A Casa PublishNews na Festa Literária Internacional de Paraty 2023 já tem a sua programação completa. Conceição Evaristo, Fabiano Piúba, Xico Sá e Rodrigo Casarin são apenas alguns dos autores convidados, e o mercado editorial e as discussões mais relevantes do setor continuam sendo protagonistas. Mesas sobre audiolivros, estratégias de ESG, políticas públicas do livro, gestão de empresas, fusões e aquisições no setor, marketing editorial e diversos outros assuntos estão presentes na extensa agenda. Os happy hours da Casa PN na Flip também se mantêm, todos os dias, entre quarta-feira e sábado à noite. Toda a programação é gratuita. Anote o endereço: Rua Tenente Francisco Antônio, 300 (também conhecida como Rua do Comércio, uma das principais e mais movimentadas do centro histórico de Paraty), ao lado da sorveteria Pistache. A Flip 2023 ocorre de 22 a 26 de novembro na cidade fluminense. Neste ano, foi renovado o recorde de parceiros comerciais da Casa PublishNews. De 19, no ano passado, a Casa passou para 26, entre patrocinadores master, patrocinadores, empresa envolvida em ação pontual e apoiadores. Clique no Leia mais para ver a programação completa da Casa PublishNews na Flip 2023.

A firma de investimentos KKR completou no fim de outubro a aquisição da editora Simon & Schuster, por US$ 1,62 bilhão. A empresa venceu o leilão realizado no início de agosto depois que a compra por parte da Penguin Random House foi bloqueada pelo governo americano em 2022. De acordo com o Publishers Weekly, poucos detalhes foram divulgados sobre como a S&S deve continuar operando, mas se sabe que seguem no cargo o CEO Jonathan Karp, e o COO e CFO Dennis Eulau. Em uma carta aos funcionários, Karp destacou o fato de que a S&S deixa de ser parte de um conglomerado de mídia pela primeira vez desde 1975, quando foi comprada pela Gulf + Western. Agora, faz parte de um portfólio de empresas da KKR, que incluem, entre outras, a distribuidora digital OverDrive. Em dezembro de 2022, o portfólio da KKR tinha mais de 125 empresas com uma receita coletiva de aproxidamente US$ 290 bilhões. Não há planos para transferir a editora do seu escritório em Nova York, no Rockefeller Center. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Livraria Drummond (Av. Paulista, 2073 - São Paulo / SP) e Cassia Carrenho, produtora de eventos e sócia e diretora de comunicação da LabPub, vão realizar no dia 12 de dezembro, às 18h30, um happy hour para o mercado editorial. A ideia é simples: juntar as editoras e empresas do mercado na livraria para comer, beber e se divertir. A entrada é gratuita. O evento será uma oportunidade para os profissionais do setor celebrarem o ano de 2023, ano em que se viu jovens ocuparem uma Bienal do Livro, todas as feiras voltarem aos seus modelos presenciais e que possibilitou os reencontros sem as preocupações da pandemia. Agora, o ano está terminando – mesmo com Flip, Jabuti, CCXP e Guadalajara ainda por acontecer – mas o happy hour será uma oportunidade a mais para juntar os profissionais do mercado do livro. O evento está sendo produzido por Cassia Carrenho e Livraria Drummond e já conta com os apoios das seguintes empresas: Bookwire, Planeta, Companhia das Letras, Editora Saraiva, Ciranda, MVB Brasil, Grupo Ibep e Citadel. Quer participar apoiando? Entre em contato pelo e-mail carrenhocassia@gmail.com ou WhatsApp (11) 94952-1311.

Todos os anos, o Artists’ Valley da CCXP homenageia um artista importante para o mercado de quadrinhos no Brasil. Nesta 10ª edição, que será realizada entre 30 de novembro e 3 de dezembro, a homenagem vai para o quadrinista e ilustrador Marcelo Campos. A CCXP23 também anunciou nesta terça-feira (7) o pôster oficial do evento. No Artists' Valley, a participação feminina representa 34,50% dos artistas, enquanto as pessoas LGBTQIAPN+ totalizam 40,79%, com um incremento de 2,84 pontos percentuais em relação à edição de 2022. Os 370 quadrinistas brasileiros aprovados se juntam aos 61 nomes convidados e aos 29 artistas que estarão no espaço da Chiaroscuro Studios para formar o line up de 500 artistas da área que é considerada o coração da CCXP. Este ano, a arte assinada pela ilustradora Bilquis Evely e pelo colorista Matheus Lopes no pôster oficial do evento é em homenagem aos dez anos de história daquele que é conhecido como o maior festival de cultura pop do mundo. A obra destaca os visitantes que passeiam diariamente pelos corredores da CCXP. Os momentos mais memoráveis do festival e os cosplayers que transformam o evento em uma grande festa também são retratados no trabalho dos artistas. Alguns “easter eggs” – detalhes escondidos – fazem parte da ilustração. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Nina Rizzi é escritora – mas também poeta, tradutora, pesquisadora, professora e editora, formada em História e mestra em Literatura Comparada. Autora de Elza, a voz do milênio (com Edson Ikê para a VR Editora), Sereia no copo d’água, Caderno-goiabada (ambos da Edições Jabuticaba) e do infantil A melhor mãe do mundo (Companhia das Letrinhas), entre outros livros. Tem poemas, textos e traduções publicados em diversas revistas, jornais, suplementos e antologias no Brasil, Portugal, Suécia, Argentina, Chile, Peru, Espanha, EUA, Moçambique e Angola, além de curadoria e participação em festivais e eventos artísticos e literários. Em outubro, foi uma das convidadas do programa Viagem Literária, gerido pela SP Leituras, que percorreu bibliotecas públicas do estado de SP. O PublishNews perguntou a Nina Rizzi o que ela está lendo, e esta foi a resposta: "Estou lendo A terra dá, a terra quer (Ubu), de Antônio Bispo dos Santos; o autor quilombola que além de escritor é lavrador e pescador parte da ideia de que "todos somos cosmos, menos os humanos, que têm medo do cosmos". Clique no Leia mais para ler a resposta na íntegra.

A Martins Fontes – Selo Martins está com uma vaga aberta para o cargo de vendedor e-commerce. É preciso ter experiência prévia com e-commerce, manutenção de site e experiência em livraria. As funções do cargo incluem atendimento de clientes online e manutenção de site de e-commerce, arrumação da loja, caixa e atendimento ao cliente. Os benefícios oferecidos são vale transporte, seguro saúde e vale refeição. Interessados devem encaminhar currículos para marcio@emartinsfontes.com.br até 8 de dezembro.

A LabPub – escola 100% EaD com cursos voltados para o mercado editorial – realiza no próximo dia 18 de novembro, sábado, mais uma edição de seu festival, a LabFest. As primeiras edições ocorreram no início da pandemia e, nessa retomada, será temática. Dessa vez, o foco estará nos quadrinhos orientais – mangá e manhwa. O objetivo é trazer um conhecimento mais profundo dos temas, nichos e gêneros do nosso mercado aos alunos e profissionais da indústria editorial. O evento terá palestras, oficinas e promoções realizadas pela escola. Os participantes poderão adquirir livros com desconto durante o evento na loja virtual da LabPub, que é uma novidade da instituição 100% EaD. A programação completa conta com convidados como Érico Assis, Cah Poszar, Ismael Borges, Max Andrade, entre outros. Mini-curso de tradução, o mercado de quadrinhos orientais no Brasil e uma mini-oficina de criação de roteiros para histórias em quadrinhos estão entre os assuntos abordados. O evento será online, das 10 às 17h e custa R$ 99 - para se inscrever é só clicar aqui. Alunos de cursos livres e ex-alunos da LabPub pagam R$ 49, e alunos das pós-graduações e MBA da escola têm acesso ao evento gratuitamente. Para se inscrever com desconto ou gratuidade entre em contato pelo email secretaria@labpub.com.br ou whatsapp 11 98487 8852.

Porto Alegre (RS) tem uma nova livraria: é a Macun Livraria & Café (Rua Octávio Corrêa, 67, Cidade Baixa, Porto Alegre / RS), especializada em livros por indicação geográfica. A livraria comandada pelos sócios André Lisbôa e Pedro Nambuco tem como referência o Modernismo Brasileiro em diálogo com o mundo contemporâneo. A ideia do espaço é pensar, debater e refletir sobre o conceito de um Macunaíma/Brasil globalizado. Aberto há algumas semanas, o espaço ainda funciona como cafeteria/bistrô e possui uma sala dedicada a cursos, oficinas e lançamentos de livros. Além da livraria, André Lisbôa também está estreando na literatura com o livro Nas cidades sou como o fantasma de alguém sem rosto (Folhas de Relva Edições), e que será lançado oficialmente na Casa Gueto, na Flip deste ano. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Começa nesta terça-feira (07) a 9ª Jornada de Pesquisadores da Fundação Biblioteca Nacional (FBN). Com o tema Arquivos e Coleções na Biblioteca, o evento acontece no Auditório Machado de Assis, na Biblioteca Nacional (Rua México, s/n – Rio de Janeiro / RJ) e reunirá pesquisadores que apresentarão, de forma presencial e online, os resultados parciais ou finais de pesquisas realizadas a partir do acervo da FBN, no âmbito do Programa Nacional de Apoio à Pesquisa (PNAP) e do Programa de Apoio à Iniciação Científica (PAP-IC) – além de projetos de pesquisas institucionais capitaneadas por servidores da FBN. A Jornada terá continuidade nos dias 17 e 21 de novembro, com transmissão pelo YouTube. O evento é aberto ao público e a entrada é gratuita. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Após cinco dias de programação, o Flitabira encerrou sua terceira edição com 167 atividades. Apresentado pelo Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, o evento contemplou 33 mesas de debate nacionais, 17 locais, 11 virtuais, 20 espetáculos infantis e 85 sessões de autógrafos. O tema do 3º Flitabira foi "Arte, Literatura e Correspondências", celebrando a importância que as cartas trocadas entre Carlos Drummond de Andrade e seus familiares e amigos agregam. No que tange à programação internacional, dois autores marcaram presença no Flitabira: Raquel Cané e Pedro Drummond, neto de Carlos Drummond de Andrade, patrono do Festival. Já a programação nacional teve a presença de 40 escritores e escritoras – 19 mulheres e 21 homens, sendo três indígenas e seis negros. A programação regional trouxe 14 mesas para o Festival, das quais cinco abordaram o tema central do evento, as epístolas drummondianas. As demais mesas de debate trataram temáticas como mulheres na literatura, inclusão, arte e cidade, literatura marginal, religiosidade e fé e a história da cidade de Itabira. No total, 22 mulheres e 20 homens compuseram a lista de intelectuais da programação local, sendo 11 negros e 23 professores. Um desses professores foi Maxsandro Soares, professor dos três alunos que subiram ao pódio do Prêmio de Redação do Flitabira na categoria 3, que agracia estudantes entre 15 e 18 anos. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Antropólogo, político e escritor, Darcy Ribeiro tinha muitas facetas. A exposição Fazimentos de Darcy Ribeiro: Educação e Cultura aborda as contribuições do autor como educador, e será aberta nesta terça-feira (7), na Biblioteca Parque Estadual (BPE) (Av. Presidente Vargas 1.261 – Rio de Janeiro / RJ), e ficará em cartaz, gratuitamente, pelo período de 12 meses. A mostra chega para substituir a exposição 100 Anos de Darcy Ribeiro, que ocupou o espaço de janeiro a outubro desse ano, com uma instalação que contava com 24 quadros e uma linha do tempo cronológica com texto biográfico e fotografias de momentos de destaque na trajetória do homenageado, com foco na atuação enquanto antropólogo e indigenista, durante o período em que viveu com a tribo dos Kadiwéu, em Mato Grosso do Sul. A exposição Fazimentos de Darcy Ribeiro: Educação e Cultura ficará localizada no segundo andar da BPE e está sendo realizada pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Superintendência de Museus. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O legado dos portugueses nas primeiras explorações ultramarinas é lendário, com nomes como Vasco da Gama, Fernão de Magalhães e Duarte Barbosa alcançando o mar aberto desde a costa atlântica até locais exóticos no Oceano Índico. Mas o que muitos não sabem é que a região do Golfo foi um importante ponto comercial nestas viagens à Índia e à Ásia Oriental. Por isso, a 42ª edição da Feira Internacional do Livro de Sharjah procura fechar essa lacuna de informação com uma exposição que detalha a presença portuguesa no Golfo e as relações entre as duas regiões durante os séculos XV e Séculos XVI. A exposição, intitulada “Os Portugueses no Golfo, 1507-1650: Uma história interligada”, foi inaugurada pelo Sheikh Dr. Sultan bin Mohammed Al Qasimi, membro do conselho supremo e Governador de Sharjah, e que editou um dos livros em exposição – Uma jornada majestosa: O manuscrito completo do 'Livro de Duarte Barbosa' 1565. A exposição inclui manuscritos, mapas, gravuras e instrumentos náuticos, como uma bússola de marinheiro e um astrolábio e é uma iniciativa fruto das relações institucionais entre a Universidade de Coimbra em Portugal e o emirado de Sharjah, com o apoio acadêmico do Centro de História da Sociedade e Cultura da universidade. A exposição, que segue até o final da feira, no dia 12 de novembro, está dividida em seis secções que proporcionam ao visitante um raro vislumbre das viagens e navegações, com imagens cartográficas que captam a beleza e a riqueza da região.

Neste breve romance em que a atmosfera onírica se mescla à transcendência, um homem começa a dirigir sem rumo e, desconhecendo as próprias motivações, conduz seu carro até uma floresta. Logo escurece e começa a nevar. Obedecendo à lógica trágica e misteriosa que opera nos pesadelos, em vez de procurar ajuda, ele decide se aventurar pela mata escura, onde se depara com um ser de brancura reluzente. Como as vozes que o protagonista escuta em sua errância, tudo nesta breve narrativa é ao mesmo tempo estranho e excessivamente familiar. Num jogo de claro e escuro, concreto e sublime, em Brancura (Fósforo, 64 pp, R$ 59,90 – Trad.: Leonardo Pinto Silva), o Nobel de Literatura 2023 Jon Fosse tensiona a escrita num fluxo de consciência que escala depressa para uma voltagem inesperada, tragando o leitor e fazendo-o experimentar fisicamente a radicalidade de seu projeto literário. Considerado um dos maiores escritores europeus da atualidade, frequentemente comparado a Beckett, Ibsen e Bernhard, Fosse é dono de uma vasta obra que se debruça sobre questões existenciais como a morte, o amor, a fé e o desespero. Brancura é a primeira obra de Jon Fosse após Septologia, o monumental romance que o consagrou como um clássico contemporâneo.

Solano, o protagonista de Quando os prédios começam a cair (Todavia, 192 pp, R$ 69,90) trabalha durante o dia como passeador de cães. Às terças e quintas recebe a visita de Georgia, mulher que conheceu em um aplicativo e sobre quem não sabe nada. Até que um caos assola o mundo: os prédios começam a cair. Enquanto o caos global se intensifica, Solano parte numa investigação improvisada, tendo como única pista a mochila esquecida por Georgia em sua casa. Num mundo em que as estruturas estão ruindo, o autor Mauro Paz combina mistério e investigação existencial para contar uma história que ecoa poderosamente questões de hoje e que, com originalidade e a mão firme dos grandes escritores, aponta para um amanhã cada vez mais desprovido de sentido. Assim, o drama coletivo dos prédios serve como pano de fundo para um drama maior: a busca pelo outro, por nós mesmos, por algum significado para as coisas.

Em um fluxo de consciência, tão metódico quanto lírico, um homem-menino se lança ao mar interior, símbolo maior do inconsciente, com uma jangada e o desejo de resgatar em suas profundezas as palavras duras por tantos anos cuspidas contra ele. Relicário de cuspes (Besouros Abstêmios, 176 pp., R$ 67), de Leonardo Valente, é uma história de lembranças violentas e ao mesmo tempo de grande beleza lírica, um texto onírico repleto de signos e de tempos meticulosamente sobrepostos, onde cada palavra que corta como navalha revela um oceano de sentidos. É também um livro de sensações provocadas por uma enxurrada singular de cores, músicas e tecituras narrativas, e de personagens fortes com traços surrealistas, como a tia cruel vestida de girassóis, o pai que todos os dias explode em agressividade e exala fumaça de cigarro pelos poros, e a misteriosa e dolorida porta com placa de mãe.

Romance mais emblemático de Françoise Sagan, Bom dia, tristeza (Bertrand, 144 pp, R$ 54,90 – Trad.: Ivone Benedetti) é um retrato melancólico das certezas arrogantes da juventude encarnadas na protagonista Cécile. Cativante e egocêntrica, Cécile, de 17 anos, é pura amoralidade. Dividida entre o remorso e o culto ao prazer, conhece pouco do amor ― e do pouco que conhece não gosta. Mas isso está prestes a mudar. Ao ficar livre das restrições sufocantes do internato onde estuda, Cécile e Raymond, seu pai viúvo ainda jovem e galanteador, tornam-se unha e carne. O verão vem, e ela sabe que é chegada a hora de passar as férias na Riviera Francesa, na companhia de seu pai e da mulher da vez dele. Com o casarão magnífico, o clima quente e o mar Mediterrâneo a seus pés, Cécile desfruta dos momentos de espírito livre, assim como o pai, enquanto investe nas próprias aventuras sexuais com um estudante de direito alto e, às vezes, bonito. Tudo são flores até que a visita da melhor amiga de sua falecida mãe perturba sua deliciosa desordem. E, quando Raymond anuncia que vai se casar de novo, Cécile se dá conta de que sua liberdade foi posta em xeque e de que precisa impedir as insanidades do pai, sem saber que isso pode trazer trágicas consequências.