Invasão portuguesa
PublishNews, Leonardo Neto, 28/02/2018
Ao longo do ano, Moinhos e Oficina Raquel colocam 8 títulos de autores portugueses nas livrarias brasileiras. Entre os autores que estão no prelo da casa, destacam-se Adília Lopes e Ana Luísa Amaral

Em 2018, duas casas brasileiras estarão bem portuguesas, com certeza. É que a mineira Moinhos e a carioca Oficina Raquel preparam ao todo 8 títulos de autores portugueses que serão publicados ao longo desse ano.

A Moinho prepara, para julho, Um jogo bastante perigoso, primeiro livro de Adília Lopes, que já teve publicada no Brasil uma antologia pela Cosac Naify. A primeira edição desse título foi bancada pela própria autora, em 1985 e hoje é considerado um dos mais importantes da carreira da autora portuguesa. Nathan Matos, editor da Moinhos, aponta que esse é só um começo. “Começaremos pelo primeiro porque a nossa intenção é trazer toda a obra dela, livro a livro, para o Brasil”, disse ao PublishNews. Ele disse que já está negociando, para 2019, a publicação de O poeta de Pondichéry e O decote da dama de espadas.

A editora prepara, também para julho, Ciclo do cavalo, de António Ramos Rosa, outro poeta português. Nathan adianta também que publicará, no ano que vem, Volante verde, do mesmo autor.

Ana Luísa Amaral é uma das apostas da Oficina para 2018. A autora publica pela casa um infantil e um de ensaios | Divulgação
Ana Luísa Amaral é uma das apostas da Oficina para 2018. A autora publica pela casa um infantil e um de ensaios | Divulgação

A Oficina também vai investir pesado em autores portugueses. Publica, em abril, o infantil Lenga lenga de Lena, a hiena, de Ana Luísa Amaral, que acaba de receber o prêmio Retratos da Poesia 2018 entregue pela Internazionale Fondazione Roma, na Itália. Da mesma autora, prepara um livro de ensaios ainda sem título. Para maio, prepara o lançamento de Jogar sem bola – filosofia, literatura e futebol, de João Tiago Lima, professor da Universidade de Évora especializado na obra de Eduardo Loureço e torcedor do Acadêmica de Coimbra.

Vai publicar, em junho, Ensaios, aproximações e entrevistas, uma coletânea organizada por Madalena Vaz Pinto sobre a obra de Gonçalo M. Tavares, e uma antologia de poemas de Carlos de Oliveira, poeta português que dá nome a um prêmio literário atribuído pela Câmara Municipal de Cantanhede, lá na Terrinha.

Está no prelo da Oficina ainda um diálogo entre Brasil e Portugal intitulado Espécie de cinema, antologia que vai reunir 50 poemas brasileiros e 50 poemas portugueses que remetem ao cinema. O volume é organizado pelos brasileiros Celia Pedrosa e Franklin Alves Dassie, pelos portugueses Joana Matos Frias, Luís Miguel Queirós e Rosa Maria Martelo e pela argentina Luciana di Leone.

[28/02/2018 11:06:00]