Novamente a Casa Fasano foi o palco do anúncio dos vencedores do Prêmio Portugal Telecom de Literatura. Neste ano, o prêmio chegou à sua 6ª edição e já está consolidado com um dos principais da literatura em língua portuguesa. Sem todo o suspense criado na noite, aqui estão os vencedores: o 3º colocado foi Bernardo Carvalho, com O sol se põe em São Paulo (Companhia das Letras, 168 pp., R$ 35,50). No 2º lugar houve empate entre Beatriz Bracher, por Antônio (Editora 34, 184 pp., R$ 28), e António Lobo Nunes – português –, com Eu hei-de amar uma pedra (Objetiva, 560 pp., R$ 66,90). E o prêmio de R$100 mil foi para Cristovão Tezza, por O filho eterno (Record, 224 pp., R$ 34), que conta a história a partir de sua experiência de ser pai de uma criança com síndrome de Down. O autor expõe nessa obra as dificuldades e as saborosas vitórias vividas nestes 26 anos de seu filho Felipe. O romance começa na sala de espera para o nascimento de seu filho, quando ficou sabendo que seria pai de uma criança com a Síndrome. Cristóvão era todo emoção ao receber o prêmio. Entre sorrisos, abraços, lágrimas e até uma ligação pelo celular, o autor atendia repórteres e fotógrafos após a premiação. Não é por acaso que os três vencedores da noite tenham sido também os vencedores do Prêmio Jabuti 2008, na categoria melhor romance, onde Cristóvão também foi o primeiro colocado, Bernardo Carvalho o segundo e Beatriz Bracher a terceira colocada.
Foto: Luciana Prezia/divulgação