O Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) acaba de divulgar os números do Painel de Vendas de Livros, relatório produzido em parceria com Nielsen e que tem como base o resultado do BookScan Brasil, ferramenta da empresa que apura as vendas das principais livrarias e supermercados brasileiros. O relatório traz, além dos números referentes a junho, um panorama do primeiro semestre de 2015, em comparação ao mesmo período do ano passado. O resultado que se vê é que as vendas de livros desaceleram em junho. Se, em maio, houve um aumento do faturamento de 21% em relação ao mesmo mês de 2014, em junho, o crescimento foi de 8,2%, registrando um montante de R$ 101,3 milhões. O acumulado do primeiro semestre apresenta crescimento se comparado com o mesmo período do ano passado. Saltou de R$ 729,2 milhões, de 2014, para R$ 779,2, em 2015, representando aumento de 6,9%. O crescimento, no entanto, ficou abaixo da inflação acumulada nos últimos 12 meses, que gira em torno de 8,5%.

A perda de força na comparação entre maio e junho coincide com a diminuição das vendas de livros de colorir. Se em maio, de cada 100 livros vendidos nas livrarias brasileiras, 17 eram livros de colorir, em junho, essa relação caiu para 10 livros de colorir para cada 100 livros vendidos. A fatia desses livros no faturamento das livrarias também foi menor. Em maio, eles eram responsáveis por 14,21% do faturamento. Em junho, esse índice caiu para 8,23%. Na apuração semestral, os livros de colorir representaram 6% do total de exemplares vendidos.

O Painel de Vendas de Livros aponta ainda que os preços ao consumidor ficaram, em média, 1,6% mais baixos. O preço médio caiu de R$ 38,58, no primeiro semestre de 2014, para R$ 37,97, no mesmo período de 2015. O número de ISBNs, ao contrário, subiu 10,7% na comparação semestral: saltou de 179.715 para 199.021.

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