São Paulo, quinta-feira, 04 de setembro de 2008

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Mercado Aberto

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br

Indústria do leite se reúne para pedir crédito ao governo

Mais de 30 empresas ligadas à indústria do leite, entre elas Nestlé, Parmalat, Itambé e Perdigão, reúnem-se hoje, pela segunda vez na semana, na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). O objetivo é buscar, junto ao governo, alternativas para o setor.
Como o volume de produção aumentou de 10% a 12% na última safra e o consumo caiu 8% em razão da alta da inflação, os preços despencaram.
Sem alternativa de exportação, que não chega a 3% do total produzido, os fazendeiros ameaçam reduzir a atividade -o que resultaria na conseqüente falta de leite no mercado ou alta no preço cobrado no próximo ano. Isso porque o valor das vendas por litro está inferior ao custo de produção.
"O setor é muito desorganizado", afirma Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil, a associação dos produtores. "A indústria alimentícia diz que vai precisar de mais leite, nós respondemos a essa demanda e, de uma hora para outra, ficamos na mão."
Hoje deverá ser redigido um documento a ser levado à Casa Civil, que pedirá a liberação de um EGF (Empréstimo do Governo Federal). Usada como capital de giro, a linha de crédito tem o estoque como garantia. Ao ser vendido, a dívida tem de ser paga imediatamente.
"Além da liberação do EGF, queremos pleitear o aumento do valor, hoje restrito a R$ 10 milhões por empresa", diz Rubez. "Isso dará um alívio monstro para muitos empresários, que pensam em arrendar a terra para outros cultivos mais atraentes financeiramente e sair do leite."
A indústria também tentará conseguir, junto ao governo, uma linha de incentivo às exportações. Tanto Venezuela quanto Cuba, os maiores compradores do produto brasileiro, dizem preferir comprar leite da Nova Zelândia, onde há linhas de crédito que permitem o pagamento um ano após a importação. "Também precisamos desse tipo de mecanismo para ser menos dependentes do mercado interno", diz Rubez.

BRAÇO-DE-FERRO
Roger Agnelli, presidente da Vale, entrou na Justiça, há poucos dias, contra a CSN pedindo indenização na disputa pela mina Casa de Pedra. O argumento foi que a rival não cumpriu o contrato de ajustamento entre as partes desde que o Cade determinou, em 2005, que a empresa de Benjamin Steinbruch não precisava mais vender à mineradora o excesso de minério de ferro extraído da mina.
A Vale alega que a preferência estava em contrato e que, por isso, cabe indenização. A disputa promete esquentar.

Navegador do Google já é o 3º mais utilizado

O Google lançou o Chrome, o navegador de internet que vai concorrer diretamente com o Internet Explorer, da Microsoft. A disputa já começou e o Google ganhou terreno no Brasil. Apenas na estréia, o Chrome já é o terceiro navegador mais utilizado, conquistando 1,12% da preferência dos internautas brasileiros.
O Chrome ultrapassou o Safari, da Apple, que agora detém 0,81% do mercado brasileiro, e o Opera, que tem 0,20%. O Internet Explorer é líder, com 87,88%, seguido do Firefox, da Mozilla, com 9,98%.
É o que revela um levantamento que será divulgado hoje pela Predicta, empresa que monitora praticamente todos os acessos na internet brasileira.
Ao contrário do Internet Explorer, o Chrome utiliza uma plataforma de programação aberta.

BAGAGEIRO
O Cadastur, cadastro on-line do Ministério do Turismo, para empresas e profissionais do setor, atingiu, em agosto, 37.116 integrantes -alta de 25% nos últimos seis meses. O sistema, direcionado a meios de hospedagem, transportadoras turísticas, agências, organizadoras de eventos, parques temáticos e guias, dá acesso a fontes de financiamento e apoio para participar de programas, eventos e feiras do setor. Os Estados com mais cadastrados são SP, RJ, RS, MG e PR.
SEM INGRESSO
Sony Ericsson, Vivo e Warner Music fizeram acordo para lançar celulares que vêm com músicas do álbum "Hard Candy", de Madonna.

GOTA D'ÁGUA
Caixa, Agência Nacional de Águas e Ministério de Meio Ambiente assinaram ontem, em Brasília, um acordo de cooperação técnica para recuperação ambiental das bacias hidrográficas do país. O acordo prevê financiamento para estudos para recuperação das bacias dos rios Paraíba do Sul e Piracicaba, Capivari e Jundiaí, com recursos arrecadados na cobrança pela água.

DE PASSAGEM
Desembarca no Brasil, no dia 15, Mark Stoler, diretor global de ambiente, saúde e segurança, da General Electric, e integrante do grupo Ecomagination, linha de produtos socialmente responsáveis que serão lançados no país em 2009.

NEGÓCIO DA CHINA
Será lançado neste mês o livro "Fazendo Negócios na China: Como Lucrar no País que Mais Cresce no Mundo" (Editora Prumo, 304 págs.), de Ted Plafker, analista do mercado chinês, correspondente da "Economist" em Pequim, no país desde 1989. O autor fala de cultura, leis e etiqueta locais para fazer negócios.

CADEIRA
Depois das aquisições da Azaléia e da Indular, a Vulcabras/Azaléia acaba de criar a diretoria de operações. Para comandar a nova área, a empresa contratou Eduardo Lara. O executivo passou mais de 15 anos na Alpargatas e lançou a Nintendo no Brasil.

EM TREINAMENTO
O programa de trainees da C&A abre hoje as inscrições para sua 54ª edição. No primeiro semestre deste ano, a relação candidato por vaga subiu de 15 mil para 25 mil. Atualmente, cerca de 70% dos diretores da empresa vêm do programa. O índice de efetivação em cargo de gerência de lojas, no final do programa, é de aproximadamente 80%.

MOTOR
A região central de São Paulo foi a mais cara para abastecer com álcool, gasolina, diesel e biodiesel em agosto, segundo a pesquisa mensal da Ticket Card. No entanto, para encher o tanque com GNV, o centro é a região mais vantajosa. A zona leste tem os melhores preços para gasolina, álcool ou diesel, segundo o levantamento. No mês passado, o preço médio do litro do álcool subiu 1,7%, e o da gasolina, 0,4%. O litro do álcool passou a custar, em média, R$ 1,32, e o da gasolina, R$ 2,43 na capital paulista.

com JOANA CUNHA, VERENA FORNETTI, CRISTIANE BARBIERI e JULIO WIZIAC



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