A Academia Brasileira de Letras instituiu, como uma das homenagens prestadas pelo centenário de morte do autor de Os Sertões, o Prêmio Euclides da Cunha destinado ao melhor livro, inédito ou já publicado depois de janeiro de 1999, sobre a vida e obra do grande escritor. As inscrições ficaram abertas até meados de 2009 e concorreram 30 livros. No próximo dia 8 de dezembro, às 15h, a produção do professor e historiador norte-americano Frederic Amory, Euclides da Cunha: uma odisséia nos trópicos, será reconhecida. O evento acontece na Sala José Alencar, que fica no Centro Cultural da ABL (Av. Presidente Wilson, 203 – 1º andar Rio de Janeiro/RJ), e na oportunidade, o professor de estudos latino-americanos na Universidade da Califórnia, Leopoldo Bernucci palestrará sobre o “Processo de organização e pesquisa da biografia e os critérios adotados para a sua escritura”.

Recentemente falecido, Frederic Amory dedicou duas décadas de sua vida à composição desse livro que, segundo a Comissão Julgadora aborda a vida e a obra de Euclides da Cunha de forma minuciosa. “Uma vasta bibliografia documenta a incursão do autor por um extenso domínio de consultas, investigações e leituras. Os temas fundamentais de Os Sertões, a viagem pela Amazônia e a Campanha de Canudos são alguns pontos examinados de forma exaustiva pelo escritor.” Segundo a Comissão Julgadora, também “a vida pessoal e doméstica de Euclides da Cunha e o desfecho trágico do drama conjugal é narrado com um realismo contundente a que jamais se atreveu qualquer outro biógrafo do grande escritor.” O Prêmio Euclides da Cunha, de R$ 30.000,00, será entregue à viúva de Frederic Amory, Elaine Tennant.