O aumento de vendas registrado na semana passada, de 13%, foi revertido com uma queda de 14% apresentada agora pela Lista dos Livros Mais Vendidos do PublishNews. E todas as categorias apuradas tiveram redução. O pior desempenho foi em Negócios, com diminuição de 30%. A queda mais discreta está em Autoajuda, com 2%. Nas outras listas, Não Ficção teve redução de 15%, Infantojuvenil, 11%, e Fiçcão, 6%. Entre as estreias da semana, dois títulos que aparecem na lista de Não Ficção são potenciais ocupantes do topo do ranking. Um deles é Escravidão – Volume 3: Da Independência do Brasil à Lei Áurea (Globo Livros), a conclusão da trilogia de Laurentino Gomes [foto] sobre a escravidão. Um dos autores responsáveis pela popularização cada vez maior dos livros de história entre os mais vendidos, Laurentino só precisa repetir a performance de vendas dos dois primeiros volumes para ter mais um best-seller na coleção pessoal. Seu livro entra na décima posição na lista Geral e em segundo lugar de Não ficção. A outra novidade que deve subir rapidamente na lista é Luiza Helena - Mulher do Brasil (Gente), a biografia de Luiza Trajano escrita por Pedro Bial. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O consultor austríaco Rüdiger Wischenbart publicou a nova edição do seu Digital Consumer Book Barometer, estudo que, desde 2018, oferece análises detalhadas sobre o consumo do segmento no Canadá; Alemanha, Áustria e Suíça; Itália; Espanha; Brasil e México. Os dados do estudo foram fornecidos por distribuidoras e agregadas, incluindo a Bookwire, De Marque, edigita e Libranda. Na edição desde ano, além de analisar o crescimento do digital – e-books e audiolivros – e os modelos de entrega e consumo, o estudo também mapeia o impacto da pandemia de Covid-19 nesses setores, suas tendências e novos padrões de consumo. Os últimos dois anos apresentaram um crescimento notável em todos os segmentos dos mercados de livros digitais, liderados principalmente pelo consumo de audiolivros, e com o streaming mostrando o aumento mais acentuado. Influenciado pela pandemia, o segmento digital sofreu mudanças estruturais na forma como é consumido, o que inclui vendas por download, os modelos de assinatura, streaming e empréstimos em bibliotecas públicas. “Em todos os mercados e em todos os formatos, exceto para Brasil, os preços médios aumentaram, algumas vezes compensando a queda no volume de vendas de downloads”, reporta o consultor. Rüdiger analisa também que a mudança mais relevante a se observar, no longo prazo, é que os modelos de entrega contínuos e “orientados pelo acesso” ganharam força e, ao mesmo tempo, novas categorias de gênero são adotadas pelos consumidores, superando o preconceito inicial de que os e-books eram bons apenas para leitura fácil, como uma distração. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Amazon anunciou nos EUA a lista Best Books of the Year So Far 2022, uma verdadeira bússola para editores de outros países interessados em boas obras para publicar. Traduzindo para o português, a lista pode ser chamada de “os melhores livros do ano até agora”. E o primeiro lugar ficou para Shelby van Pelt [foto], com com a novela Remarkably bright creatures. A lista é anunciada tradicionalmente no final do primeiro semestre, em pleno verão americano. Funcionários de vários escalões da Amazon dão seus palpites com os livros mais interessantes que leram desde janeiro, obrigatoriamente lançados a partir daquele mês. Existe uma lista geral e depois várias listas agregadas, separadas por gênero. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O Coninler 2022 - Congresso Internacional de Leitura, realizado pelo Observatório do Livro, vai reunir, de 04 a 08 de julho, 24 escritores e artistas de países de língua portuguesa em diversas lives gratuitas e on-line, a partir das 19h. O tema deste ano do evento – que acontece dentro da programação da 26ª Bienal do Livro de São Paulo – é Ler é preciso! O livro e a leitura em língua portuguesa além das fronteiras e tem, como o próprio nome aponta, toda a programação voltada ao universo dos livros, da literatura e da leitura no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. No dia 04, o autor Valter Hugo Mãe participará da abertura do evento em uma mesa com o tema "Minha literatura é minha língua portuguesa". Logo em seguida, Laurentino Gomes fará uma leitura da escravidão no Brasil, às 20h. As atrações continuam no decorrer da semana com nomes brasileiros como Ignácio de Loyola Brandão, Cidinha Silva, Nélida Piñon, Mario Sérgio Cortella, Pedro Bandeira, Marina Colasanti, Walcyr Carrasco, Daniel Munduruku, e mais. Entre os estrangeiros estão Teolinda Gersão e Lídia Jorge. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota e se inscrever no evento.

A Companhia das Letras está com duas vagas abertas. A primeira delas é para estágio no departamento de D2C/livros infantis. Os requisitos incluem estar cursando, preferencialmente, Administração, Comunicação Social, Jornalismo ou áreas correlatas; conhecimento de Excel; boa comunicação interpessoal e facilidade de trabalhar em equipe. A pessoa contratada irá cuidar da manutenção do site; fará a análise de oportunidades em vendas; trabalhará consultando o Google Analytics e interpretando os públicos e índices do site. Interessados devem se inscrever clicando aqui. A segunda vaga é para o cargo de analista de marketing. É essencial que o(a) profissional se comunique bem, pois estará em contato direto com autores e parceiros da editora, e também será responsável pelo conteúdo dos canais nas redes sociais. Além de atuar na divulgação dos principais livros da editora, o profissional deverá acompanhar o resultado das ações e campanhas e os bastidores do mercado editorial. É preciso ser formado preferencialmente em Marketing, Comunicação Social, Jornalismo; ter inglês intermediário ou avançado e ter amplo conhecimento e interesse pelo mercado editorial de livros literários. Interessados devem se inscrever clicando aqui.

Os grandes jornais diários deram enorme destaque à morte de Danuza Leão [na foto, aos 17 anos]. Com tantas atividades diferentes em seus dinâmicos 88 anos de vida, ela também se notabilizou por oito livros de sucesso e colunas na imprensa. Na Folha, Ruy Castro escreveu um extenso e carinhoso perfil. O Globo destacou seus dois prêmios Jabuti, com a autobiografia Quase tudo (2005) e Fazendo as malas (2008). O Estadão destacou Danuza como símbolo da cultura carioca. Duas obras que marcaram muitas gerações de jovens e continuam relevantes tiveram seus “aniversários” nesta semana. O Estadão falou dos 25 anos de Harry Potter e a Pedra Filosofal, de J.K. Rowling, ainda presente nas listas de mais vendidos em vários países. E a Folha noticiou uma exposição em Paris para comemorar os 75 anos do clássico O pequeno príncipe, de Saint-Exupéry. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Com tanta produção literária, de inúmeros escritores com talento, é difícil algum nome ainda causar frisson no mercado editorial americano. Mas ninguém se lembrou de avisar isso a Bret Easton Ellis. Após 12 anos de sua última obra de ficção, Imperial bedrooms, o autor californiano anunciou que vai lançar The shards (na tradução, “os fragmentos”), seu nono livro. Foi o suficiente para a imprensa especializada em literatura nos EUA soltar rojões. Vem aí um best-seller de grife. Ellis é conhecido mundialmente pela repercussão polêmica de Psicopata americano, lançado em 1991. O livro traz o protagonista Patrick Bateman, um yuppie escravo de marcas famosas e muita ostentação junto a seus colegas de Wall Street. De vez em quando, ele gosta de matar e esquartejar mulheres, mendigos e até alguns rivais no trabalho. Uma edição de luxo foi editada no Brasil pela DarkSide em 2020. The shards sinaliza sua volta a uma jornada violenta. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Apesar de levar às bancas todos os meses dezenas de publicações de quadrinhos, a Panini guardou alguns lançamentos de peso para a 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Entre eles, dois novos volumes da série Graphic MSP, com releituras de personagens de Mauricio de Sousa. Franjinha - Contato [imagem] e Denise - Arraso estarão à venda no estande da editora (G115), com presença de seus autores para autógrafos. Uma tradição nesses encontros de aficionados deve se repetir: as trocas de figurinhas entre os visitantes. É comum que cada um aproveite esses eventos para completar seus álbuns, e a Panini estará vendendo diversas coleções. Entre elas, Brasileirão 2022, Jurassic World 3, Harry Potter Anthology, Lightyear: Movie, Fortnite, Animais Fantásticos: os segredos de Dumbledore e Stranger Things. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Sempre com a proposta de publicar histórias que inspiram e geram mudanças em seus leitores, a Buzz Editora estará presente na Bienal do Livro de São Paulo com debates importantes de alguns de seus autores, como Monja Coen, Wendell Carvalho, Pablo Marçal, Rick Chesther e outros. Mas, no segundo sábado do evento, dia 09, o estande L110 será procurado pelos fãs do filme 365 dias, uma produção da Netflix baseada no best-seller da polonesa Blanka Lipinska, que estará presente. Uma das mais tórridas atrações já mostradas pelo serviço de streaming, o enredo relata o encontro luxuriante entre Massimo e Laura. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A obra O reciclador de palavras (Palavras Projetos Editoriais, 32 pp, R$ 32), de Barbara Parente, conta a história de um retirante cearense, que encontra na reciclagem o sustento para a família deixada no sertão e descobre nos livros um novo sentido para a vida. Voltada para crianças a partir dos oito anos, a obra busca mostrar a potencialidade da leitura e da literatura, além de expor os encontros com a diferença e a invisibilidade dos catadores. Vasculhando o lixo, o retirante Luiz encontra livros que lhe servem não apenas para reavivar o gosto pela leitura como para ensinar crianças em situação de rua a ler e se encantar também com a literatura. De acordo com a autora, a obra possui uma correlação com a história de sua família: “Durante a escrita, resolvi criar uma ponte entre o catador e a história do meu pai, que saiu do sertão de Pernambuco em busca de uma condição melhor numa cidade grande e enfrentou sozinho muitos desafios. O reciclador de palavras é uma história de personagem, de busca, de superação de obstáculos”, explica. A arte gráfica da obra é de Carla Chagas.

Com objetivo de fazer as crianças repensarem a forma como eles olham o mundo e os animais, O mundo é assim, Taubaté (Global, 72 pp, R$ 49), livro de Orígenes Lessa (1903-1986) conta sua história pelo ponto de vista de um macaco, tentando responder uma pergunta: afinal, o que os macacos pensam quando nos encaram de volta pela jaula do zoológico? A resposta para essa questão é contada de forma bem-humorada e dinâmica pelo protagonista, que tem uma visão interessante sobre os seres humanos no geral, sendo que seus pensamentos e sentimentos ditam grande parte do tom da obra. Com ilustrações de Orlando Pedroso e uma trama que é ao mesmo tempo única e divertida, o principal objetivo da mesma é abrir os olhos da criança e fazê-las se questionarem sobre a forma como tratamos os animais, criando uma reflexão que pode abordar a vida dos bichos e da natureza, alterando até mesmo o jeito que elas olham para o mundo.

Uma pena, uma bolinha de gude, um abraço, um pôr do sol... objetos e gestos comuns do dia a dia são vistos como verdadeiros presentes na segunda obra da escritora Emily Winfield Martin, best-seller do News York Times. Um presente para você (VR Editora, 40 pp, R$ 69,90 – Trad.: Nina Rizzi) captura momentos singelos do cotidiano para lembrar aos pequenos leitores o quanto eles são amados. A obra é indicada para crianças a partir de três anos para leitura acompanhada, e para os maiores de seis, em fase de alfabetização. Emily reforça por meio da poesia o lado bom de situações opostas, como o silêncio ou a risada e estar só ou acompanhado, além de valorizar cada momento vivido.

O que é preciso para ser rei? O que é preciso para liderar, governar, organizar, decidir? Quem manda pode fazer o que quiser? O que é um bom líder para uma nação ou uma empresa ou uma cidade, um condomínio, uma escola ou mesmo um jogo ou uma brincadeira? É preciso uma coroa? Um castelo? Os autores Leo Cunha, Tino Freitas e o ilustrador Fê convidam os leitores a fazerem essas perguntas – e explorarem possíveis respostas – repetidas vezes nas estrofes rimadas e ritmadas deste livro-poema O que é preciso para ser rei? (Pequena Zahar, 40 pp, R$ 54,90). Tendo o rei, esse personagem tão popular e comum nas histórias clássicas infantis, como espécie de metáfora para governantes e líderes, o trio de autores explora diversas imagens – no texto e nas ilustrações – nas quais cabem múltiplas camadas de leituras e muita conversa, em um diálogo vivo com o momento atual político que estamos vivendo no Brasil e no mundo. Com ilustrações cheias de detalhes e surpresinhas para leitores de todas as idades.