A ocupação do espaço público nunca foi tão discutida como neste início do século XXI, e é nas cidades que vemos acontecer os mais importantes movimentos de resistência e as rebeliões que clamam por mudanças na ordem política e social. Nova York, São Paulo, Mumbai, Pequim, Bogotá e até Johanesburgo fazem parte da análise do britânico David Harvey, no seu novo livro Cidades rebeldes – Do direito à cidade à revolução urbana (Martins Fontes, 296 pp., R$ 34,90 – Trad. Jeferson Camargo). A partir de exemplos como a Comuna de Paris, o movimento Occupy Wall Street e as rebeliões de rua em Londres, Harvey pergunta como as cidades poderiam ser reorganizadas de maneira socialmente mais justas e ecologicamente mais saudáveis, e como elas podem tornar-se o foco da resistência anticapitalista.