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Crítica de tradução
PublishNews, 18/09/2003
Em setembro de 1944 surgia nas páginas dominicais do jornal Diário de Notícias, do Rio de Janeiro, uma seção de crítica literária completamente diversa das demais: o articulista analisava livros recentemente traduzidos para informar os leitores sobre a qualidade e a adequação dessas traduções. Não se tratava apenas da ingrata função de apontar erros: os comentários, além de sugerirem formas estilísticas e vocabulares mais adequadas para resolver os problemas em questão, esmiuçavam o espírito das línguas para encontrar equivalências vernáculas para as transposições ao pé da letra. Com pouco, os leitores se habituaram a ver naquelas colunas semanais um verdadeiro exercício da arte de traduzir para a qual faltavam, à época, compêndios ou material de referência. Como as críticas recaíssem, não raro, sobre medalhões de nossa literatura, a coluna, assinada com o pseudônimo C.T., começou a sofrer o assédio dos criticados e de seus editores para que fosse revelada a identidade de seu autor. Raul Lima, um dos editores do jornal, não podendo mais conservar o sigilo, informou que os artigos eram da autoria do professor mineiro Agenor Soares de Moura. Os textos críticos de Agenor foram agora organizados e reunidos por Ivo Barroso em À margem das traduções (Arx, 272 pp., R$ 35).
[18/09/2003 00:00:00]
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