Cosac Naify lança Parece verdade na SP-Arte
PublishNews, Redação, 28/04/2010
O livro registra a exposição fotográfica homônima em cartaz no Rio entre janeiro e março de 2010

Com uma das mais destacadas produções do cenário contemporâneo brasileiro, o fotógrafo Caio Reisewitz busca na paisagem, seja a natural ou a construída pelo homem, o tema para seu trabalho. Parte de sua produção, exposta entre janeiro e março deste ano no CCBB do Rio, pode ser conferida agora em Parece Verdade (Cosac Naify, 192 pp, R$ 85). São fotos feitas pelo artista no Brasil – São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Goiás, Distrito Federal e Paraná –, e em cidades estrangeiras como Cartagena das Índias, Frankfurt e Ushuaia.

O livro chega às livrarias em maio, mas haverá um lançamento neste sábado, 1º de maio, das 17h às 19h, no estande da Galeria Luciana Brito, na SP-Arte, que acontece de 29 de abril a 2 de maio no Pavilhão da Bienal (Parque do Ibirapuera, s/nº - Portão 3 – São Paulo/SP. Tel.: 3094 2820).

Segundo o fotógrafo “existe a realidade como ela é, e a construída. O interior de uma igreja barroca, por exemplo, é uma obra de arte em si, plena de detalhes requintados. E também há cenas da natureza em que, apesar de ser uma realidade direta, ela é tão elaborada que você pode pensar que foi construída, ou teve algum tipo de montagem e manipulação, o que não ocorreu”.

Um dos aspectos do trabalho de Reisewitz é a quase total ausência do ser humano. “Não é proposital, é um instinto”, diz. As exceções são fotos de 2002 em que usa a imagem de um amigo, Rufo, ou da menina Antonia, filha de outro amigo, único retrato, propriamente dito, da edição. Reisewitz também registra a alteração, “ou destruição”, da natureza feita pelo homem, como em “Bertioga”, “Goiânia VII” e “Itaquequecetuba”.

A edição traz textos do crítico e curador brasileiro Fernando Cocchiarale e de Horacio Fernandez, um dos maiores especialistas de fotografia da Espanha, além de uma conversa do artista com Miguel Chaia, do Núcleo de Estudos em arte, mídia e política da PUC SP, além de 130 imagens e percorre a produção mais recente de Reisewitz.

Sobre o fotógrafo

Caio Reisewitz nasceu em 1967, em São Paulo, onde vive e trabalha, e tem obras em importantes coleções públicas e particulares no Brasil e no exterior. Dentre as diversas mostras individuais e coletivas em que mostrou seu trabalho, Caio Reisewitz ocupou três andares da Casa de América, em Madri, durante o festival PhotoEspaña, em 2006, e participou das edições de 2005 da Bienal de Veneza – em que representou o Brasil, junto com o grupo Chelpa Ferro – e da Bienal Internacional de São Paulo. Descendente de alemães, cursou a Academia de Arte, em Mainz, Alemanha, onde também estudou na Fachobershule für Gestaltung e na Peter Behrens Schule, em Darmstadt, depois de ter estudado na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo, em 1989. Em 2009, concluiu o mestrado na USP em poéticas visuais.
[28/04/2010 00:00:00]