Escrito em 1985, o romance distópico
O conto da aia (Rocco, 368 pp, R$ 44,50), da canadense Margaret Atwood, tornou-se um dos livros mais comentados em todo o mundo nos últimos meses, voltando a ocupar posição de destaque nas listas do mais vendidos em diversos países. Além de ter inspirado a série homônima (
The Handmaid’s Tale, no original), a ficção futurista de Atwood – ambientada num Estado teocrático e totalitário em que as mulheres são vítimas preferenciais de opressão, tornando-se propriedade do governo, e o fundamentalismo se fortalece como força política – ganhou status de oráculo dos EUA da era Trump. No cenário da obra está a república de Gilead, onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes. Também não há advogados, porque ninguém tem direito a defesa e os cidadãos considerados culpados são fuzilados e pendurados mortos em um muro, em praça pública, para servir de exemplo. Em meio a todo este burburinho,
O conto da aia volta às prateleiras com nova capa, assinada pelo artista plástico Laurindo Feliciano.