No senso comum, a Nova Zelândia é lembrada como um país de lindas paisagens, cenário dos filmes da trilogia "Senhor dos Anéis" e vizinho da Australia. Mas não é assim que a ilha quer se promover mundo afora. "Desejamos ser vistos como um país criativo, que tem força em várias áreas pautadas por boas idéias, incluindo cinema, moda e mercado editorial", afirma Lucy Orbell, responsável pela comunicação do Ministério da Cultura neozelandês.

O tamanho dessa criatividade poderá ser conferido por editores do mundo todo na Feira do Livro de Frankfurt de 2012, da qual a Nova Zelândia será a convidada de honra, posto que este ano foi ocupado pela Islândia e que, em 2013, será preenchido pelo Brasil.

Por ano, o mercado editorial neozelandês movimenta cerca de US$ 200 milhões, lança cerca de dois mil títulos novos e publica um total de 9,7 milhões de exemplares, sendo que 25% deles são de autores nacionais. Ao todo, a ilha tem 600 editoras, mas 50 detêm 98% do mercado - entre as grandes, estão as subsidiárias de empresas como HarperCollins e Hachette.

Em 2010, quem mais vendeu livros no país foi Annabel Langbein. Ela é apresentadora de programas de culinária na televisão que inclusive são transmitidos no Brasil pelo canal de TV a cabo GNT, e publica livros de receitas em sua própria editora. A Nova Zelândia também é conhecida pela forte publicação de livros infantis.