A prova de que psicanálise e arte sempre andaram juntas
PublishNews, Redação, 29/09/2010
Em “Deuses de Freud”, Janine Burke faz uma análise da vida de Freud e de seu legado através de sua obsessão com obras de arte e antiguidades

Ao escrever a teoria do inconsciente, Sigmund Freud pautou-se muitas vezes por exemplos colhidos de suas leituras e por seu apurado senso estético. “Posso dizer que não sou um especialista em arte, apenas um leigo... Entretanto, as obras de arte exercem um efeito poderoso sobre mim”. A modesta afirmação em seu artigo O Moisés de Michelangelo não condiz com a intrigante imagem do estúdio onde viveu e atendeu no último ano de sua vida em Viena (e que pode agora ser visto em Londres), cercado de uma impressionante coleção de antiguidades egípcias, gregas e romanas, como mostra a historiadora de arte Janine Burke em Deuses de Freud (Record, 462 pp., R$ 59,90 – Trad. Mauro Pinheiro). O extraordinário acervo, composto por mais de duas peças, mostra que para Freud, a psicanálise e sua coleção de arte se desenvolveram juntas num relacionamento simbiótico.

[29/09/2010 00:00:00]