Fechando o mês de março, conhecido como o mês das mulheres, o Podcast do PublishNews trouxe para o centro do debate o tema da participação feminina no mercado de trabalho. Dados do IBGE apontam que as mulheres fecharam o ano de 2019 ainda ganhando e ocupando menos espaço que os homens. Naquele ano, 55,2% dos assalariados eram homens, e 44,8%, mulheres. E apesar dos avanços, ainda há um longo caminho a ser percorrido, seja na busca de salários dignos e igualitários, por posições de destaque e cargos mais altos nas empresas, ou lutando contra o machismo, às vezes contido e tantas outras escancarado no dia a dia. Sem fugir da pauta central do podcast – que é falar sobre o mercado editorial – nossa equipe trouxe o tema para o setor livreiro. Nesse campo, a impressão é que as mulheres são a maioria da mão de obra, mas quando se olha para os cargos de liderança, a estatística continua a mesma: homens nos cargos mais altos. Para falar sobre o assunto e seus desdobramentos, o PN chamou duas mulheres que já passaram por diversas áreas do mercado editorial: Raquel Cozer, diretora editorial da Harpercollins Brasil, com passagens pela Intrínseca, Planeta e também como repórter que cobriu o mercado editorial na Folha de S.Paulo e Estadão; e Martha Ribas, sócia e livreira da Janela, com formação em Produção Editorial. Martha também é sócia da editora mapa.lab e do LERCONECTA, uma das fundadoras da editora Casa da Palavra, além de participar da comissão da Bienal do Livro do Rio de Janeiro. “Eu nunca tinha parado pra pensar que nunca tinha trabalhado numa empresa em que a chefia não fosse de homens. Acho que a gente naturaliza na nossa cabeça”, contou Raquel durante o bate-papo. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota e ouvir o programa.

O partido político Cidadania anunciou na última semana que se prepara para lançar à Câmara dos Deputado a pré-candidatura de Renata Costa a deputada federal do livro e da leitura. Ex-secretária-executiva do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), em 2019 Renata foi alvo de uma campanha que reuniu diversas entidades do livro e parlamentares que pediam a sua permanência no cargo. Renata pretende trabalhar nos próximos anos em políticas públicas voltadas para a alfabetização e leitura e também focar em uma maior participação das mulheres na política. “Apenas quando mais mulheres estiverem ocupando espaços de decisão, como a política, por exemplo, é que conseguiremos avançar e diminuir a desigualdade”, avalia Costa. No seu currículo, além de coordenar, entre outros, o Programa Nacional de Incentivo à Leitura e o Sistema Estadual de Bibliotecas do Rio de Janeiro, Renata foi curadora de projetos literários do Sesi e avaliadora da Festa Literária das Periferias. Ela também coordenou o Conecta Bibliotecas, da ONG Recode. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Num final de semana em que as editorias de cultura da grande imprensa estevam atarefadas em acompanhar as atrações musicais do festival Lollapalooza e a cerimônia do Oscar, sobrou pouco espaço para reportagens sobre literatura. No Globo, uma grande matéria analítica sobre uma onda na literatura nacional que estaria fazendo as editoras apostarem em autores que voltam suas narrativas para o interior do Brasil. Entre os escritores citados estão Apague a luz se for chorar (Alfaguara), de Fabiane Guimarães, Sismógrafo (Macondo), de Leonardo Piana, Erva brava (Fósforo), de Paulliny Tort, e Dilúvio das almas (Todavia), de Tito Leite. Na Folha, segundo apuração da coluna Painel das Letras, começaria a correr entre livreiros uma preocupação após sondagens da Companhia das Letras para abandonar o esquema de consignação entre a editora e as lojas. Na consignação, os livros são deixados na livraria, que só paga sobre as unidades que conseguir vender, em contabilidades mensais. Lya Luft (1938-2021) foi destaque no Estadão. A discussão foi sobre seu surgimento tardio na cena literária, depois dos 40 anos, e o grande sucesso apenas em 2003, com o best-seller nacional Perdas & Ganhos. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O Grupo Autêntica está à procura de dois profissionais para integrar seu time. A primeira vaga é para estágio em design gráfico, voltada para estudantes de Design Gráfico, Produção Editorial ou Artes Gráficas, com interesse em design editorial, para trabalho em formato híbrido em Belo Horizonte. A elaboração de projetos gráficos de capa, miolo e peças de divulgação e a diagramação e fechamento de arquivos estão entre as atribuições do cargo. Interessados devem enviar currículo até 31 de março, com o assunto "Estágio", para diogo@grupoautentica.com.br. Já a segunda vaga é para coordenação de marketing e eventos. As funções do cargo incluem o planejamento de ações de marketing; desenvolvimento de calendário estratégico de eventos e lançamentos; construção de budget, estudos de viabilidade e relatórios de participação em eventos de grande porte; relacionamento estratégico com players do setor; e interface estratégica com o setor de comunicação. É preciso ter formação em Marketing, Publicidade e Propaganda, Comunicação Social ou correlatas; experiência comprovada em gestão de marketing e eventos; e experiência no mercado editorial. O formato da vaga é híbrido, com atuação em São Paulo nos dias de trabalho presencial. Interessados devem entrar em contato pelo e-mail imprensa@grupoautentica.com.br até 31 de março, com o assunto "Coordenação de Marketing e Eventos", informando no corpo a pretensão salarial.

Francisco Fonseca Neto é o vencedor do primeiro Concurso Literário Escritores Admiráveis, realizado pela LC – Agência de Comunicação em parceria com o Grupo Editorial Pensamento. Amores, Marias, Marés é o título do livro premiado, que aborda a relação de duas mulheres na São Luís da década de 1960. O autor é arquiteto e há tempos dedica tempo à publicação de crônicas, contos e poemas nas redes socais. Como prêmio, ele terá o livro publicado pelo Grupo Editorial Pensamento e receberá serviço de assessoria de imprensa da LC, com divulgação em blogs e canais de influenciadores. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Rocco revelou a capa do livro Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore, com o roteiro original do filme de mesmo nome. O longa – que conta com a presença brasileira de Maria Fernanda Cândido no elenco – estreia nos cinemas em 14 de abril. Já o roteiro original do filme terá seu lançamento mundial no dia 19 de julho. Por aqui, a obra será lançada pelo Rocco. Além do roteiro de J.K. Rowling e Steve Kloves, o livro trará conteúdo extra dos bastidores do filme, prefácio do cineasta David Yates e comentários de atores como Jude Law e Eddie Redmayne. No filme – o terceiro da saga – o professor Alvo Dumbledore (Jude Law) sabe que o poderoso mago das trevas Gellert Grindelwald (Mads Mikkelsen) está se movimentando para assumir o controle do mundo mágico. Incapaz de detê-lo sozinho, ele pede ao magizoologista Newt Scamander (Eddie Redmayne) para liderar uma equipe de bruxos, bruxas e um padeiro trouxa em uma missão perigosa, em que eles encontram velhos e novos animais fantásticos e entram em conflito com a crescente legião de seguidores de Grindelwald.

Em São Paulo: O planejamento da desigualdade (Fósforo, 120 pp, R$ 59,90), versão atualizada e ampliada de um pequeno clássico do urbanismo brasileiro – Folha explica São Paulo (2001) –, a professora e urbanista Raquel Rolnik apresenta conflitos, temas e opções políticas que definiram o destino da cidade desde sua fundação, incluindo episódios importantes de passado recente, como a pandemia da Covid-19, a greve dos entregadores de aplicativos de 2020 e o incêndio da estátua do Borba Gato, um ano depois. Organizado em ordem cronológica e enriquecido com mapas e uma lista de todos os prefeitos da cidade, o livro foca momentos-chave de transformação urbana e a gênese dos problemas da metrópole. De forma acessível, Rolnik alia a complexidade do pensamento crítico à linguagem direta e simples. É o que confirma o prefácio à nova edição, assinado pelo rapper Emicida. Em um texto no qual o artista ilustra processos descritos pela autora com a própria experiência pessoal, Emicida subscreve a tese de Rolnik de que nossa desigualdade é fruto de um projeto político, mas, assim como ela, enxerga seu potencial de transformação: “Nosso constrangedor abismo social e o gargalo no qual nos encontramos foram escolhas, assim como construir um futuro melhor também vai precisar ser”.

Uma comunhão de artistas dos mais variados estilos, do barroco à modernidade, materializou na arte religiosa o melhor da expressão plástica do divino na cidade de São Paulo: Almeida Junior, Benedito Calixto, Victor Brecheret e Galileo Emendabili, por exemplo, são só alguns dos muitos mestres da pintura e escultura que se atraíram pelos templos. Como forma de mergulhar nesta vastidão de igrejas da capital paulista e em seu esplendor artístico, nasce o livro Igrejas de São Paulo: Arte e Fé - Arquitetura, escultura e pintura (420 pp, R$ 290), organizado por Percival Tirapeli e Laura Carneiro, uma coedição da Editora Unesp, Edições Loyola e Arte Integrada. A obra, ilustrada com 330 fotografias, reúne 80 artigos, de 40 autores dos mais renomados para tratar do tema. Ao longo do livro, o leitor poderá percorrer uma história da arte expressa na arte religiosa na cidade de São Paulo, a partir da construção e ornamentação de 70 igrejas e capelas da capital e arredores, erigidas na sua maioria entre 1900 e 1950. Os templos são apresentados cronologicamente e por estilos artísticos – barroco, rococó, eclético e moderno, e seus históricos – implantação, doações e curas.

A partir de um trabalho acadêmico sobre a violência sexual intrafamiliar, ou seja, a que acontece no ambiente da própria família da vítima, Liliane Alcântara de Abreu desenvolveu a obra Silenciadas (Sagarana, 428 pp, R$ 67,90), uma ampla pesquisa que mostra não só os dados estatísticos, as questões psicológicas envolvidas e até mesmo padrões históricos, como também traz ao leitor sete relatos de vítimas. Um imenso percentual dos casos de estupro e abuso ocorrem dentro dos lares, onde as vítimas deveriam estar em segurança, e ninguém de fora fica sabendo. Em 2018, foram 32 mil casos notificados no Brasil (cerca de três casos por hora) e as principais vítimas são crianças e adolescentes. Além de entender as várias teorias de apoio disponíveis como ferramenta para compreensão das reações psicológicas e comportamentais que compõem o processo da violência sexual, a autora usa sua voz para denunciar uma cultura que impõe o silêncio e a minimização dos casos denunciados.

Quando somos desobrigados do Exército, recebemos um papel com a justificativa Dispensado pelo Excesso de Contingente. Seria essa a mesma causa a qual somos dispensados do mercado de trabalho, onde principalmente pessoas com diplomas não conseguem exercer a sua profissão? A obra Dispensados pelo excesso de contingente (Ciência Moderna, 266 pp, R$ 63,66) discute meios para reverter a desindustrialização do Ocidente das últimas décadas, as novas tendências industriais, tecnológicas, científicas e de inovações. Expõe o drama do desemprego e tenta formular um modelo conceitual para a geração de novas indústrias. O objetivo é induzir uma arquitetura de remodelação para mais diversidade econômica industrial, num livro que trata do desemprego em massa de vários países, suas causas e consequências. O leitor poderá analisar discussões sobre desemprego, desindustrialização, falta de diversidade nos negócios, e as novas oportunidades pelas ciências e engenharia, e refletir se o desemprego pelo desequilíbrio econômico tem solução.