Em seus mais de quarenta anos de carreira, Lou Reed já foi visto de diversas formas. Do porta-voz da cultura underground de Nova York, passando pelo glam rocker de cabelos descoloridos e unhas pintadas e o criador de muitas experiências sonoras. É um dos únicos representantes do rock dos anos de 1960 a manter uma produção constante ao longo das últimas quatro décadas. Nas palavras do crítico musical Lester Bangs, com quem Lou Reed mantinha uma relação de amor e ódio, o músico trouxe “dignidade, poesia e rock and roll a temas como as drogas pesadas, as anfetaminas, a homossexualidade e o suicídio”. No livro Atravessar o fogo - 310 Letras (Companhia das Letras, 792 pp., R$ 51,50 – Trad. Cristian Schwartz e Caetano Waldrigues Galindo), o leitor terá acesso a um retrato completo da obra dessa polêmica figura por meio da tradução de suas mais de trezentas letras.