CEOs discutem expansão internacional em Frankfurt
PublishNews, Iona Teixeira Stevens, 11/10/2012
Kobo, Google, Barnes and Noble, Fnac e IndiaPlaza participaram do CEO Panel deste ano

O CEO Panel, mesa organizada pelos principais veículos especializados no mercado editorial e moderada pelo consultor austríaco Rüdiger Wischenbart, juntou os diretores da Google, Barnes and Noble, Kobo, Fnac e IndiaPlaza para falar sobre planos para livros digitais, expansão internacional e responder as perguntas dos jornalistas da Bookseller, Publishers Weekly, Livres Hebdo, Buchreport e PublishNews.

De um modo geral, os CEOs demonstraram otimismo em relação ao mercado digital, afirmando que, no longo prazo, o consumidor busca sempre conteúdo, a expectativa é portanto que o e-book comece a agregar valor – e possivelmente o preço.

Em relação à expansão internacional, o Brasil parece estar no radar de todos eles. Santiago de la Mora, um dos diretores de conteúdo da Google, lembrou que sua empresa acabou de se lançar no Japão e que o Brasil definitivamente está nos planos da empresa, mas não deu nenhum detalhe sobre a possível expansão.

Já a Barnes and Noble, que acabou de chegar na Inglaterra com seu Nook, aposta no investimento pesado em conteúdo em várias línguas e na solidificação dentro do mercado antes de abrir em outro país. “Estamos vendendo muito conteúdo, vendemos livros de mais de 18 línguas” disse Jamie Iannone, presidente de conteúdo digital da varejista.

O CEO da Kobo, Michael Serbinis, comentou chegada da empresa ao Brasil, antes mesmo de chegar em Portugal e em países de língua espanhola “Nosso objetivo é ser uma empresa global, então estamos sempre olhando para devemos ir, procuramos onde há demanda para um catálogo de 3 milhões de livros e leitores digitais, e o Brasil é um posto importante” declarou o CEO.

Único representante dos mercados emergentes, Venkat Valliappan, do IndiaPlaza, o site de e-commerce que vende os Kindles da Amazon, foi perguntado pelo PublishNews que lições a Índia pode ensinar ao Brasil sobre a chegada da varejista americana. “Uma coisa é certa: estamos vendendo muitos Kindles”, brincou Valliapan. Ele afirmou também que os editores tendem a colocar preços mais baixos nos livros na Índia, e que o mesmo acontece com e-books.

A Fnac tem no Brasil a sua única rede de filiais fora da Europa – exceto pela abertura recente de uma filial no Marrocos. Elodie Perthuisot, presidente da divisão de livros da rede francesa, disse que a experiência da Fnac no Brasil nos últimos 20 anos tem sido muito positiva, mas que não há planos de expansão para outros mercados emergentes no momento, pois considera que “quando se trata de mercado digital, a Europa também é uma região emergente, então temos que trabalhar bem nosso mercado primeiro”.

[11/10/2012 00:00:00]