Ricardo Aleixo não é um, mas vários. Há em sua obra, cuidadosamente trabalhada desde a estreia em livro nos anos 1990, uma mescla do melhor da poesia e das artes brasileiras dos séculos XX e XXI. Aleixo é lírico e profundo como os melhores poetas mineiros desde Drummond. Em suas diversas facetas, o poeta mineiro demonstra engenho e arte para falar do amor, da família, da cultura afro-brasileira, das grandes cidades e da própria literatura.
Pesado demais para a ventania (Todavia, 200 pp, R$ 39,90) reúne o melhor de 25 anos de sua produção poética. Organizado em seis grandes eixos, o livro oferece um panorama para a obra de Aleixo. Os textos são observações líricas e poderosas sobre os relacionamentos, o racismo, o amor, os antepassados e a própria poesia.