Esta semana, o Radar de Licitações, seção fixa do PublishNews+, traz um edital visando a aquisição de bibliotecas de livros infantis paradidáticos móveis e itens para montagem de brinquedotecas. O valor chega a R$ 806.212,43 e o pregão está marcado para o dia 10 de maio. Já o segundo edital tem como objeto a contratação de empresa especializada em serviços de editoração eletrônica, impressão e publicação de livros, inclusive fac-similar. A participação é exclusiva a microempresas e empresas de pequeno porte e o pregão é pelo menor preço por item. A disputa está marcada para o dia 12 de maio. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

Depois de dois anos de pandemia e diversos eventos literários internacionais cancelados, parece que estamos voltando à normalidade. As Feiras de Londres e Bolonha, por exemplo, receberam elogios com a retomada de suas edições presenciais e proporcionaram inúmeros negócios para os editores participantes. Mas mesmo durante o período mais pesado da pandemia, quem continuou apostando em uma feira presencial foi o Emirado de Sharjah. Com décadas de investimentos pesados no mercado cultural e editorial, o emirado vem colhendo os frutos desse trabalho duro. A 40ª edição da Feira Internacional do Livro de Sharjah, por exemplo, apresentou ótimos resultados, recebendo 1.632 editoras de 83 países e se consolidando entre as maiores feiras do setor. Em 2020, criaram a Sharjah International Literature Agency (Sila), primeira agência literária do gênero na região árabe. Iniciativa da Sharjah Book Authority (SBA) – realizadora da Feira do Livro – o projeto tem como objetivo desempenhar um papel vital na proteção dos direitos dos editores e escritores e ainda abordar a falta de acesso aos direitos literários na região, que impede que escritores profissionais tenham seu trabalho protegido por direitos autorais traduzido e disponibilizado em todo o mundo. E agora em maio, 13ª edição do Festival de Leitura Infantil de Sharjah acontece de 11 a 22, com 1.140 atividades e oficinas. Pelo menos 139 editoras de 15 países assinaram contrato para expor no evento e participar da programação. Paralelamente ao evento, acontecerá também a Booksellers Conference, um encontro de livreiros no mesmo estilo da Publishers Conference, que a companha a Feira do Livro em novembro. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Hoje é 04 de maio e no mundo inteiro é comemorado o dia Star Wars. Qualquer loja virtual ou física que contar com uma mínima clientela geek vai ter vitrines e ofertas para os fãs da saga criada por George Lucas. O Publishnews recomenda dois lançamentos em quadrinhos para comemorar uma data tão importante. Novidade no Brasil lançada em capa dura, Star Wars: os diários de Obi-Wan Kenobi (Panini, 192 pp, R$ 89,90) tem histórias escritas por Jason Aaron, um dos autores mais respeitados entre os fãs. Conta o que acontece com o mestre Jedi enquanto ele permanece em Tatooine, protegendo secretamente o jovem Luke Skywalker. A segunda dica é para quem está com algum dinheiro no bolso, porque Darth Vader (por Charles Soule) é uma coletânea de 624 páginas vendida por R$ 259,90. Parece muito por um gibi, mas quem é muito fã e não tiver esse tijolo em casa não vai titubear em comprar. A compilação mostra a ascensão do lord sith Darth Vader logo após os dramáticos embates do filme Star Wars – Episódio 3: a vingança dos Sith. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Estão abertas até o próximo dia 16 as inscrições para a décima edição da revista Subtextos. A publicação reúne contos de até 10 mil caracteres e para essa edição o tema é livre. Cada escritor pode concorrer com um texto de sua autoria e as inscrições são gratuitas. Em suas edições anteriores, Subtextos já publicou mais de 100 autores de todo o país. Ela é uma publicação digital do projeto Escritor Brasileiro, idealizado por Mariane Lima para divulgar livros de autores nacionais contemporâneos. Para fazer a inscrição é preciso acessar este link. Os autores dos contos selecionados serão contatados por e-mail a partir de 30 de maio. A previsão de publicação digital é 24 de junho.

O Instituto Estação das Letras inicia neste sábado (07) o curso Introdução ao Mercado Editorial para Escritores. A ideia do curso surgiu das recorrentes reclamações de autores e escritores de que o mercado editorial é fechado, que as editoras não têm a visão necessária para publicar os seus trabalhos ou que eles mal conseguem acesso às pessoas que tomariam essas decisões. Assim, as aulas têm como principal objetivo desmistificar o universo por trás das editoras. Explicar com exemplos práticos e vivências quais são os fatores que fazem com que uma casa editorial possa ter interesse em um livro e, caso tenha, quais são os mecanismos que levam às decisões estratégicas dentro da empresa. Vai discutir também como inverter essa relação, a partir do momento que são conhecidos os critérios e como usar esse conhecimento a favor do escritor. As aulas também abordarão quais são os caminhos que existem para esse fim, incluindo o universo de agenciamento literário. O curso será orientado por Daniel Lameira, que falará sobre formas alternativas de publicação, irá analisar os projetos dos alunos, através de um método de amostragem, e ainda irá imaginar quais seriam bons passos para que aquele projeto consiga chegar às livrarias e às mãos dos leitores. As aulas acontecem nos dias 07 e 14 de maio, das 10h às 15h e o investimento pode ser dividido em duas vezes de R$ 155. Para inscrições e informações, é só mandar um e-mail para iel@estacaodasletras.com.br.

Definido como um artista intermídia, escritor, gravador e professor, o espanhol Julio Plaza (1938-2005) será homenageado a partir desta quarta-feira (04) na Ria Livraria, já estabelecida como ponto de encontro para artistas e agitadores culturais paulistanos, próxima à estação de metrô Vila Madalena. O lugar vai acolher durante o mês uma exposição com as reproduções de sua obra pelos artistas Clóvis Stocker, Hudson Conceição e Rafael Lucena. Desde 1973 em São Paulo, que conheceu quando participou da Bienal de 1967, ele foi professor da FAAP e da USP. Escreveu publicações teóricas sobre arte como Videografia em videotexto (1986) e Os processos criativos com os meios eletrônicos: poéticas digitais (1998), com Monica Tavares. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Kiese Laymon tem 47 anos, é professor de Escrita Criativa na Universidade do Mississipi, e publicou dois livros de boa repercussão entre os lançamentos que debatem as questões de raça. São eles o romance Long Division e a coletânea de ensaios How to slowly kill yourself and others in America. Ele chega ao Brasil com seu lançamento mais recente, Pesado (Dublinense, 288 pp, R$ 59,90 - Trad.: Davi Boaventura), livro de memórias de sua infância na cidade de Jackson. O relato confronta as percepções do autor diante do mundo fora de casa e, dentro dela, a relação com a mãe, obsessiva em tudo que se relaciona ao filho. O título Pesado pode até fazer reverência direta ao corpanzil de Laymon, mas está muito melhor empregado se direcionado ao tom da narração do livro. O autor não suaviza, consegue enquadrar seu cotidiano a uma ampla discussão sobre a diferença entre brancos e negros nos EUA e suas consequências violentas.

Em 2012, quando Nelson Rodrigues completaria 100 anos, sua filha, Sonia Rodrigues, encontrou o que pareceu a ela a melhor maneira de apresentar o pensamento de seu pai às novas gerações. Diante do enorme material que tinha guardado a respeito de Nelson, ela decidiu extrair trechos de entrevistas, crônicas de jornal e textos de muitas outras fontes para que para que o pai pudesse falar, sem intermediários, suas observações mais relevantes e incisivas sobre tudo que interessava a ele. Com uma nova edição agora nas livrarias, Nelson Rodrigues por ele mesmo (HarperCollins, 192 pp; R$ 59,90) é uma coleção de declarações que consegue expor uma coerência intelectual e uma fluidez de textos que podem ser encontradas apenas em pensadores notáveis como ele, com sua visão sem perdão dos brasileiros. A nova edição tem prefácio de Fernanda Montenegro, que afirma: “Na obra de Nelson Rodrigues nós nos reconhecemos no nosso pior e no nosso melhor. E nos aceitamos numa total e trágica inquietação existencial”.

Todos nós temos alguma receita de família ou já vivemos a experiência de, com uma garfada, nos surpreendermos com lembranças de momentos e pessoas especiais da nossa história. Com Stanley Tucci – conhecido por atuações em sucessos como Jogos vorazes e O diabo veste Prada – não é diferente. Na obra Sabor: Minha vida através da comida (Intrínseca, 320 pp, R$ 69,90 - Trad.: Adalgisa Campos da Silva), Tucci compartilha episódios que marcaram sua trajetória, tendo sempre como fio condutor sua intensa relação com a gastronomia. Além de uma experiência bizarra com Meryl Streep em um restaurante na Normandia, seus relatos passam pelo início da carreira no Upper East Side, a cena gay nova-iorquina nos anos 1980, bastidores dos sets de gravação e um inesperado jantar com Marcello Mastroianni durante as filmagens de Prêt-à-Porter, de Robert Altman. Há também espaço para dramas pessoais. Em 2017, Tucci foi diagnosticado com uma doença que por pouco não comprometeu sua capacidade de comer e falar normalmente. Essa mistura de culinária e emoção é o que realça cada página deste livro, uma viagem por tudo que Stanley Tucci viu, ouviu e, sobretudo, experimentou.

Dita Kraus se tornou famosa em todo o mundo por ter sido a guardiã dos livros levados clandestinamente para Auschwitz por outros judeus. Sua história foi imortalizada por um romance inspirado nos tempos sombrios em que foi prisioneira em campos de concentração, mas a sua vida é muito mais admirável e surpreendente. Com isso, aos noventa anos, Dita decidiu escrever sua história. Em A verdadeira história da bibliotecária de Auschwitz (Globo Livros, 376 pp, R$ 54,90 – Trad.: Isadora Sinay), ela compartilha sua vida, desde a infância feliz em Praga, passando pelos anos terríveis do nazismo, a forma cruel como foi enviada com sua família para o gueto judaico e depois para os campos de concentração, seu casamento com o também sobrevivente Otto B. Kraus, o encontro de uma nova vida em Israel e como seu amor pelos livros a manteve viva em vários outros momentos difíceis de sua trajetória. Uma exaltação à liberdade em todas as suas formas, esta obra traz um relato de uma mulher que foi a extremos para defender o conhecimento e as histórias que nos tornam humanos.