Em 2018, duas casas brasileiras estarão bem portuguesas, com certeza. É que a mineira Moinhos e a carioca Oficina Raquel preparam ao todo 8 títulos de autores portugueses que serão publicados ao longo desse ano.
A Moinho prepara, para julho, Um jogo bastante perigoso, primeiro livro de Adília Lopes, que já teve publicada no Brasil uma antologia pela Cosac Naify. A primeira edição desse título foi bancada pela própria autora, em 1985 e hoje é considerado um dos mais importantes da carreira da autora portuguesa. Nathan Matos, editor da Moinhos, aponta que esse é só um começo. “Começaremos pelo primeiro porque a nossa intenção é trazer toda a obra dela, livro a livro, para o Brasil”, disse ao PublishNews. Ele disse que já está negociando, para 2019, a publicação de O poeta de Pondichéry e O decote da dama de espadas.
A editora prepara, também para julho, Ciclo do cavalo, de António Ramos Rosa, outro poeta português. Nathan adianta também que publicará, no ano que vem, Volante verde, do mesmo autor.
A Oficina também vai investir pesado em autores portugueses. Publica, em abril, o infantil Lenga lenga de Lena, a hiena, de Ana Luísa Amaral, que acaba de receber o prêmio Retratos da Poesia 2018 entregue pela Internazionale Fondazione Roma, na Itália. Da mesma autora, prepara um livro de ensaios ainda sem título. Para maio, prepara o lançamento de Jogar sem bola – filosofia, literatura e futebol, de João Tiago Lima, professor da Universidade de Évora especializado na obra de Eduardo Loureço e torcedor do Acadêmica de Coimbra.
Vai publicar, em junho, Ensaios, aproximações e entrevistas, uma coletânea organizada por Madalena Vaz Pinto sobre a obra de Gonçalo M. Tavares, e uma antologia de poemas de Carlos de Oliveira, poeta português que dá nome a um prêmio literário atribuído pela Câmara Municipal de Cantanhede, lá na Terrinha.Está no prelo da Oficina ainda um diálogo entre Brasil e Portugal intitulado Espécie de cinema, antologia que vai reunir 50 poemas brasileiros e 50 poemas portugueses que remetem ao cinema. O volume é organizado pelos brasileiros Celia Pedrosa e Franklin Alves Dassie, pelos portugueses Joana Matos Frias, Luís Miguel Queirós e Rosa Maria Martelo e pela argentina Luciana di Leone.