A financeirização possui uma dupla função: ela instaura uma concorrência exacerbada, necessária para manter a pressão para a elevação da exploração, e estabelece um modo de repartição adequado às novas condições de reprodução do capital. A finança capitalista (Alameda, 358 pp., R$ 56), de Suzanne de Brunhoff, François Chesnais, Gérard Duménil, Dominique Lévy e Michel Husson, tem como objetivo analisar e compreender os processos desse sistema. O livro remete o leitor à contradição essencial para o capitalismo contemporâneo, que consiste na recusa em satisfazer uma parte crescente das necessidades sociais, uma vez que essas se distanciam, gradativamente, de seus próprios critérios de escolha e de eficácia. Os autores são todos professores de economia na França.