Nesta quinta-feira (07), a partir das 10h, o terceiro dia da sexta edição do InterLivro – Encontro Internacional de Profissionais do Livro, realizado pelo PublishNews, discute os próximos passos do mercado editorial no painel O futuro da indústria do livro, que traz dois nomes de ponta no mundo dos livros para compartilhar suas visões do que vem por aí. Juergen Boos, presidente da Feira do Livro de Frankfurt, maior evento do gênero no planeta, e Margot Atwell, editora da Feminist Press, falam em entrevista pré-gravada com a repórter do PublishNews Talita Facchini, sobre desafios, tendências e oportunidades do mercado editorial global. Na pauta, entre outros assuntos, o retorno presencial do maior evento literário do mundo, a missão de dar voz a grupos e indivíduos marginalizados, e os novos caminhos que as empresas devem percorrer para aumentar sua receita. Com atividades até a próxima sexta (08), o InterLivro está inserido dentro do espaço Papo de Mercado, na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Esta semana, o Radar de Licitações, seção fixa do PublishNews+, traz um edital visando a contratação de livros, obras didáticas e sistema de ensino. O valor chega a R$ 3.372.685,79 e o pregão está marcado para o dia 15 de julho. Já o segundo edital tem como objeto a aquisição de livros e obras literárias, com valor estimado de R$ 6.638,40. A disputa está marcada para o dia 08 de julho. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

Na manhã da última terça (06) dentro da programação do InterLivro, no Papo de Mercado da Bienal, o PublishNews realizou o bate-papo ProtagonistAs: o papel decisivo das mulheres na evolução de uma indústria tradicionalmente dominada por homens, que contou com a presença de Karine Pansa (vice-presidente da International Publishers Association); Rosely Boschini (CEO da Editora Gente); Ketty Valencio (proprietária da Livraria Africanidades); e Camila Cabete (Head de Conteúdo da Árvore). A conversa completa está disponível no Instagram do PublishNews, mas além desse bate-papo, Talita Facchini - repórter do PN - também conversou com as autoras Torrey Peters e Laura Taylor Namey. Torrey é autora de Destransição, baby, publicado pela Tordesilhas e traduzido por Luisa Geisler e que conta a história de três pessoas – trans e cis – cujas vidas colidem quando uma gravidez inesperada as força a confrontar seus desejos mais profundos sobre gênero e parentalidade. Já Laura escreve para o público young adult e o seu livro Uma garota cubana, chás e amanhãs é o único, por enquanto, publicado no Brasil pela Alta Novel. As conversas completas com ambas as autoras estão disponíveis no canal do PublishNews no YouTube. Nesses bate-papos elas falam sobre seus processos de escrita, temas atuais como preconceito e aceitação, dão conselhos para os leitores e novos autores e ainda comentam sobre seus próximos livros. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Durante a 26ª Bienal Internacional do Livro, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) aderiu ao Pacto de Quito, iniciativa liderada pelo Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e o Caribe (Cerlalc), que busca promover sinergias entre diferentes indústrias criativas para melhorar a competitividade do setor criativo latino-americano. O principais acordos alcançados com o projeto até o momento são: a promoção de acordos horizontais e verticais para troca de informações relacionadas à divulgação e consumo de obras em ambientes digitais; a manutenção de canais permanentes de cooperação e troca de informações; a construção de um diretório regional de autores, artistas e performers para otimizar o intercâmbio sub-regional de bens e serviços culturais e a elaboração conjuntas de estratégias para melhorar a posição de negociação das indústrias criativas da região e tornar o conteúdo latino-americano mais visível nas cadeias internacionais de valor. Entre as instituições que fazem parte do acordo estão a Federação Internacional de Organizações de Direitos de Reprodução (IFRRO); a Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores (Cisac); a Federação de Sociedades de Autores Audiovisuais Latino-Americanos (FESAAL); o Grupo Ibero-Americano de Editores (GIE).

As editoras Moderna e Salamandra, marcas da Santillana Educação, levam para a Bienal Internacional do Livro de São Paulo esta semana, os autores Pedro Bandeira e Walcyr Carrasco. Nesta quinta (07), às 15h, Pedro autografa suas obras no estande das editoras (C43) e no sábado (09), às 16h, Walcyr lança a obra Meu lugar no mundo. O livro, publicado pela Moderna, traz à tona um assunto por vezes delicado para o público jovem: suicídio e saúde mental na adolescência. No estande, além de conferir os lançamentos e acervos da Moderna e da Salamandra, o visitante também pode conhecer outras soluções oferecidas pela Santillana Educação, como os projetos Leiomundo e Território da Leitura, voltados para escolas, professores e alunos. O espaço também conta com vários ambientes para interação dos visitantes conectando ações presenciais ao ambiente digital nas redes sociais.

O jornalista e escritor Xico Sá realiza, sábado (9), a partir das 17h, o lançamento de seu romance, A falta (Tusquets), na Ria Livraria (Rua Marinho Falcão, 58 – São Paulo / SP). Na obra, a narração de um jogo de futebol, lance a lance e minuto a minuto, é na perspectiva de alguém em campo – o goleiro –, misturando fragmentos de memória e inquietações desse personagem tão central em um time. Para o também escritor Paulo Scott: “Neste A falta, o escritor vai além, articula, entre o sonho e a condenação do erro humano, um poderoso espelho a que todas e todos correspondemos”. No romance, o protagonista é o camisa 1 de um time de futebol. Grande fã do esporte, tendo trabalhado muito tempo como jornalista esportivo, Xico mergulhou fundo nesse universo. No entanto, este romance literário vai além: não se trata apenas de um conjunto de referências históricas e futebolísticas, mas também conduz o leitor a temas mais humanos e subjetivos, como a pressão sobre atletas (e todos os profissionais dos quais se exige alta performance), a aproximação da aposentadoria, propósito, desejos e aspirações, paternidade, os relacionamentos e as frustrações acumulados ao longo de uma vida e, enfim, o amor.

Mário de Andrade foi um dos nomes mais plurais de seu tempo. Pioneiro do movimento modernista, participou da Semana de Arte Moderna de 1922 e escreveu obras fundamentais para a literatura. Nelas, pôde manifestar e reproduzir a sua visão do Brasil, de sua cultura e de sua língua – visão essa tão original e múltipla que até hoje gera debates e reflexões. Por meio da antologia Vestida de preto e outros contos (Boa Companhia, 200 pp, R$ 34,90), o leitor entrará em contato com alguns dos mais célebres textos de Mário de Andrade. Neles, o autor discorre sobre a infância, os primeiros contatos com a sexualidade e com o amor, além de refletir sobre os abismos e os conflitos sociais do Brasil, explorados por um narrador atento às questões impostas tanto pelo processo de amadurecimento de cada um quanto por um país em franca transformação.

A grafia correta é com l minúsculo mesmo. lumbung: contos de mutirão (Dublinense, 224 pp, R$ 49,90 - Trad.: Augusto Paim, Safa Jubran e Beatriz Regina Guimarães Barboza) é um esforço de editoras de diferentes países que nasce do documenta fifteen, evento artístico alemão que, na sua edição de 2022, é dirigido pelo coletivo artístico ruangrupa, da Indonésia. Nele, lumbung – palavra indonésia que se refere a um celeiro de arroz onde o excedente da colheita é armazenado para proveito comum – é não só o tema, mas o conceito estruturante que norteia sua organização. Daí surgiu a ideia de diferentes editoras criarem, conjuntamente, uma publicação que falasse de coletividade nas suas próprias culturas. São contatadas e integram o projeto, então, com coordenação da consonni, uma editora espanhola; a alemã Hatje Cantz; a mexicana Almadía; a basca Txalaparta; a árabe Al-Mutawassit; a indonésia Marjin Kiri; a nigeriana Cassava Republic Press e a brasileira Dublinense. Para cada língua, cria-se uma abordagem literária singular sobre o tema proposto: Mithu Sanyal, em alemão; Yásnaya Elena Aguilar Gil, em espanhol; Uxue Alberdi, em euskera; Nesrine Khoury, em árabe; Azhari Aiyub, em indonésio; Panashe Chigumadzi, em inglês; e Cristina Judar, em português. O conjunto dos textos traduzidos foi preparado simultaneamente por todas as editoras, que ficam também responsáveis por publicar a obra todas no mesmo momento em seus países. Tem-se, assim, esta obra única e múltipla, em diferentes línguas e com projetos gráficos distintos – que na edição brasileira ficou à cargo de Luísa Zardo.

A obra Ficções amazônicas (Todavia, 216 pp, R$ 69,90), de Aparecida Vilaça e Francisco Vilaça Gaspar, traz histórias nas quais indígenas e não-indígenas entrelaçam-se em tramas originais e surpreendentes, que revelam a diversidade cultural, a argúcia e a beleza dos povos originários. Personagens imortalizadas pelas boas histórias passeiam em danças circulares ou relaxam ao som de uma sonata de Debussy. Histórias de grandes xamãs indígenas compartilham o mesmo espaço com Merlin e o rei Arthur, em uma harmonia serena e revelando suas experiências com povos indígenas. Assim, Ficções amazônicas é como uma viagem por tempos e territórios espirituais diversos e um convite à contemplação da magia do nascimento, vida, morte, antropofagia, pós-morte e ao respeito aos povos e à natureza.

A vida é divertida (Labrador, 344 pp, R$ 49,90) é uma coletânea de contos sobre vivências do autor J. Lopes, ou de pessoas próximas. Mostra que, apesar dos percalços, viver é ter histórias para contar. Na obra, o leitor acompanha episódios que o autor viveu em viagens, no trabalho, com os amigos e a família, e até mesmo sofrendo na cadeira do dentista. E, mais do que causos, este livro fala sobre pessoas e encontros. Do caboclo do interior e suas crendices, o pintor que não aguenta mais aquelas reformas malucas, o amigo metido a cozinheiro, o outro que se torna um atleta olímpico ao competir numa partida de tênis, ou ainda aquela pessoa que é o "resolvedor" de problemas e até o casamenteiro da turma. São esses personagens que fazem de A vida é divertida um livro real sobre as relações pessoais e a forma como enxergar a vida.