Lançado pela Companhia das Letras, ‘Sombras da água’ apresenta duas visões de mundo diferentes
Em
Sombras da água (Companhia das Letras, 160 pp, R$ 44,90), o autor
moçambicano Mia Couto retoma a história de
Mulheres
de cinzas, romance histórico encenado à época em que o Sul de Moçambique
era governado por Ngungunyane, o último grande líder do Estado de Gaza, em fins
do século XIX. Ferido, o sargento português Germano de Melo é levado ao único
hospital de Gaza, sob os cuidados de Imani, sua amada e responsável pelo tiro
que lhe esfacelou as mãos, do pai e do irmão da garota africana e de uma amiga
italiana. Nesta jornada, eles encontrarão outros percalços e personagens
memoráveis — característicos das obras de Mia Couto. Alternando as vozes de
Imani e Germano, o escritor apresenta duas visões de mundo diferentes, porém
inevitavelmente envolvidas nesta trama.