Foi publicado no Diário Oficial da União o edital do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) 2024. Uma das maiores iniciativas governamentais para compra de livros no mundo, o edital deste ano traz como uma das novidades a aquisição de compra de livro e manual do professor digital e interativo. O PNLD já previa a compra de material digital, mas introduz agora os recursos interativos. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) é responsável pela compra dos livros. Em 2021, segundo o órgão, 137 milhões de exemplares foram distribuídos a 29 milhões de estudantes. O edital deste ano vai selecionar e comprar livros para os estudantes dos anos finais do ensino fundamental, do sexto ao nono ano. O anexo V do edital traz a regulamentação para a inscrição de obras digitais interativas. As selecionadas nesta categoria serão disponibilizadas em plataformas digitais mantidas pelo MEC e/ou pelo FNDE. Segundo o edital, existe o objetivo de ampliar expressivamente o uso de tecnologias digitais para subsidiar práticas e ensino e aprendizagem no Ensino Fundamental. Na categoria de obras literárias, há uma novidade que pode prejudicar um movimento de editoras pequenas que buscam participar do programa, algo que os últimos anos sinalizam. A cláusula em questão é a 6.4.11 que diz que "Cada sociedade empresária poderá cadastrar 1 (uma) obra literária no total, sendo admitidas apenas as inscrições de CNPJs com, no mínimo, dois anos de criação". Isso fortalece as chances das grandes editoras já estabelecidas, porque muitas têm vários CNPJs, por múltiplos selos ou fusões comerciais nos últimos anos, e são empresas evidentemente constituídas há mais tempo. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Câmara Brasileira do Livro abriu nesta terça (29), as inscrições para a 64ª edição do Prêmio Jabuti. O plano para esta edição é superar as mais de 3.400 inscrições recebidas no ano passado. O time curador, mais uma vez comandado por Marcos Marcionilo, decidiu manter os quatro Eixos – Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação – e as 20 categorias, assim como foi na última edição. “Acreditamos na necessidade de insistir nessa configuração e consideramos que esse quadro dá uma boa abrangência ao prêmio”, contou Marcionilo durante coletiva de imprensa na manhã desta terça. Outro objetivo do Jabuti para esta edição é fazer com que os profissionais do mercado, os coletivos culturais e o público em geral enxerguem o prêmio como a iniciativa artística e cultural que ele é. Pensando nisso, o conselho curador resolveu trazer a arte para o prêmio, celebrando também a Semana de 22. “Assumimos então o grafite como parte da cultura brasileira e retomamos o conceito da arte que é capaz de mover pensamentos e ideias”, disse Marcionilo. Para reforçar essa ideia, o Jabuti criou um novo conceito visual e convidou cinco artistas de diferentes partes do país. E a doutora em filosofia, escritora e defensora dos direitos humanos Sueli Carneiro [foto] será a personalidade literária da 64ª edição do Prêmio Jabuti. Homenageando nos últimos grandes nomes da ficção, este ano o conselho curador decidiu fazer diferente. “Na busca por sua representatividade além do campo ficcional, encontram-se em sua figura e em sua luta todas as razões para inaugurar esse novo momento”, justificou Marcioniolo. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Com mais de 30 anos de história, a Associação Brasileira de Editores e Produtores de Conteúdo e Tecnologia Educacional (Abrelivros) vem desde o ano passado implementando mudanças significativas com o objetivo de atualizar seu posicionamento estratégico. Ela coloca em prática, nos próximos meses, alguns projetos. A primeira novidade – e talvez a mais importante delas – é a mudança no nome: agora Abrelivros significa Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais. Comandada desde 2020 por José Ângelo Xavier de Oliveira, diretor geral de Educação do Grupo Santillana no Brasil, a entidade que reúne editoras de livros escolares decidiu que era o momento de se aproximar dos seus associados e ir além. “O ano passado foi um ano emblemático para a associação, que completou seus 30 anos, então começamos a discutir como fazer esse reposicionamento”, disse Ângelo em conversa com o PublishNews. Ainda sobre o nome, Ângelo acrescenta: "Tentamos acompanhar as transformações que o livro escolar vem sofrendo nos últimos anos e deixar clara a importância que damos para os conteúdos digitais". Em outro passo ousado, a instituição decidiu atualizar também a sua logomarca. “Pensamos de novo em passar para o público essa transformação do livro escolar e refletir isso em uma dupla interpretação através da logomarca, que agora pode ser vista como um livro, tela de computador ou tablet”, explica Ângelo. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Não tem muito tempo, a visita de escritores nas redes escolares era algo bastante raro. Para muitos estudantes, e me incluo nesse grupo, o autor era aquela foto de um senhor barbudo de outro século, que havia criado um monte de coisa abstrata e sobre a qual seria necessário decifrar aquele temido “o que o escritor quis dizer”. Um óbvio processo de deformação de leitores. Daí que se estabeleceram práticas paralelas entre o que se entende por leitura como obrigação escolar e aquela “por prazer”, como se fossem processos bastante distintos e inconciliáveis. Mais recentemente, com o aumento das compras de literatura contemporânea por editais públicos, somadas ao fácil acesso a escritores pelas redes sociais e em eventos culturais, esse quadro tem mudado. Se na Educação Básica as leituras literárias ainda são majoritariamente determinadas pelas grandes “editoras didáticas”, que contam com todo um aparato de divulgação e vendas, as universidades têm adotado obras com mais diversidade, cujos autores participam das aulas, contribuindo para o aprofundamento dos debates. De todo modo, visitar escolas tem sido mais comum, especialmente entre autores e livros premiados. A visita de Jeferson Tenório, vencedor do Prêmio Jabuti com o ótimo romance O avesso da pele (Companhia das Letras), a uma escola particular baiana seria um desses encontros, nos quais uma obra lida e trabalhada em sala de aula é complementada pela presença do escritor. Após o anúncio da visita, Tenório começou a receber ameaças anônimas, conforme divulgado na imprensa. Por questões de segurança, o bate-papo foi realizado de forma on-line, e mesmo assim as mensagens agressivas continuaram. Clique no Leia mais para conferir a íntegra deste artigo.

Venha tomar uma cerveja com a gente! A tradição festeira do PublishNews volta com tudo! Nesta quinta-feira, dia 31, vamos fazer juntos o primeiro Happy Hour desta temporada, depois de um longo descanso forçado pela pandemia. Livreiros, editores, autores, distribuidores comerciais, entre outros, vão se reunir para conversas informais no Bar do Beco (Rua Aspicuelta, 17), na Vila Madalena, o bairro boêmio paulistano. Na “pauta” da noite, bate-papos sobre desafios, necessidades e tendências do mercado dos livros, e, CLARO!, muita conversa fiada e divertida. O Bar do Beco tem uma área aberta e ampla, bem convidativa para esse tipo de reunião. Na próxima quinta, o local ficará aberto para os amigos do PublishNews das 19h às 23h. Quem quiser participar precisa se cadastrar aqui. É bom se apressar, restam bem poucas vagas para a noitada. O cadastramento será encerrado ao atingir o número máximo de vagas no evento. Clique no Leia mais par acessar a íntegra desta nota.

A Queen Books – distribuidora de Coffee Table Books – está à procura de analista comercial. Para o cargo, é preciso ter formação superior completo em Administração, Gestão Comercial ou áreas correlatas; experiência sólida na área comercial; experiência com negociação e vendas; conhecimento do pacote Office e domínio do Excel; boa redação e capacidade de fazer apresentações. Vivência em empresas atacadistas, do ramo de decoração ou segmento literário, será considerado um diferencial. As atribuições do cargo incluem ser responsável por identificar, prospectar e fechar parcerias com novos clientes do atacado; cuidar do relacionamento com as marcas parceiras; entender o desafios na gestão da área comercial e da equipe de vendas; participar de eventos e feiras para se aproximar dos clientes; identificar novas marcas e/ou parceiros com fit do negócio; e levantar informação, pesquisa de mercado e interações com demais áreas para desenvolvimento de negócios. A vaga oferece jornada de 40 horas semanais, CLT, e remuneração fixa + comissão. Interessados devem encaminhar currículos para o e-mail comercial2@queenbooks.com.br, até 08 de abril, colocando no assunto “Analista comercial”.

Escrita pelo roteirista, produtor editorial e autor Stefano Volp, a obra Homens pretos (não) choram (HaperCollins, 224 pp, R$ 49,90) ganha uma nova edição com três contos inéditos, um novo prefácio escrito por Jeferson Tenório (O avesso da pele), além do prefácio original de Sérgio Motta e capa inédita feita pelo próprio Volp com endosso de Emicida. A obra relata, através de contos, como a construção de estereótipos pela sociedade pode marcar a vida de um homem negro. Volp também joga luz sobre as feridas, os medos e a solidão do homem, sobretudo o negro, para buscar respostas sobre uma sociedade incapaz de compreender as vulnerabilidades e sutilezas que existem para além da imagem que se constrói das pessoas.

O pai que perde sua criança na praia; uma breve história de amor e crime no cerrado brasileiro; um pescador às voltas com a escassez de peixes no mar; o filho imerso em memórias do pai, à procura de entendê-lo, apreendê-lo. Os contos de Adilson Zambaldi reunidos na obra Fidelidade das araras (Reformatório, 94 pp, R$ 38) falam de amores, dores e alguns abordam – com leveza e até humor –, situações críticas no nosso meio ambiente, levando a uma reflexão sobre as escolhas da humanidade até agora. Os desgostos do mês de agosto, um homem que resolve, tardiamente, investir no condicionamento físico; uma conversa de casal atravessada pelas notícias de jornal. Com precisão e justeza, as narrativas de Zambaldi são como pequenos shots de realidade e iluminação.

A soma de todos os afetos (Faro Editorial, 176 pp, R$ 49,90), o primeiro livro de Fabíola Simões, há muitos anos esgotado nas livrarias, ganha uma nova edição. A obra volta a ficar acessível nas lojas, ao lado de outros títulos de mesmo sucesso da escritora, como Deixei meu coração no modo avião e Textos para acalmar tempestades. Fabíola se define como uma “tradutora de emoções” em sua prosa poética. Seus textos parecem conversas íntimas, informais, de comunicação direta com o leitor, e seu foco é o processo de amadurecimento emocional. Este volume traz algumas de suas crônicas que considera as mais inspiradoras, que podem funcionar “como janelas que abrem horizontes para pessoas sensíveis”. O título do livro é o mesmo do blog que ela começou há oito anos. Mineira de Itajubá, dentista e mãe de um adolescente, ela usou o blog para que o sonho de ser escritora ganhasse contornos definitivos.

O jornalista paraense Lissânder Dias reúne 71 textos que traduzem seu olhar de valorização sobre temas do dia a dia em O cotidiano extraordinário: a vida em pequenas crônicas (W4 Editora, 150 pp, R$ 44,90). Formado pela Universidade Federal do Pará, com passagens de sucesso por emissoras de rádio, Dias acredita ter aprimorado o olhar jornalístico como editor de artigos no portal Ultimato, em Minas Gerais, onde morou por 15 anos, e como editor de livros no Paraná. Assina agora sua primeira obra. Segundo o autor, “O cotidiano extraordinário não é um livro proselitista, que fale de Deus ou traga pregações, mas trabalha a partir de cosmovisão cristã, o meu olhar sobre a vida com percepções sobre Deus”. O objetivo do escritor é conduzir o leitor no treino de um olhar mais atencioso para a vida, a existência e o instante.