Houve uma época em que audiolivros eram o furor do mercado editorial, acreditava-se inclusive que substituiriam o livro físico. Hoje o setor tem suas características marcantes, como o forte crescimento nos últimos anos, graças à difusão dos smartphones, o mercado de “vozes famosas”, crises como a falência da britânica AudioGo e monopólio, bom, da Amazon. Nesse aspecto o mercado de audiolivros se assemelha ao dos livros físicos/digitais. A gigante de Seattle comprou a Audible em 2008 por cerca de US$ 300 milhões e possui agora mais de 100 mil títulos à venda. E a Audible continua expandindo: a empresa comprou 5 mil títulos da quebrada AudioGo e aproveita o espaço cada vez mais reduzido de CDs nas lojas para manter a influência sobre as editoras.
Outra curiosidade do setor são os prêmios “literários”. Se livros físicos concorrem ao Booker e National Book Award, as editoras de audiolivros torcem pelo Grammy. Entre nomes como Taylor Swift e Katy Perry está a Hachette, concorrendo ao prêmio musical na categoria “Palavra Falada” com três dos cinco livros nomeados (Simon & Schuster e Macmillan também estão no páreo).