SÃO PAULO — Parece que agora a Bienal Internacional do Livro de São Paulo começou para valer. Que o digam as filas quilométricas de estudantes na porta do Pavilhão de Exposições do Anhembi, na manhã deste sábado. Entre gritos e choros, os jovens vieram à feira do livro para ver três grandes nomes internacionais que se apresentam hoje na Bienal: Harlan Coben, Kiera Cass e Cassandra Clare.
A fila para pegar a senha de Kiera era a maior de todas, mas o auditório da Arena Cultural só tem 450 lugares. Um membro da organização garante que, como ele é aberto, será possível acomodar todo o público. A autora é publicada pelo selo Seguinte, da Companhia das Letras.
Um erro de comunicação chegou a levar uma pequena multidão à porta do estande da editora Record, que trouxe a escritora Cassandra Clare para a Bienal de São Paulo. Segundo adolescentes na porta do local, a organização do evento informou que as senhas para autógrafo seriam entregues no estande da editora — que tentava esclarecer que o local não era ali.
— Moço, eu cheguei às três da manhã! Eu preciso encontrar a Cassandra! — gritava Michele, de 16 anos, que dizia ter vencido um concurso da editora Record para encontrar a autora.
Tentando controlar os ânimos, os livreiros da editora não escondiam a sua tensão com a situação. No estande da Rocco, também havia fila grande para encontrar a escritora brasileira Carolina Munhóz.
Por conta do tumulto, a organização da Bienal resolveu transferir a distribuição de senhas para a parte externa do Anhembi, garantindo a ordem de chegada e a segurança do público.
A Bienal Internacional do Livro de São Paulo começou ontem e vai até o dia 31 de agosto. A expectativa de público é de 700 mil pessoas