Muita variedade na lista da semana dos Livros Mais Vendidos do PublishNews. São nove títulos estreando nas tabelas, e, mais do que isso, de nove editoras diferentes. Entre eles, até o livro do técnico palmeirense Abel Ferreira. Cabeça fria, coração quente (Garoa Livros) está em quarto lugar na lista de Não Ficção, com 1.074 exemplares vendidos. O livro não é apenas para palmeirenses felizes com os dois títulos de Libertadores da América conquistados sob o comando de Abel, mas é interessante também para quem quer entender mais sobre os métodos mais modernos aplicados na preparação dos times. Duas publicações da Matrix Editora lideram a lista de Não Ficção. E as duas trazem livros vendidos dentro de caixinhas: O jogo dos dilemas, de Viviani Zumpano, com 2.242 exemplares vendidos, e Puxa conversa – Família, de Paulo Tadeu, que vendeu 1.789 unidades. Na lista Geral, os três primeiros são Vade Mecum Saraiva 2022 - 33ª Edição (3.220 exemplares vendidos), o já citado O jogo dos dilemas e Mais esperto que o diabo (Citadel), de Napelon Hill, com 1.994 cópias. Depois de um bom aumento de 26% nas vendas na semana passada, esta apresenta queda de 21%. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Venha tomar uma cerveja com a gente! A tradição festeira do PublishNews volta com tudo! Na próxima quinta-feira, dia 31, vamos fazer juntos o primeiro Happy Hour desta temporada, depois de um longo descanso forçado pela pandemia. Livreiros, editores, autores, distribuidores comerciais, entre outros, vão se reunir para conversas informais no Bar do Beco (Rua Aspicuelta, 17), na Vila Madalena, o bairro boêmio paulistano. Na “pauta” da noite, bate-papos sobre desafios, necessidades e tendências do mercado dos livros, e, CLARO!, muita conversa fiada e divertida. O Bar do Beco tem uma área aberta e ampla, bem convidativa para esse tipo de reunião. Na próxima quinta, o local ficará aberto para os amigos do PublishNews das 19h às 23h. Quem quiser participar precisa se cadastrar aqui. É bom se apressar. O cadastramento será encerrado ao atingir o número máximo de vagas no evento. Clique no Leia mais par acessar a íntegra desta nota.

Em mais um ano, o British Book Awards, prêmio realizado pelo Bookseller, revelou os finalistas da sua edição de 2022. O prêmio reconhece as mais diversas áreas do mercado do livro no Reino Unido e Irlanda e divide suas categorias em duas listas principais: Livros do ano e Prêmios comerciais. Na primeira delas, foram selecionados 72 títulos divididos em 12 categorias. Em Ficção, estão na disputa: Belo mundo, onde você está (Companhia das Letras), de Sally Rooney – vencedora do British Book Awards 2019 com Pessoas normais –, Cidade nas nuvens (Intrínseca), de Anthony Doerr; Império do vampiro (Plataforma 21), de Jay Kristoff; Klara e o Sol (Companhia das Letras), de Kazuo Ishiguro – semifinalista do Booker Prize 2021 – Deve ter algo errado comigo (Universo dos Livros), de Meg Mason; e The passenger, de Ulrich Alexandr Boschwitz. Já em Ficção de Estreia são finalistas as obras How to kill your family, de Bella Mackie; Luxúria (Companhia das Letras), de Raven Leilani; Este não é o seu lar (Tordesilhas), de Natasha Brown; Mrs Death Misses Death, de Salena Godden; Open water, de Caleb Azumah Nelson; e She who became the sun, de Shelley Parker-Chan. Os finalistas das categorias que pertencem aos Prêmios comerciais foram anunciados ao longo das últimas semanas como, por exemplo, as Livrarias independentes do ano. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Feira do Livro de Londres – que inicia sua edição presencial em abril – divulgou os vencedores do International Excellence Awards 2022, que celebra os mercados globais e a inovação da atividade editorial fora do Reino Unido. Em mais um ano sem participação brasileira, nesta edição a biblioteca pública "Fran Galovic" Koprivnica, da Croácia, foi escolhida como Biblioteca do Ano. Os juízes elogiaram o trabalho feito por ela e seus bibliotecários para apoiar a comunidade durante a pandemia, ajudando, por exemplo, na alfabetização digital dos seus usuários. A Rahva Raamat Viru Store, da Estônia, foi eleita a Livraria do Ano por “demonstrar a importância da sustentabilidade ao longo de sua reforma” e ainda pelos “ambientes de fusão” criados no espaço que ao mesmo tempo nutrem a nostalgia e fornecem serviços técnicos e modernos. A livraria já foi uma das finalistas do prêmio em 2016. Criada em 2004, a loja conta com 1.600 m² e é hoje a maior livraria do país. Os vencedores receberão seus prêmios durante a Feira do Livro de Londres. Clique no Leia mais para conferir a lista completa dos vencedores.

A Casa 1, centro de cultura e acolhimento de pessoas LGBTQIAP+ que foram expulsos de casa pela família por suas orientações afetivas sexuais e identidade de gênero, precisa de doações de livros. A Biblioteca Comunitária Caio F. Abreu – que faz parte do espaço – atende cerca de 850 pessoas por mês e muitas delas procuram o lugar interessadas nos títulos que são distribuídos gratuitamente no "Balaio Literário". A biblioteca aceita quadrinhos, livros de ficção, romance e outros gêneros literários, além de DVDs e CDs. As doações podem ser entregues no Galpão Casa 1 (Rua Adoniran Barbosa, 151, Bela Vista - SP), de segunda a sexta, das 10h às 18h.

A turbulência política e social do Brasil de 2013 para cá pode ser facilmente reconhecida como cenário e força motriz de Rainha Lira (Editora 34, 128 pp, R$ 54). Escritor, dramaturgo e professor de teoria literária e literatura comparada, que publicou textos contundentes como Ao vencedor as batatas (1977) e Duas meninas (1997), Roberto Scwartz parece perguntar nesta nova peça se irá sobrar alguma coisa do Brasil que um dia existiu depois de tanta crise. Também é evidente a função de alguns personagens na representação dos anseios das várias classes e ideologias que disputam o que o Brasil ainda tem para oferecer aos salteadores. Para o autor, o texto aponta “para impasses do capitalismo contemporâneo, cada vez mais excludente, esgarçando a vida social da direção de um vale-tudo que não se sabe o que pronuncia".

Paulina foi presa e torturada durante a ditadura de Augusto Pinochet no Chile, nos anos 1970. Hoje, é ativista e está casada com um advogado de direitos humanos que acaba de ser nomeado para integrar uma comissão que investiga crimes da ditadura chilena. E ela se surpreenderá ao reconhecer em um médico, amigo do marido, o homem que a torturou na prisão. A maneira com que ela procura acertar as contas com o passado é eletrizante. A morte e a donzela (Carambaia, 112 pp, R$ 69,90 - Trad.: Swergio Molina), de Ariel Dorfman, é um clássico do teatro moderno que ultrapassou os limites da casa de espetáculos. Sua versão impressa vende muitos exemplares pelo mundo, e o texto deu origem ao elogiado filme de mesmo nome, dirigido por Roman Polanski, com Sigourney Weaver e Ben Kingsley interpretando vítima e algoz. Com a redemocratização do Chile como pano de fundo, a história é uma leitura sobre violência, ódio, culpa e vingança.

Eu que amava tanto o cinema (Cobogó, 336 pp, R$ 65) narra o surgimento do Cineclube Estação Botafogo e sua expansão a partir das memórias, e do ponto de vista, de um de seus sócios-fundadores, Marcelo França Mendes. A história do Grupo Estação tem início no Rio de Janeiro, na efervescente década de 1980. Eram os tempos da euforia das Diretas Já, do primeiro Rock in Rio, da abertura do Circo Voador e de tantos outros acontecimentos que transformaram a cultura na cidade. Nesse ambiente em ebulição, onde se respirava cultura e diversidade, cinco amigos que se reuniam a cada sábado no Cineclube Macunaíma decidiram levar adiante sua paixão pela sétima arte: o sociólogo Adhemar Oliveira; o economista Nelson Krumholz; a jornalista recém-formada Ilda Santiago; Adriana Rattes, bailarina e estudante de ciências sociais; e Marcelo, o caçula, estudante de Cinema. Sem dinheiro, munidos apenas de vontade e curiosidade, esses jovens viveram a aventura de abrir o seu próprio cineclube. Surgido em 1985, o Coper Botafogo, que no mesmo ano virou Estação Botafogo, era um espaço despretensioso. Mas, em pouco tempo, o Estação iria se transformar em rede de cinemas, distribuidora de filmes, editora e outras tantas coisas. Em tom de crônica, permeando o texto com referências cinematográficas, Marcelo conduz o texto com fluidez e bom humor, tanto ao falar das aventuras e conquistas quanto ao relatar momentos tensos e as crises.

Quarto livro da coleção Discos da Música Brasileira, O canto da cidade: da matriz afro-baiana à axé music de Daniela Mercury (Edições Sesc SP, 292 pp, R$ 15 e-book) é o quarto livro da coleção Discos da Música Brasileira. Neste volume da coleção que contempla a valorização da memória musical e busca observar os ecos e reverberações dessa produção, o jornalista baiano Luciano Matos entrevistou artistas e compositores – como o recém-falecido Letieres Leite, além de Carlinhos Brown, Margareth Menezes, Liminha, Vovô do Ilê , Márcia Castro e Márcia Short – para recontar a história e os bastidores do disco e do estilo que surgiu na Bahia e ganhou as ruas pelo Brasil. O livro tem como ponto de partida um show da cantora realizado em São Paulo, no vão do Masp. Em junho de 1992, ela, ainda pouco conhecida do grande público, parou a avenida Paulista em pleno meio-dia, mas sua apresentação foi interrompida, após 40 minutos, por conta da enorme concentração de pessoas e da forte vibração sonora que poderia abalar a estrutura do museu. É justamente a partir desse fato que contribuiu para a consolidação da chamada axé music que Matos conta a história de Daniela e do álbum O canto da cidade.