Foi anunciado nesta segunda-feira (21) o início das operações da editora portuguesa Assírio & Alvim no Brasil. Os dois primeiros lançamentos devem chegar às livrarias no início de abril: Sobre a arte literária (Fernando Pessoa, 190 pp, R$ 49,90) e Inferno (Pedro Eiras, 120 pp, R$ 39,90). A editora, que faz parte do grupo Porto, é reconhecida como a grande casa dos poetas portugueses. “De Camões aos contemporâneos, passando por Fernando Pessoa”, afirma o jornalista e escritor Thales Guaracy, editor da Assírio & Alvim no Brasil. “É a grande publicadora de Pessoa. A editora faz um trabalho importante junto aos pesquisadores da obra dele. É pelo selo que saem coisas novas do Pessoa, porque ainda tem muito material inédito sendo pesquisado.” Nos planos estão o lançamento de pelo menos dez títulos até julho, mês da Bienal do Livro em São Paulo, que tem Portugal como o país homenageado. Numa segunda etapa, serão publicados autores brasileiros. "Tem gente no Brasil que escreve poesia no Instagram e tem um milhão e meio de seguidores! Então tem gente lendo e escrevendo poesia", avalia o editor. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Em março, Pedro Bandeira, um dos autores mais vendidos de literatura infantojuvenil no país, completou 80 anos. Com mais de 40 deles dedicados a escrever histórias, ele tem muita coisa para compartilhar. Na sua bagagem constam ainda 130 obras produzidas, mais de 28 milhões de exemplares vendidos, segundo dados da sua editora, a Moderna, e diversos prêmios recebidos. Nesta semana, Pedro é o convidado do Podcast do PublishNews. Com bom-humor e energia, ele compartilhou com a nossa equipe o seu amor pelos livros, contou passagens da sua infância, do seu tempo como jornalista e de como, por acaso, começou a escrever livros para os mais novos e nunca mais parou. Banderia falou ainda da importância da educação, racismo, sobre a importância de empoderar as crianças e de como os professores e alunos – segundo ele, “sabotadores do bem” – podem trazer esperança para o país. “Nós somos um país atrasado porque somos analfabetos iletrados, nossa história é essa. Dizem que o Brasil não deu certo. Não, o Brasil deu muito certo. O projeto que o Brasil começou em 1500 é esse que tá aí arraigado, vitorioso, é assim que se pretendeu fazer o país, logo, deu certo o que eles queriam fazer, não o que eu gostaria que fosse feito”, disse. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB (Facebook, Twitter e Instagram), e da UmLivro, e conta também com o patrocínio da Alta Books. Clique no Leia mais para ter acesso à íntegra desta nota e ouvir o podcast.

As fusões e aquisições de grandes editoras e livrarias são movimentos que o mercado editorial global já vem acompanhando há alguns anos. Aqui no Brasil, por exemplo, nos últimos anos, o Grupo Companhia das Letras, que tem a Penguin Random House como sócia-majoritária, adquiriu a Pequena Zahar em 2019 e Brinque-Book em 2020, garantindo um catálogo infantil de peso. Na última sexta (18), a Companhia anunciou que adquiriu 70% do controle da JBC (Japan Brazil Communication), editora referência em mangás – os quadrinhos japoneses – no mercado editorial brasileiro. Com a chegada da JBC, o Grupo Companhia das Letras passa a publicar 20 selos editoriais, entre adultos, juvenis e infantis. Fundada em Tóquio, em 1992, com o objetivo de diminuir a distância cultural entre o Japão e o Brasil, a casa criada pelo imigrante japonês Masakazu Shoji começou suas atividades no Brasil três anos depois, com a supervisão de suas filhas Luzia e Marina. Após a fusão com a Companhia das Letras, as duas continuarão a dirigir a JBC comercial e editorialmente. Segundo publicação nas redes sociais da JBC, o papel da Companhia “será dar os apoios administrativos, de recursos humanos e tecnológicos, oferecer ganhos de escala nas negociações com clientes e fornecedores, e fortalecer a divulgação, a comercialização e a distribuição das publicações da JBC”. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Depois de um hiato na realização de eventos por força da pandemia de Covid-19, o PublishNews volta a promover suas tradicionais happy hours. A retomada se dá diante da amplitude da cobertura vacinal e da queda expressiva no número de internações e casos graves. O primeiro encontro será no próximo dia 31, uma quinta-feira, num bar na Vila Madalena, bairro boêmio da Zona Oeste de São Paulo. Ao longo dos próximos dias, o PN trará mais detalhes sobre a festa, com quantidade limitada de convidados. Estes terão de, antecipadamente, confirmar presença. Notório ponto de encontro do mercado do livro, os happy hours organizados pelo PublishNews reúnem os mais diversos profissionais do setor – livreiros, editores, autores, distribuidores e representantes comerciais, entre outros –, para uma conversa informal sobre desafios, necessidades e tendências que orbitam essa indústria. Mais informações, em breve, no nosso site, newsletter e redes sociais. Para assinar a nossa news, clique aqui. Para se cadastrar gratuitamente no PN+, clique aqui.

Neste fim de semana, o Estadão e a Folha destacaram a HQ Escuta, Formosa Márcia (Veneta), do brasileiro Marcello Quintanilha, que venceu o Globo de Ouro no Festival Internacional de Quadrinhos de Angoulême, na França, realizado no fim de semana. O autor já foi premiado anteriormente neste que é um dos maiores eventos de HQ no mundo. Em 2014, ganhou com Tungstênio, que quatro anos depois se transformaria em filme dirigido por Heitor Dhalia. No enredo, Márcia é uma enfermeira carioca que tenta impedir o envolvimento da filha adolescente com bandidos. O Globo noticiou o lançamento de biografia do chargista J. Ozon (1915-1971), que foi o editor responsável pelo lançamento de algumas obras do escritor Nelson Rodrigues (1912-1980). Também no Globo, o colunista Ancelmo Gois revelou que o próximo livro de Frei Betto, Tom vermelho do verde, teve seus originais entregues à editora Rocco. E a Folha falou do novo livro do sociólogo Reginaldo Prandi, Motivos e razões para matar ou morrer (Companhia das Letras), romance sobre mortes numa cidadezinha sem nome nos anos 1950. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A segunda edição do Festival Literatura & Resistência começa nesta quinta-feira (24), promovido pela NegaLilu Editora e a Casa de Cultura Digital. Até o dia 03 de abril, o evento terá 11 atividades on-line gratuitas e com acessibilidade para pessoas com deficiência. Financiado pela Lei Aldir Blanc, por meio da Secretaria de Cultura de Goiás, o festival vai oferecer encontros de slam, sarau e a ação #povoqueescreve, que resultará em uma publicação. A quinta edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil terá debate que abre a programação, com participação da coordenadora da pesquisa, Zoara Failla, do Instituto Pró-Livro, e João Luís Ceccantini, pesquisador da Unicamp. O escritor pernambucano Marcelino Freire, ganhador do Jabuti em 2006, dará um dos cursos oferecidos, A Escrita do Miniconto. Para inscrições e informações sobre a programação, clique aqui. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A escritora Iris Volant e a ilustradora Cynthia Alonso se juntaram para criar um livro de proposta bem singular. Debaixo das copas: árvores ao redor do mundo (VR Editora, 52 pp, R$ 54,90 - Trad.: Raquel Nakasone) mistura ciência, literatura e folclore para contar curiosidades das árvores. A pesquisa de Volant avançou na parte da botânica, explicando caraterísticas físicas de várias espécies, e também pelas histórias de livros, lendas e narrativas verídicas que têm árvores como personagens. Assim, consegue falar de como algumas delas são consideradas sagradas, caso da imensa samaúma da Amazônia, ou da colaboração de uma macieira para que o físico Issac Newton formulasse a teoria da gravidade. Muito antigas, gigantes ou pequenas, míticas ou provedoras, frondosas ou escassas em folhas, elas simbolizam universalmente a diversidade e a resistência da natureza.

Depois de brilhar no Cleveland Cavaliers e no Miami Heat, LeBron James é desde 2018 a estrela do Los Angeles Lakers. Um dos maiores jogadores da história do basquete profissional americano, três vezes campeão da NBA e vendedor de dois ouros olímpicos, ele abriu com sua família uma fundação que atende crianças em Akron, sua cidade natal. Dentro desse projeto, ele criou a escola I Promise, e é dela que tomou emprestado o título do livro infantil que escreveu, Eu prometo (Rocco, 40 pp, R$ 69,90 - Trad.: Solaine Chioro). LeBron James fez um texto que é dividido em lembretes, com mensagens de motivação que propõem a todas as pessoas que lutem por algo grandioso nos estudos, no trabalho ou em qualquer outra área da vida cotidiana. Para o autor, este é “um livro sobre coragem e confiança, sem que ninguém fique pensando em ser melhor do que os outros”. Atraindo as crianças com ilustrações de Nina Mata, o livro também é sucesso nos EUA entre fãs da NBA e até junto a empresários em busca de texto motivacionais.

A obra O Urso-coelho (Todesilhinhas, 32 pp, R$ 49), escrito por Andrea J. Loney e ilustrado por Carmen Saldaña, conta a história de um personagem que nasceu um urso, mas se identifica mais com as coisas de coelho. Ele gosta de saltitar pela floresta, franzir o nariz e mordiscar morangos, mas os outros animais acham esse comportamento estranho. Durante essa jornada de entendimento e aceitação, Urso-coelho encontra a Coelha-panda e, com a ajuda dela, descobre que tudo bem parecer uma coisa por fora, mas sentir outra por dentro. Publicada pela primeira vez em 2017, nos EUA, a obra foi indicada pela comunidade Buzzfeed em uma lista de livros para falar sobre identidade de gênero com as crianças e entrou para a Rainbow List de 2018, que seleciona livros sobre diversidade LGBTQIA+. O livro dialoga com os pequenos leitores de maneira divertida, ensinando que é necessário ter mais empatia com as pessoas ao redor. A edição ainda conta com tradução de Marília Garcia, ganhadora do Prêmio Oceanos de Literatura de Língua Portuguesa (2018) e do Prêmio FNLIJ de melhor tradução jovem (2018).

Pessoas legais podem ser encontradas do Canadá ao Congo à Cuba, do Afeganistão à Austrália, da Irlanda ao Iraque... É o que diz Alice Walker no livro Gente legal está em todo lugar (José Olympio, 56 pp, R$ 69,90 – Trad.: Nina Rizzi). A obra é uma ode à humanidade: há pessoas legais nos 37 lugares listados nas páginas e em todos os outros lugares do planeta. A viagem proposta pelos versos do poema, que busca agregar leitores e mostrar que há gente legal por toda a parte, ganha ainda mais emoção por meio das ilustrações de Quim Torres. Alice Walker é autora de A cor púrpura, que está completando 40 anos e acaba de ganhar edição especial pela José Olympio. O romance foi adaptado para o cinema e também para os palcos, com versão musical atualmente em cartaz no Brasil. Gente legal está em todo lugar traz ainda uma entrevista com a autora.