O escritor Ignácio de Loyola Brandão lança hoje, em São Paulo, Acordei em Woodstock (Global, pp. 288, R$ 35,00), uma coleção de anotações e memórias de uma viagem que fez aos Estados Unidos, em 2000, para explorar a cidade que abrigou o lendário festival de música em 1969.

Segundo o autor, o livro é um “relato de viagem antiliterário, despretensioso”, onde Loyola une recordações sobre os passeios em Woodstock, um retrato dos Estados Unidos nos dias atuais e relatos sobre cinema e literatura, que passam por alguns dos ídolos do escritor, como Scott Fitzgerald, Ernest Hemingway, Federico Fellini e Ava Gardner.

O lançamento ocorre em um lugar de São Paulo que transborda história: um palacete construído pelo arquiteto Ramos de Azevedo, em 1891, hoje sede da Global Editora. O casarão foi a residência de Azevedo até 1928, ano em que ele faleceu. Depois, até 1979, foi ocupado por uma neta do arquiteto. Em 1983, foi doado à Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, à Fundação Antônio Prudente e à Cruzada Pró-infância. Dois anos depois, foi tombado pelo Condephaat e pela Prefeitura.

Em 1988, Luiz Alves Junior, proprietário da Global, adquiriu o palacete e iniciou reformas para reverter o processo de deterioração que inviabilizava o uso do prédio. Parte das obras terminou em 1995, ano em que, finalmente, o palacete de 922 m2 tornou-se sede da editora.

Quem quiser prestigiar o lançamento do livro de Loyola e o casarão de 120 anos pode ir, a partir das 19h, à Rua Pirapitingui, 111, no bairro da Liberdade.