35 horas de bibliofilia
PublishNews, Juliana Lugão, 27/11/2009
Já imaginou dar uma volta na livraria às 3h da manhã? Este fim de semana dá. A Livraria Cultura abre durante 35 horas seguidas.

Já imaginou dar uma volta na livraria às 3h da manhã? Este fim de semana dá. A Livraria Cultura abre durante 35 horas seguidas.Este é o segundo ano do Vira Cultura, uma aposta da Livraria Cultura na vida noturna paulistana. Em 2008, 15 mil visitantes passaram por lá. Em 2009, a loja do Conjunto Nacional abre às 9h de sábado, dia 28/11, e só fecha às 20h de domingo, 29/11. “São Paulo é uma cidade quase 24h, que suporta esse tipo de manifestação”, diz Fabio Herz (foto), diretor comercial da Livraria Cultura, que espera cerca de 20 mil pessoas para acompanhar as mais de 80 atrações da programação. O evento, que no ano passado foi uma iniciativa solo da livraria e rendeu um aumento de 30% nas vendas, este ano já atraiu novos patrocinadores e apoiadores, garantindo uma programação maior.

No dia de 35 horas, quem passar ali pela Avenida Paulista com a Augusta, vai poder ver shows, lançamentos, bate-papos, teatro e até uma exposição de capas raras de vinis de seis colecionadores convidados. Paulo Beto e Tatá Aeroplano, dois dos colecionadores, vão fazer um podcast ao vivo do Vira. E pra madrugada, os DJs Alexandre Matias, Lucio Ribeiro e Tiago Ney se revezam em sets de uma hora e meia cada um.

Luis Augusto Fischer lançando livro sobre Nelson Rodrigues, o jornalista Arnaldo Bloch, Malu Mader e Arnaldo Batista são alguns dos nomes que passam pela livraria para sessões de autógrafo. Ela, para abrir o evento com seu filme, Contratempo, sobre a Orquestra Villa-lobinhos, que também se apresenta. O cantor e compositor autografa o DVD Loki – Arnaldo Batista, sua cinebiografia dirigida por Paulo Henrique Fontenelle, também no sábado, às 18h.

Os filmes passam no Cine Bombril, que abriga também a pré-estréia do filme Natimorto, baseado em livro de Lourenço Mutarelli, outra presença confirmada. No teatro Eva Herz, a peça As meninas, uma adaptação de Maria Adelaide Amaral para o texto de Lygia Fagundes Telles e um bate-papo com o ator Dan Stulbach estão programados.

Preocupado em “buscar tendência”, Fabio conta que a curadoria pensa em apresentar novos artistas. Além do sarau de poesias de Paulo Scott, Chacal, Marcelino Freire, Marcelo Montenegro, nova moda em qualquer evento ligado à literatura, a curadoria apostou em shows de novas promessas do rock, como Copacabana Club e Holger. Ano passado, foi a Vanguart, banda de Mato Grosso que vem ganhando projeção nacional. “Ainda estamos amadurecendo como banda e uma oportunidade como essa é incrível, é essencial”, explica Alessandro Oliveira, guitarrista e vocalista do Copacabana.
[27/11/2009 01:00:00]