Os mangás estão invadindo a Lista dos Livros Mais Vendidos do PublishNews. Nesta semana, pela primeira vez há a presença de sete mangás entre os 20 primeiros colocados na categoria Ficção. Um deles, Demon Slayer: Kimetsu No Yaiba – Vol. 1 (Panini) está na lista Geral, em 12º lugar. Ele figura na terceira posição em Ficção. Os outros seis títulos na lista também são publicações da Panini. O avanço do gênero é uma questão mundial. Está refletido no espaço dado por grandes feiras internacionais aos quadrinhos e aos mangás, como já foi registrado nos eventos recentes de Londres e Buenos Aires. Nesta semana, as listas apresentam pelo segundo período seguido um aumento nas vendas, de 11%. Na semana passada, o crescimento foi tímido, de 2%. A categoria Autoajuda apresenta o maior índice de elevação, com 15%. As outras quatro listas também foram bem: Não ficção, aumento de 13%; Negócios, 12%; Ficção, 9%, e Infantojuvenil, 7%. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A editora Grua anunciou que vai passar a publicar também livros infantis. Quem vai responder pela área é Lucia Mesquita de Magalhães, mestra e doutora em Educação pela USP. Segundo ela, o critério fundamental da Grua vai guiar também a parte infantil da editora: publicar livros dos quais a editora goste, que tenham qualidade, sem colocar a expectativa do volume de vendas como prioridade. A Grua divulgou os primeiros títulos voltados a esse público. Minhas contas, com texto de Luiz Antônio e ilustrações do premiado Daniel Kondo, e A baleia e nós, escrito por India Desjardins e ilustrado por Natalie Dion. Os dois títulos devem chegar às livrarias ainda no final deste mês. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A primeira edição d’A Feira do Livro, evento ao ar livre em frente ao Estádio do Pacaembu, completa seus três dias de funcionamento neste final de semana. Apesar do frio previsto pela meteorologia, é uma opção para os paulistanos se divertirem e comprarem obras de mais de 120 expositores. Os estandes estão cheios e devem render um calor aconchegante a quem quiser fuçar atrás dos livros. Além da oferta de livros, que não têm aquele grande desconto habitual das feiras em universidades, mas conta com os preços camaradas das editoras e livrarias (o PublishNews comprovou no local), a programação conta com muitos encontros entre autores e público. Entre os destaques do sábado (11), um que certamente lotará o Palco da Praça, na área central da feira, às 13h45, será a presença do médico e escritor Drauzio Varella, que lançou no mês passado a autobiografia O exercício da incerteza (Companhia das Letras). No domingo (12), a escritora espanhola Maria Dueñas [foto] conversa com leitores no auditório Armando Nogueira, que fica dentro do Pacaembu, às 15h. A autora tem vários romances lançados no Brasil, entre eles o best-seller O tempo entre costuras (Planeta). Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Os autores espanhóis Irene Valleko e Antonio Muñoz Molina falarão na cerimônia de abertura da Feira do livro de Frankfurt, no dia 18 de outubro. Os dois fazem parte da comitiva com cerca de 200 autores espanhóis que participarão da edição deste ano, que tem a Espanha como Convidada de Honra. O anúncio da participação de Irene e Antonio foi feito nesta quinta (09), em Madri. Por aqui, o livro de Irene O infinito em um junco: A invenção dos livros no mundo antigo será lançado pela Intrínseca este mês. Já Antonio Muñoz Molina tem obras publicadas pela Companhia das Letras como, por exemplo, o romance Vento da Lua. No dia 22 de junho, uma nova conferência de imprensa irá apresentar o conceito do Pavilhão da Espanha na feira e as principais atividades que farão parte do seu programa que traz o tema Transbordando criatividade. O pavilhão espanhol terá 2 mil m² e a ideia o país é transformar o espaço em um dicionário vivo, como um hipertexto que liga palavras, idiomas e histórias.

Retornando a Salvador, quase dez anos após sua última edição, a Bienal Bahia apresenta seu time de curadores, que têm a missão de estimular a leitura por meio de programações especiais. Idealizado pela GL events, mesmo grupo que também realiza a Bienal Internacional do Livro Rio, o evento foi repaginado e vai reunir as principais editoras do mercado, autores e formadores de opinião entre 10 e 15 de novembro, no Centro de Convenções Salvador. O famoso Café Literário – cartão de visitas da Bienal que, através das narrativas, reúne discussões atuais – terá programação desenhada por Joselia Aguiar, autora de Jorge Amado – Uma Biografia, título vencedor do Prêmio Jabuti. Já a programação que transita no universo dos jovens terá curadoria do jornalista Schneider Carpeggiani. E Mira Silva, jornalista, roteirista, produtora cultural e diretora audiovisual, vai se dedicar a um espaço destinado exclusivamente aos pequenos leitores. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Academia Brasileira de Letras (ABL) elegeu, na última quinta (09), o escritor e professor universitário Godofredo de Oliveira Neto como novo ocupante da Cadeira 35, vaga com o falecimento do Acadêmico Candido Mendes, ocorrido no dia 17 de fevereiro de 2022. Godofredo recebeu 22 votos dos 34 acadêmicos que participaram da eleição. Ele é autor de 21 livros, entre romances e contos, e escreve, ainda, artigos para jornais e periódicos do Brasil. Seus romances Amores Exilados e Menino oculto (Record) foram traduzidos para o francês, sendo que o segundo foi premiado com uma estatueta do Jabuti em 2006. Já a obra Ana e a margem do rio (Record), foi publicada na Bulgária e recebeu no Brasil o selo de “Altamente Recomendável”, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Nascido em Blumenau (SC), Godofredo de Oliveira Neto se formou em Letras pela Universidade de Paris III, França, onde também realizou seu mestrado. É doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, tem graduação em Relações Internacionais e pós-doutorado em pesquisa na Georgetown University, EUA. Atualmente é pesquisador na área de Literatura Brasileira com foco no Modernismo Brasileiro e na Literatura Contemporânea.

A Folha publicou nesta semana reportagem que aponta o Ministério da Cidadania oferecendo em seu site, de maneira pirata, sem autorização, livros de Nelson Rodrigues [foto] e do britânico Nick Hornby. Na página Academia e Futebol, um programa da Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, há uma lista de livros indicados sobre o assunto, com a disponibilização de cópia em PDF. Entre obras que foram editadas com ajuda do Governo estão À sombra das chuteiras imortais, de Nelson Rodrigues, e Febre de bola, de Nick Hornby. Os dois pertencem ao catálogo da Companhia das Letras, que está tomando as medidas judiciais cabíveis nesse caso. Procurado pela reportagem da Folha, o Ministério da Cidadania não se pronunciou. O Estadão trouxe entrevista com Patrícia Melo, que lançou Menos que um (LeYa), um romance sobre pessoas em busca de sobrevivência. Morando na Suíça desde 2010, a autora ficou surpreendida com o aumento de pessoas morando nas ruas de São Paulo quando veio lançar o livro Mulheres empilhadas, em 2019. Criou então a história com uma série de personagens que perambulam pela cidade, como camelôs, flanelinhas, desempregados, bêbados, ladrões, craqueiros e catadores. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O menino mágico (José Olympio, 112 pp, R$ 59,90) conta as aventuras de Daniel e seu primo Jorge pelo Rio de Janeiro. Um é mágico, e o outro é o mais inteligente de todos. O livro é o primeiro infantojuvenil de Rachel de Queiroz (1910-2003), a primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras (ABL), e retorna agora com as ilustrações de Mayara Lista, vencedora do Troféu HQMix, o Oscar dos quadrinhos no Brasil, na categoria acadêmica. O menino mágico foi vencedor do Prêmio Jabuti de livro infantojuvenil e selecionado pela Unesco como o que há de melhor na literatura para jovens. O protagonista é um menino que aprendeu mágica, assim: de repente. Primeiro, ele percebeu mudanças misteriosas: dormiu em um quarto e acordou em outro... Depois, fez um ovo virar pintinho... e a cama se tornar avião. Daniel se impressionava, mas decidiu não contar seu segredo a ninguém. Quer dizer, falou só para seu primo Jorge, o garoto mais inteligente de todos. Afinal, eles eram melhores amigos e companheiros de aventuras! “Faz de conta que...” são as poderosas palavras do menino mágico que transformam poesia em realidade e a realidade em poesia.

Maurício é um polvo cor-de-rosa que prefere desaparecer nos lugares aonde chega. É difícil notar sua presença, saber o que ele faz, do que gosta, o que sente… O jovem polvo é tímido e se esforça para passar despercebido. O que tem conseguido com sucesso! Mas se engana quem pensa que Maurício não tem nada de especial só porque ele não gosta de ser o centro das atenções. Da autora e ilustradora italiana Simona Ciraolo, Tímidos (Companhia das Letrinhas, 32 pp, R$ 44,90 – Trad.: Nathalia Dimambro) fala com delicadeza, leveza e bom-humor de uma característica de muitas crianças (e adultos!): a timidez. Para criar essa atmosfera de jogo de esconde-esconde e dar ainda mais ênfase à narrativa textual, que nos apresenta Maurício como esse polvinho que quase ninguém vê, Simona convoca o leitor a procurar pelo personagem, que aparece camuflado ou escondido em diversas páginas. A obra tem como objetivo mostrar como a timidez não impede o personagem de se divertir pelo fundo do mar.

Esta não é mais uma história sobre gatos que caçam ratos. Valente como um rato (VR Editora. 40 pp, R$ 59,90 – Trad.: Fabrício Valério) é um livro infantil sobre a esperteza de vencer a força bruta e sobre a solidariedade entre os mais fracos. Um rato e um peixinho dourado estão brincando felizes até que três gatos surgem com cara de poucos amigos. Para salvar a vida do amigo com quem sempre se diverte, o rato tem uma arriscada, ousada e valente ideia. É assim que os pequenos leitores, ao lerem a obra, são ensinados sobre o poder da amizade nas horas mais difíceis. Indicada para crianças a partir de três anos, a obra é escrita e ilustrada pelo arquiteto e professor Nicolò Carozzi. O estilo clássico do italiano é valorizado pelas dimensões do livro na versão capa dura. Nascido em Verona, Carozzi foi o vencedor do concurso de ilustração EurHope em 2013.

Somos iguais, mas diferentes (Saíra Editorial, 32 pp, R$ 40) é primeiro livro de Laís Palma Elsing, mãe das trigêmeas de três anos e meio Athena, Sophia e Helena, que têm paralisia cerebral. Dirigida ao público infantil, a obra, ilustrada por Luciana Romão, fala sobre diversidade e beleza em harmonia. Afinal ninguém é igual a ninguém e está tudo bem. Depois de determinarem o grau de paralisia cerebral de cada garotinha quando elas tinham dois anos (o diagnóstico da deficiência ocorreu aos oito meses), Laís começou a pensar em escrever um livro para contar sobre as diferenças entre as meninas. “Pensei em me dirigir às crianças em fase inicial de leitura porque elas são mais abertas a tudo, inclusive às diferenças, e ganhariam muito convivendo com pessoas diversas”, conta a autora que criou o perfil @triveganas nas redes sociais onde mostra a rotina bem-humorada da família, às vezes difícil, mas sempre cheia de muito amor.