Pela terceira semana seguida, a Lista dos Livros Mais Vendidos do PublishNews registra um aumento de vendas, desta vez de 14%, contra 11% no período anterior. E vender é um dos assuntos do novo líder na lista Geral do levantamento. Da sétima posição na lista de Negócios na semana passada, Dê Propósito (Gente) subiu para a liderança geral, vendendo 3.517 exemplares no período. Seu autor é João Branco [foto], um dos dez melhores profissionais de marketing do Brasil segundo a Forbes. Ele lidera o premiado time que fez o McDonald’s virar Méqui e bater todos os recordes da história do Big Mac no Brasil. A editora Gente consegue uma dobradinha na liderança, pois o segundo lugar Geral está com O poder da autorresponsabilidade, de Paulo Vieira, há tempos frequentador das primeiras posições da lista. Em terceiro, outro título habituado com o topo: Mais esperto que o diabo (Citadel), de Napoleon Hill. Puxado pelo sucesso de Dê propósito, a categoria Negócios teve o expressivo aumento de 54% nas vendas. Também registraram crescimento as categorias Ficção, com 12%, Infantojuvenil, 10%, e Não ficção, 8%. A única que teve resultado ruim foi Autoajuda, com declínio de 6%. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A cineasta, sacerdote zen-budista e escritora Ruth Ozeki é a vencedora do Women’s Prize for Fiction 2022 com o seu quarto romance, The book of form and emptiness, que, na visão do júri, se destacou “por sua escrita brilhante, calor, inteligência, humor e pungência". Ruth levou o prêmio de £ 30 mil, junto com uma estatueta de bronze. O anúncio foi feito em uma cerimônia na tarde desta quinta (15). “Isso é um absurdo, eu não ganho coisas”, brincou ela emocionada em seu discurso. “Estive pensando que eu não estaria aqui sem o suporte de mulheres e instituições femininas e é por isso que esse prêmio é tão importante para mim”, disse. Representando o júri, a autora Mary Ann Sieghart, disse ainda que a obra de Ozeki “aborda grandes questões de vida e morte e é uma alegria completa de ler”. The book of form and emptiness conta a história de um menino de 14 anos que, após a trágica morte de seu pai, passa a ouvir vozes de objetos falando com ele, enquanto sua mãe desenvolve um problema com acumulação. Na obra, o menino acha refúgio em uma biblioteca e conhece o seu próprio livro que o ensina a ouvir as coisas que realmente importam. O livro será publicado por aqui pela Morro Branco, que também irá relançar este ano outro livro de Ozeki, A tale for the time being. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O antropólogo Roberto DaMatta é o vencedor do Prêmio Machado de Assis 2022, concedido pela Academia Brasileira de Letras (ABL). Também filósofo, ele escreveu mais de uma centena de ensaios técnicos, vários artigos para os principais jornais do país e do exterior, inclusive para o "New York Times", e publicou 11 livros. Suas obras são marcos da formação do pensamento antropológico brasileiro. O mais famoso de seus títulos é Você sabe com quem está falando?, volume com três ensaios que analisam o autoritarismo brasileiro. É um ótimo exemplo de como ele construiu suas obras sempre a partir da cultura popular, analisando fenômenos como futebol, Carnaval, fé e o famoso "jeitinho brasileiro". Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Durante o noticiário da semana, a Folha deu atenção a duas autoras importantes com livros lançados no Brasil recentemente. A Nobel de Literatura Louise Glück [foto] publica seu primeiro livro depois de receber esse prêmio maior, em 2020. Envelhecimento e memória têm sido temas recorrentes nos últimos escritos da autora americana, e não é diferente em Receitas de inverno da comunidade (Companhia das Letras), que traz em edição bilíngue 15 longos poemas. Na seção Biblioteca da Vivi, a autora entrevistada é Valerie Perrin, fenômeno da literatura pop que chega ao Brasil com Água fresca para flores (Intrínseca). Na conversa, a best-seller francesa, que visitou o Brasil há três anos, critica duramente Bolsonaro em relação à conservação da Amazônia. No Globo, a espanhola Maria Dueñas lança Sira (Planeta), romance que tem Evita Perón como personagem. O livro é continuação de O tempo entre costuras, primeira obra da escritora que já vendeu 5 milhões de exemplares em todo o mundo. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Associação dos Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (AEILIJ) entrega neste sábado (18), em São Paulo, os troféus aos vencedores do quinto Prêmio AEILIJ de Literatura. Com a diminuição de casos de Covid, a cerimônia de entrega do prêmio volta a ser presencial, na Livraria NoveSete (Rua França Pinto, 97, Vila Mariana - São Paulo / SP). Os ganhadores foram anunciados em março. Com a impossibilidade de realizar as duas cerimônias anteriores, a associação chama também para a festa de amanhã os vencedores das edições de 2020 e 2021. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Depois do sucesso da primeira edição em 2019, a Poc Con passou por eventos virtuais durante a pandemia e retorna à condição de presencial neste sábado (18), em São Paulo. Primeira feira LGBTQIA+ de quadrinhos e artes gráficas, criada por Rafael Bastos e Mário César, será realizada na Casa de Portugal, no bairro da Liberdade, das 11h às 20h. A feira vai reunir editoras, lojas de HQ, tatuagens, autores encontrando leitores no Vale de Talentos, concurso de cosplay e debates no Auditório Social Comics. Estão programadas sessões de autógrafos com Laerte Coutinho, ilustralu (Arlindo), Chris Gonzatti (Diversidade Nerd), Talles Rodrigues (Mayara & Annabelle) e Laluña Machado (História dos quadrinhos: Estados Unidos). Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Em cinco lições, o psiquiatra e psicanalista J.-D. Nasio se propõe a aprofundar, de forma didática, a teoria e a clínica da depressão – para ele, mais do que um distúrbio de humor, a depressão é antes de tudo uma patologia da desilusão. Qualquer um pode ficar deprimido? O que pode desencadear esse processo? Por que tantas pessoas são acometidas por tal condição? Como ajudar o paciente a se curar? Essas são algumas das questões que Nasio desenvolve na obra A depressão e a perda de uma ilusão (Zahar, 192 pp, R$ 69,90 – Trad.: Clovis Marques), compartilhando sua prática de escuta terapêutica e a ilustrando com 14 casos clínicos emblemáticos, como Francisca e o naufrágio na depressão; Sandra e sua lombalgia incapacitante; Michiko e o horror da melancolia; Laurent e um suposto burnout. Com sua maneira direta de se comunicar, o autor expõe também uma nova abordagem de tratamento – a interpretação gráfica –, desenvolvida na troca com um de seus pacientes; inclui um capítulo sobre a neurobiologia da depressão; e discute a existência endêmica do que ele chama de “depressão covid-19”. O livro traz ainda quadros comparativos que ajudam o leitor a diferenciar a tristeza normal da depressiva, bem como a detectar vulnerabilidades e atuar preventivamente.

No livro A gente mira no amor e acerta na solidão (Paidós, 160 pp, R$ 44,90), a psicanalista e professora universitária Ana Suy parte de suas experiências em sala de aula, suas pesquisas, vivências pessoais e no atendimento clínico para falar sobre o lugar da solidão e do amor na vida das pessoas. O livro é uma conversa sensível e reveladora sobre a importância de olhar para a solidão não como uma patologia, mas como um sentimento comum a todos os seres, que não se esgota quando chega um relacionamento. A autora retoma conceitos da psicanálise para falar sobre as bases do amor e da solidão no psiquismo humano, apontando como esse desenvolvimento se dá desde a infância. Ela pontua ainda que é frequente o pensamento de que é possível encontrar no outro a parte que supostamente falta, a parte que a preencheria. Entretanto, o que acontece é o contrário. Ao encontrar um amor, não se encontra a parte que faltava até então: encontra-se a metade que fará falta a partir dali. A gente mira no amor e acerta na solidão é uma conversa com o leitor, atravessada pela teoria psicanalítica de forma simples e acessível.

Juliano Pimentel é um médico nada convencional. Depois de um jejum espiritual prolongado, saiu de seu consultório para exercer a medicina da alma, em viagens por mais de 70 países. Seu trabalho, que abrange corpo, alma e espírito, está apresentado em Ansiedade: o fim da escravidão (Citadel, 240 pp, R$ 49,90). Ele explica como uma pessoa pode viver como um escravo de sua mente, sem conexão com seu corpo. Parece que a energia vital é drenada ao longo do dia. A doença pode vir, mesmo quando se acredita estar fazendo tudo certo para evitá-la. Todo mundo já se sentiu ansioso em algum momento da vida, muitos podem estar se sentindo assim agora. Sem contar a agitação, a fadiga e a sensação de frustração e impotência diante de um mundo cada vez mais colapsado por ameaças, como uma pandemia. O autor pretende ensinar que é possível reassumir os rumos da própria vida e viver livre da ansiedade patológica.

O envelhecimento cerebral é um processo natural que afeta todas as pessoas em algum momento da vida. Os sintomas mais comuns são lapsos de memória, raciocínio lento, desatenção e dificuldade de concentração. Mas, assim como o corpo, a mente pode ser exercitada para ganhar vigor e agilidade. Cérebro ativo – Volume III (Matrix Editora, 123 pp, R$ 36), organizado pelos neurocoachs Mauricio Bechelli e Fabrizio Bechelli, traz atividades práticas para perseguir esse objetivo. Elaborados por uma equipe multidisciplinar de psicólogos, neuropsicólogos, neurocoachs e pedagogos, os exercícios propostos têm graus de dificuldade diferentes, e pretendem divertir e gerar estímulo diário para uma evolução continuada. Os autores destacam que, comumente relacionado aos indivíduos de mais idade, o envelhecimento da mente se torna mais acelerado desde os 30 anos, merecendo cuidados.