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O menino maluquinho não foi, mas a festa continuou
PublishNews, Redação, 09/08/2010
Organização calcula que cerca de 7 mil crianças tenham participado da Flipinha; FlipZona também encontrou o seu caminho

A Flipinha parte de uma grande ideia que é preparar, durante todo o ano letivo, as 5.800 crianças da região para o encontro com os escritores. Segundo a organização, isso vem dando certo – os estudantes estão chegando mais entusiasmados e têm participado mais. E as bibliotecas estão maiores com as doações feitas pelas editoras. Neste ano, a parte da equação que não deu certo foi a final, justamente quando as crianças conversariam com possivelmente um dos escritores mais populares entre elas. Ziraldo, anunciado como destaque deste ano da Flipinha, cancelou a ida a Paraty e não foi substituído.

Isso não diminuiu a beleza da festa, por onde passaram Eva Furnari, Roger Melo, João Alegria, Lalau e Laurabeatriz, Luis Perequê e muitos outros, mas foi sentida. Para Gabriela Gibrail, coordenadora da programação infantil e juvenil, alguns autores pensam que a Flipinha é menos. “É esse leitor da Flipinha que vai à Flip em alguns anos”, diz a coordenadora lamentando que alguns escritores prefiram o palco principal. Em 2007, Amós Oz não pensou nisso e se sentou no meio da molecada. Leia a justificativa de Ziraldo.

Trinta e duas escolas participam neste ano e Gabriela acredita que o grande mérito da Flipinha é o de preparar mais os professores para a questão da leitura em sala de aula. “Não é festa, não é oba oba. As crianças estão mesmo lendo e conhecem os autores que vêm aqui.” De acordo com a coordenadora, antes elas eram mais dispersas, mas hoje já interagem”.

Para a próxima edição, a Flipinha terá um autor homenageado e a ideia é que siga a homenagem da festa-mãe. Gilberto Freyre, o escolhido da programação adulta neste ano, seria muito difícil para eles. Assim, na mesa que é considerada uma espécie de despedida, os autores que ainda estavam em Paraty no final da tarde de sábado contaram à criançada o que tinha de Brasil na literatura deles. A Flipinha ganhou uma música em 2010, apresentada no sábado à noite por Luis Perequê.

Outra mudança que pode acontecer no ano que vem diz respeito à escolha dos autores. “Quando penso na programação, não me preocupo em saber de qual editora é determinado autor”, comentou Gabriela. Mas para a próxima edição, terão uma conversa mais estreita com as editoras para saber quais são as sugestões delas. E mais: antes não acontecia de um escritor dar autógrafos na Flipinha. Tanto que não há um lugar específico para isso, ao contrário da Flip que conta com uma mesa ao lado da Livraria da Vila. No ano passado, Ruth Rocha recebeu seus fãs no camarote montado atrás do palco. A organização vai pensar nisso também.

Gabriela disse que são todos muito gratos às editoras. “Elas têm um papel muito importante porque nos ajudam a montar as bibliotecas nas escolas com os acervos que doam”. De acordo com a coordenadora, as editoras acreditaram na Flipinha desde o começo. Para melhorar ainda mais, só reunindo novos parceiros. Neste ano, Ática e Brinque-Book chegaram para ajudar.

Além dos 5.800 estudantes da cidade, outras 1.200 crianças devem ter passado por lá de acordo com a organização.

FlipZona

Criada em 2009 para envolver os jovens de Paraty, velhos demais para a Flipinha e jovens demais para a Flip, foi criada, em 2009, a FlipZona. Cristina Maseda, que coordena esse espaço, disse que este foi o ano de consolidação da FlipZona, com mais de 40 jovens envolvidos no projeto, que já vinham trabalhando juntos há três meses no Ponto de Cultura Casa Azul. Esses jovens produziram 32 reportagens, 15 delas em vídeo, material que foi publicado no site da FlipZona. Além disso, uma extensa programação lotou o espaço dedicado a ela na Praça da Matriz.
[09/08/2010 00:00:00]
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