que, excepcionalmente neste ano, a Bienal de São Paulo não teve a presença de um grande varejista, mas podemos inferir que a presença do assunto na mídia pode ter ajudado as livrarias a venderem mais”, comentou Ismael Borges, gestor do Bookscan, ferramenta da Nielsen que monitora o varejo de livros no Brasil.

Mas a força veio mesmo dos CTPs e dos didáticos, como explica o próprio Ismael: “Os gêneros voltados para o público universitário com foco em Engenharia, Direito e Saúde tiveram a maior média de crescimento em comparação ao período anterior. Quando confrontamos com os dados do ano passado, os CTPs e didáticos tomam maior espaço, crescendo acima da média. Ficção, por outro lado, foi o gênero menos expressivo em vendas nessa época”.

Outro destaque foi o aumento do desconto médio ofertado, de 0,79 pontos percentuais. Isso impactou o preço médio do livro que apresentou queda de 2,68%, fechando o período a R$ 39,19.

No acumulado do ano, a variação no faturamento é positiva em 9,8%, totalizando R$ 1.208.483.963,79 apurados nas 32 primeiras semanas de 2018. Em igual período de 2017, essa cifra era de R$ 1.100.602.738,41. Em volume, o salto é de 5,97%, com 27.580.732 exemplares vendidos de janeiro até agora.

Clique aqui para conferir a íntegra do relatório.

[11/09/2018 09:50:00]
Matérias relacionadas
Foram movimentados 27,78% de livros a mais do que o mesmo período de 2024 e com faturamento superior em 24,38%; no acumulado do ano, faturamento é 9,93% superior a 2024
'Trincheira tropical' foi publicado em junho deste ano; outras três obras também apareceram na apuração pela primeira vez
Com dados do BookScan, Lista Nielsen-PublishNews de Mais Vendidos facilita comparação com mercados externos e dialoga com o Painel do Varejo de Livros; PN agradece à Bookinfo pela bem-sucedida parceria até aqui
Leia também
Executiva atua há dez anos na casa e a sua missão agora é unificar as frentes e comunicação da empresa entre os colaboradores, clientes, editoras e autores
Esses foram apenas alguns dos assuntos debatidos durante os três dias do evento promovido pela Câmara Brasileira do Livro no Guarujá (SP)
Projeto oferece acervo das editoras Ática, Scipione, Saraiva, Formato, Atual e Caramelo para formar novos leitores e apoiar a educação