Na Alemanha do século XIX, Hans é um viajante enigmático que desce de sua carruagem, na cidade de Wandernburgo, e bate à porta de uma pousada. Ele pretende descansar e continuar sua jornada, mas logo é atraído pela cidade cujas ruas parecem mudar de lugar a cada dia. Quando está prestes a partir, a sabedoria de um velho tocador de realejo faz com fique mais alguns dias. Hans se dispõe a ir embora novamente, mas conhece a inteligente e insinuante Sophie, por quem se apaixona, mas descobre que ela foi prometida a um membro de uma das famílias mais notáveis do vilarejo, e qualquer mudança de rumo trará consequências fatais. O viajante do século (Alfaguara, 456 pp., R$ 39,90 – Trad. Maria Paula Gurgel), de Andrés Neuman, usa esse microcosmo imaginado, para discutir questões políticas, sociais e literárias do século XIX de uma forma inusitada: com o olhar de um observador do século XXI. [Andrés Neuman participa da mesa “Viagens literárias”, no dia 8 de julho, às 10h, na Flip.]