Durante a ditadura civil-militar brasileira (1964-1985), gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais também foram alvo da violência e da perseguição pelo regime, mas o assunto nunca teve a devida repercussão. Com objetivo de contribuir para uma análise interdisciplinar das relações entre o período e as homossexualidades, James Green, historiador da Universidade de Brown (EUA), e Renan Quinalha, integrante da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo, organizaram o livro Ditadura e homossexualidades: repressão, resistência e a busca da verdade (EdUFSCar, 332 pp., R$ 49). Na coletânea, que conta com nove artigos, é mostrado como o movimento de resistência LGBT foi sufocado, reprimido e impedido de se desenvolver, como ocorria em outras partes do mundo naquela época.