São Paulo, quarta-feira, 04 de fevereiro de 2009 |
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Mercado Aberto GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br Comércio cai 7,4% no último tri em São Paulo Não foi só a indústria que desabou com a crise. O comércio também foi atingido em cheio. As vendas do comércio da região metropolitana de São Paulo caíram 7,4% no último trimestre de 2008 em relação a igual período de 2007. Os números são da PCCV (Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista) da Fecomercio de São Paulo. Foi o primeiro índice trimestral negativo desde 2002. Em dezembro, o faturamento do comércio sofreu uma queda de 6,8% na comparação com o mesmo mês de 2007. Apesar da queda no final do ano, o comércio ainda conseguiu fechar 2008 com alta de 1,7%. Para Altamiro Carvalho, economista da Fecomercio, o período de prosperidade no consumo terminou. "A expectativa é de um volume de vendas menor que no ano passado. Não teremos mais dados tão elevados." Os setores que mais influenciaram a retração em dezembro foram concessionárias de veículos, com queda de 13,7%, e supermercados (-9,5%). Carvalho atribui o desempenho do setor de supermercados à crise. Foi abalada a confiança do consumidor, que passou a comprar só os produtos extremamente necessários e mais baratos. Em 2007, ocorreu exatamente o contrário. O movimento, no mesmo período, foi o maior dos últimos seis anos, devido ao crescimento da renda e do câmbio favorável à aquisição de importados. Em novembro, as atividades das concessionárias e supermercados já tinham apresentado queda de 28,4% e de 9,2%, respectivamente. De acordo com o economista da Fecomercio, a queda começou em outubro e estava restrita a apenas 3 setores, dos 9 observados: lojas de departamento, concessionárias de veículos e autopeças. Em novembro, o recuo se alastrou para 5 das 9 atividades -abrangeu supermercados e lojas de eletrodomésticos e eletrônicos. Em dezembro, foram sete as atividades em queda, com lojas de móveis e material de construção. "A queda, que começou nas concessionárias, vem se disseminando." DO FIO À SACOLA
A Verup, empresa que desenvolve softwares para o segmento de moda, espera crescer 50% neste ano impulsionada pelo lançamento do Audience, produto que permite
o acompanhamento de todas as etapas do processo produtivo de confecções via internet. Para Alfred Achkar, sócio-diretor da Verup, a crise traz uma oportunidade de expansão da empresa. "É exatamente nesta época que os empresários entendem que gestão é a palavra de ordem."
A agência Famiglia anunciou, na noite de segunda-
-feira, o encerramento de
suas atividades. "O cenário
econômico e a projeção de
receita para 2009 inviabilizam a prestação de serviços
como acreditamos que deva
ser feita", afirmava o comunicado ao mercado.
Mulheres se banham no hotel Alpha Resort- -Tomamu, localizado em Shimukappu, na ilha de Hokkaido, no Japão; o hotel tem sala de jantar, quartos e banheiros feitos de gelo; a estadia custa US$ 893 por noite para duas pessoas e inclui um jantar servido em pratos de gelo PESOS PESADOS Os maiores empregadores do varejo já confirmaram suas presença na reunião agendada com Henrique Meirelles para esta sexta-feira, em São Paulo. Luiza Helena Trajano (Magazine Luiza), Flavio Rocha (Riachuelo), Marcos Gouvêa (GS&MD Gouvêa de Souza), Marcílio Pousada (Livraria Saraiva), Jorge Gonçalves (C&C Casa e Construção) e Pedro Herz (Livraria Cultura) têm encontro marcado com o presidente do Banco Central para mostrar o trabalho realizado atualmente pelo IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo). O objetivo do grupo é propor a criação de novos indicadores para o setor e estreitar relações. ALCORÃO A Cooperativa Vinícola Aurora acaba de receber o certificado Halal, que permite que ela comercialize seus produtos no mundo islâmico. Trata-se da única vinícola brasileira a conseguir essa certificação, atestado de que o produto é lícito para consumo dos muçulmanos. Halal significa "permitido, autorizado" e garante que todos os ingredientes do produto são admitidos pelo Corão e próprios para consumo dos muçulmanos. A vinícola poderá ter acesso a 1,8 bilhão de consumidores do mundo islâmico. O número de pedidos de certificados no Brasil subiu nos últimos três anos, segundo a Central Islâmica Brasileira de Alimentos Halal. com JOANA CUNHA, MARINA GAZZONI e CRISTIANE BARBIERI Próximo Texto: Produção industrial cai 12% em dezembro Índice |
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