A nova Livraria Insulto está localizada no bairro do Tatuapé, em São Paulo, e tem como diferencial a temática de seus livros: é uma loja especializada em títulos sobre amor e sexualidade. Por conta dessa temática, a livraria até já encontrou obstáculos. O espaço é um projeto solo de Arlete Bačić, tecnóloga gráfica que durante mais de uma década trabalhou na "formação física" dos livros, como gerente da editora Moderna, além de experiência na FTD e na Ciranda Cultural. A Livraria Insulto (Rua Tijuco Preto, 1368 – São Paulo / SP) funciona de terça à sábado, das 10h às 19h. Arlete afirma que pensou em abrir uma livraria após deixar de trabalhar na FTD. Ela percebeu que não havia nenhuma livraria voltada para livros que falassem de amor — e não apenas o "amor romântico" — e de sexo no Brasil. "Observei projetos como esses no México, na Espanha e na Argentina, mas nada no Brasil", comenta. "Não tem por que a sexualidade ser vista como suja e seja reprimida. A ideia é dar um lugar para que as pessoas sejam livres para dialogar sobre o tema", afirma. Na busca por um endereço para o espaço, Arlete afirma ter sido negada duas vezes quando os donos dos imóveis descobriram que o projeto seria uma livraria sobre o tema. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Prêmio Governador do Estado de São Paulo 2023 revelou seus vencedores na terça-feira (12), no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Na categoria Incentivo à Leitura, quem levou foi o projeto de Ribeirão Preto Revitalização de Bibliotecas, fruto da parceria entre a Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto e Usina Alta Mogiana, através das leis de incentivo fiscal (Proac ICMS e Proac Editais). O projeto foi concluído em 2022 nas bibliotecas EMEB José Renato Nogueira Ambrósio (São José da Bela Vista), EE Profª Elza Miguel Francisco, e Biblioteca Municipal Dr. Carlos de Rezende Enout (em São Joaquim da Barra). As instituições receberam novos mobiliários, comunicação visual, brinquedos educativos, equipamentos e livros novos. O acervo foi renovado de acordo com o perfil de leitores de cada local. No caso da Biblioteca Municipal o sistema de catalogação e atendimento foi modernizado. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

As vendas do setor de Livros, jornais, revistas e papelaria recuaram 4,8% frente a outubro de 2022, contra -18,3% em setembro de 2023 frente a setembro de 2022 – segundo a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, divulgada nesta quinta-feira (14). Neste indicador, o setor totaliza nove meses consecutivos de quedas. Em relação ao acumulado no ano até outubro, as perdas têm a mesma intensidade do que até setembro: -4,1%. Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, o cenário também é de perdas: de -2,2% até setembro para -3,3% até outubro de 2023. No cenário geral, em outubro de 2023, o volume de vendas do comércio variou -0,3% frente a setembro, na série com ajuste sazonal, após crescer 0,5% no mês anterior. No ano, o varejo acumula alta de 1,6% em relação ao mesmo período de 2022. O acumulado dos últimos doze meses foi de 1,5%. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Pródigo Filmes, produtora por trás da série sobre Anderson Silva, Spider, da Paramount+, está desenvolvendo um filme baseado no romance de Stênio Gardel, A palavra que resta, de acordo com o site Deadline. A tradução do romance para o inglês venceu o National Book Award, um dos mais prestigiados prêmios da literatura norte-americana. A Pródigo, que entre outras produções é responsável também pela série Cidades invisíveis, da Netflix, está trabalhando em conjunto com a filial brasileira do grupo Iconoclast no filme, que está pronto para entrar em produção, segundo o site. Armando Praça desenvolveu um roteiro baseado no romance, com Fernando Nogari escalado para a direção. Os co-CEOs da Pródigo, Francesco Civita e Beto Gauss, estão na produção. O livro acompanha a jornada de um homem gay rumo à autoaceitação no sertão do nordeste brasileiro. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Uma das atividades da extensa programação do Flipoços é a Residência Literária, projeto realizado em parceria com o Camões Brasília, que visa a difusão da literatura portuguesa no Brasil e a apresentação de novos talentos literários para o mercado editorial brasileiro. O nome para 2024 é anunciado agora: Cristina Drios, autora de livros como Os olhos de Tirésias (Ed. Teorema, LeYa, 2013) e Adoração (Ed. Teorema, LeYa, 2016), entre outros. O Festival também anunciou os primeiros nomes da programação: Leticia Wierzchowski, Dani Werneck e Nalini Narayan. A 19ª edição do Festival Literário Internacional de Poços de Caldas vai ocorrer de 27 de abril a 05 de maio de 2024 no Parque José Afonso Junqueira, junto com a Feira do Livro do Sul de Minas – que terá mais de 100 expositores entre editoras e livrarias. Alinhadas com a temática central “A crônica nossa de cada dia”, as mesas de bate papos contarão com autores, jornalistas, profissionais, críticos literários, artistas que vão trazer luz a este gênero literário. O evento é aberto ao público e pela primeira vez, será montado no centro histórico de Poços, o que promete ser um marco para a cidade. Ignácio de Loyola Brandão será o patrono do Flipoços 2024. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

A Balada Literária já anunciou a primeira oficina de 2024: Os caminhos da ficção, com o premiado escritor Itamar Vieira Junior. São oito encontros via Zoom, terças e quartas-feiras, de 16 de janeiro a 7 de fevereiro (excepcionalmente a última data será na quarta-feira), das 19h30 às 21h30. As inscrições começam a partir de sexta-feira, 15 de dezembro, pelo site da Balada Literária. O valor do investimento é de R$1.350, podendo parcelar em 3x. São muitos os caminhos para se contar uma história. Nesta oficina, será experimentada o surgimento de uma história a partir da tríade: observação, memória e imaginação. Como a atenção ao mundo pode contribuir para a história? Quando evocar a memória para escrever sobre sentimentos e eventos? A capacidade de imaginar é fundamental para o êxito de um projeto literário? Personagens, trama e a voz narrativa são alguns dos temas dessa breve imersão no mundo da escrita de ficção. Ao longo da oficina, o exercício da escrita permitirá uma experiência única sobre o fazer literário a partir da própria vida de um escritor.

A editora Bandeirola está com dois financiamentos coletivos no Catarse para publicar as obras Manual de resistência na escrita, de Ana Rüsche e George Amaral, e Escrever para quê?, com organização de Sandra Abrano. São obras que podem ajudar o leitor a alcançar seu objetivo na escrita. Manual de resistência na escrita é um livro para quem deseja ou precisa escrever romances, contos, poemas e também para as que precisam desenvolver um TCC, um artigo científico ou dissertação. A obra traz dicas detalhadas, estabelece uma conversa direta que parte da organização do local de escrita e abordam temas como a procrastinação, excesso de senso crítico à toques a respeito de publicação e divulgação dos trabalhos. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O seminário Convergências entre as Literaturas Russa e Brasileira vai discorrer sobre o que há de comum entre as literaturas russa e brasileira e quais as inspirações que tocam, ao mesmo tempo, o trabalho de Graciliano Ramos e Fiódor Dostoiévski, por exemplo. Um dos objetivos do encontro é apresentar os fios semânticos que conectam os dois povos, estimulando os participantes a mergulharem no estudo dos laços culturais e humanitários através de um conhecimento mais substantivo da cultura russa. Realizado pela Agência Russa Para Cooperação Internacional Humanitária (Rossotrúdnichestvo) e pelo Instituto Cultural Casa de Autores, o evento será na Biblioteca Nacional de Brasília (Setor Cultural Sul, lote 2, Edifício da Biblioteca Nacional – Brasília / DF), nesta sexta-feira (15), das 19h às 21h30. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

“Traduzir é entrar em alguém. Dar-lhe lugar também, para que entre em nós”, escreve a argentina Laura Wittner em Viver e traduzir (Bazar do Tempo, 112 pp, R$ 52 – Trad.: Maria Cecília Brandi e Paloma Vidal), uma espécie de diário em que seu ofício de tradutora se mescla a cenas do cotidiano, aforismos, anedotas e diálogos com diversas obras e seus autores e autoras, numa saborosa prosa poética. Tradutora de nomes como Katherine Mansfield e Leonard Cohen e também poeta premiada, Laura Wittner elabora esse ensaio singular a partir de reflexões acumuladas em mais de 25 anos, defendendo a ligação entre a prática da tradução literária e a experiência concreta da vida, revelando segredos do ofício e inquietações. Na tentativa constante de responder à pergunta "O que é traduzir?", em Viver e traduzir Laura oferece ainda uma série de definições que permeiam as suas notas: “traduzir é autoanalisar-se”, “traduzir é seguir vivendo”, “traduzir é apropriar-se".

O livro Anímicas (Peirópolis, 208 pp, R$ 59) é uma obra composta por uma coleção de reflexões livres do autor acerca da criança. Em seus ensaios, o autor nos convida a encontrar a infância como qualidade da existência, investigar e expandir o olhar para o ser humano em seu início de vida, a sua percepção do mundo e participação na cultura, os seus fazeres, suas forças vitais. Como dedicado estudioso e observador das infâncias, Gandhy Piorski propõe uma imersão naquilo que é constitutivo das crianças, muitas vezes contrapondo o modo de ser da infância à vida que erigimos em nosso mundo, frequentemente afastada da contemplação, do tempo e dos sentidos, a léguas de distância de um olhar inaugural e exploratório para as coisas da vida. Se este livro propõe encontros, também libera o leitor para estar à deriva, colhendo, aqui e ali, na ordem e no momento que desejar, os incontáveis convites do autor para mirar novas paisagens, abrindo-se para respiros, fruições anímicas e outras narrativas para as infâncias. Nelas, espera-se que a criança não seja falada apenas no passado ou a partir de sua existência escolar, mas que se possa compreendê-la como condição no imaginário humano.

Com base na sua experiência pessoal e na leitura de inúmeros livros sobre psicologia, neurociência, literatura e memórias de grandes escritores, pensadores e artistas, Rosa Montero oferece em O perigo de estar lúcida (Todavia, 272 pp, R$ 74,90 – Trad.: Mariana Sanchez) um estudo fascinante sobre as ligações entre criatividade e instabilidade mental. E o faz compartilhando curiosidades surpreendentes sobre como nosso cérebro funciona na hora de criar, decompondo todos os aspectos que influenciam a criação e reunindo-os diante dos olhos do leitor enquanto escreve — como uma investigadora pronta para combinar peças avulsas para solucionar um caso misterioso. Ensaio e ficção andam de mãos dadas nessa exploração das conexões entre o criar e a loucura. E assim o leitor descobrirá a teoria da "tempestade perfeita" ― aquela que prega que na explosão criativa são postos em cena fatores químicos e situacionais irrepetíveis ― e presenciará o processo de surgimento de ideias de Rosa Montero, desfrutando das vivências da autora, que habitou diretamente, e durante anos, um território nas vizinhanças da loucura.

Em Algumas notas do dia a dia (Fósforo, 88 pp, R$ 39,90 – Trad.: Jess Oliveira) Christina Sharpe mescla memória, teoria, documentos históricos e relatos biográficos, e brinda o leitor com uma seleção de 18 notas de seu aclamado Ordinary Notes. No prefácio exclusivo da autora para esta edição, ela propõe uma leitura guiada por dois temas centrais de sua obra: a beleza como método e as variedades da vida negra que emergem apesar do racismo e da brutalidade. Do sapato bem engraxado que a avó usava em casa, mesmo enquanto cuidava de seus afazeres do dia a dia, ao “amor da minha mãe pela simetria: até os alfinetes tortos têm um lugar só para eles”, Sharpe parece colocar uma lupa sobre o que é comum — “Foi uma surpresa encontrá-los novamente, como a beleza é surpreendente”, chamando atenção para aquilo que deixamos escapar. Como bem sinaliza Saidiya Hartman, “com detalhes precisos, [Sharpe] transmite o sofrimento imposto pela ordem dominante e as brechas que se encontram no comum, e oferece um método, uma poética de recusa que transcende o estabelecido, para suportar a vida, quebrar a moldura colonial e imaginar o que poderá emergir no fim do mundo que conhecemos”.