Universidade negra
PublishNews, 03/10/2003
No Brasil, é tão reduzido o número de estudantes negros que chegam à universidade que já é senso comum a idéia de que eles são a "exceção que confirma a regra". Seria mesmo? Ou essa presença, seja como alunos ou como professores, é o resultado de trajetórias de vida cheias de percalços e de lutas? Essa é uma das questões abordadas em uma pesquisa da antropóloga Moema De Poli Teixeira que a editora carioca Pallas acaba de publicar no livro intitulado Negros na Universidade - Identidade e Trajetórias de Ascensão Social no Rio de Janeiro (268 pp., R$ 32). O resultado final da pesquisa, aliás, compôs a tese de doutoramento da antoropóloga na UFRJ, em 1998. O estudo deverá enriquecer os debates, cada vez mais atuais, sobre negros na universidade brasileira. Como destaca a antropóloga Giralda Seyferth no prefácio da obra, a publicação de Negros na Universidade "é oportuna, pois traz uma contribuição original sobre a especificidade e os princípios que norteiam o preconceito e a discriminação racial num espaço institucional - a universidade pública - com base nos discursos de indivíduos classificados como negros que vivenciaram um processo de ascensão social".
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