O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Nessa semana, o Próximo Capítulo traz as novidades que chegarão às livrarias entre 1º e 07 de maio. Entre elas estão a nova edição de A heresia dos índios (Companhia das Letras), de Ronaldo Vainfas; Teoria da classe inadequada (Âyiné), de Raffaele Alberto Ventura; O terceiro excluído (Zahar), de Fernando Haddad; Morra por mim (Suma), terceiro e último volume do thriller de espionagem que deu origem à série Killing Eve, escrito por Luke Jennings; e A mesa de jogadores (Alta Novel), de Jessica Goodman. Clique aqui para conferir todas elas. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações e o Apanhadão Diário. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

A distribuidora digital italiana StreetLib vai oferecer serviço gratuito para editores ucranianos por pelo menos cinco anos. Carlo Carrenho, fundador do PublishNews, é hoje chefe do Desenvolvimento de Negócios Internacionais da StreetLib, e a iniciativa foi discutida pela equipe da empresa depois de uma viagem a negócios à Polônia, feita por ele na semana passada. O contato próximo com os efeitos da invasão russa na Ucrânia foi perturbador. “Em uma noite sem dormir em um hotel cheio de mulheres e crianças ucranianas de classe média, comecei a pensar em como poderia ajudar.” O Projeto Ebook Ucraniano permitirá que escritores e editores da Ucrânia criem e distribuam seus e-books sem pagar comissões, eliminando também a taxa de distribuição e também a taxa de assinatura mensal para ucranianos no StreeLib Write. Editores ou escritores ucranianos que quiserem usar os serviços da StreeLib gratuitamente devem preencher um formulário. Clique no Leia Mais para acessar a íntegra desta nota.

Drive my car, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta (17), pode se tornar mais do que uma ótima adaptação do conto de mesmo nome escrito por Haruki Murakami. Ao saber das quatro indicações recebidas pelo longa ao Oscar 2022, nas categorias Melhor Filme, Filme Internacional, Roteiro Adaptado e Direção, para Ryusuke Hamaguchi, é impossível não estabelecer uma comparação com Parasita, obra do diretor sul-coreano Bong Joon-Ho que levou as premiações mais importantes em 2020. O filme é uma sinfonia de silêncios. Os momentos de maior comunicação com o espectador são os períodos silenciosos entre o ator viúvo e a jovem de 21 anos contratada para ser sua motorista. Quem leu a compilação de contos Homens sem mulheres (Companhia das Letras, 240 pp, R$ 59,90; Trad.: Eunice Suenaga), lançada no Brasil em 2015, poderá perceber que, além de usar o conto de mesmo nome que está no volume, o diretor injeta alguma coisa de outro texto do livro, Scheherazade. Embora partam dos relatos de homens que perderam suas mulheres em circunstâncias nada tranquilas, o protagonismo real de cada texto do livro está com as mulheres que aparecem no caminho de cada um. Clique no Leia Mais para acessar a íntegra desta nota.

A Companhia das Letras está à procura de um analista de imprensa. Para o cargo, é preciso ter formação superior completo em Comunicação Social ou áreas correlatas; conhecimentos em Inglês nível intermediário ou mais; familiaridade com redes sociais; e conhecer o catálogo e os selos da Companhia das Letras. As atribuições do cargo incluem cocriar estratégias de divulgação de imprensa; apoiar na divulgação de livros; elaborar notas, relatórios e análises semanais; criar mailings especializados e controle de clipping; realizar ações com influenciadores digitais; e monitorar a imprensa e mídias sociais. Experiência com assessoria de imprensa e conhecimento em dados são considerados diferenciais. Interessados devem encaminhar currículos para curriculo@companhiadasletras.com.br até 22 de março, colocando no assunto “Analista de imprensa”.

A editora Gente abriu uma vaga para assistente de planejamento e controle de produção. O assistente de PCP se faz presente nos processos da área administrativa do PCP, auxiliando na organização de arquivos, cadastro de produtos, emissão ou lançamento de nota fiscal, elaboração de planilhas e relatórios gerenciais, auxílio no processo de compras e registro de circulação de papel imune. Cabe a esse profissional também realizar atividades de apoio a outras áreas como, por exemplo, o comercial. Para a vaga, é preciso ter experiência mínima de um ano; ensino médio completo ou cursando ensino superior em Administração de Empresas ou Logística; ser organizado e proativo; e ter conhecimento do Office completo. São diferenciais: conhecimentos do sistema TOTVS – Protheus e ter vivenciado rotina de editora, gráfica e Recopi. Interessados podem mandar seus currículos para valeria.trindade@editoragente.com.br até 25 de março.

O Instituto Estação das Letras continua com sua programação em março com diversos cursos sobre escrita, leitura e gêneros literários. No dia 21, por exemplo, Valesca de Assis inicia uma Oficina de Escrita Criativa. O conteúdo é dividido em dez blocos e as aulas terminam em julho. No mesmo dia, Jorge Amaral também inicia sua Oficina de poesia, que pretende aproximar os alunos do universo do gênero, alternando teoria e prática poética e exercitando simultaneamente a sensibilidade do olhar e da escuta por meio da leitura e da escrita. Na segunda quinzena do mês, outros gêneros e atividades também ganham destaque no Instituto: conto com Luis Roberto Amábile; poema sob orientação de Antônio Carlos Secchin, além do Atelier de Leitura com a Lilian Fontes e a Literatura para crianças e jovens com Márcia Cristina Silva. Todos estão com inscrições abertas no site do Instituto e para mais informações é só mandar um e-mail para iel@estacaodasletras.com.br.

A Trindade Bantu (Àyiné, 183 pp, R$ 59,90 – Trad.: Lucas Neves) é o segundo romance do escritor camaronês Max Lobe, há anos residente na Suíça – o primeiro a ser publicado no Brasil. A obra apresenta aos leitores a voz pungente de um escritor que expõe com ironia e ternura as contradições e falsas ilusões de uma sociedade multicultural como é a das cidades da Helvécia, um país no coração da Europa, palco da narrativa desse romance. Nascido em Camarões em 1986, Max Lobe mora na Suíça desde os dezoito anos. Seu protagonista, Mwána, é também um jovem africano que vive em Genebra. No romance, a personagem central narra sua odisseia à procura de um emprego, enquanto vive dividido entre a cultura bantu de origem e o amor por Ruedi, seu companheiro suíço-alemão. A vida do casal é marcada pelas dificuldades econômicas e o medo da fome, porém sempre atravessado por um espírito vivo e confiante. Personagens carismáticos transitam pela narrativa carregada de temas da atualidade, como imigração, homossexualidade e relações interculturais. A Trindade Bantu, originalmente publicado em 2014, traz a cultura africana em contraponto com uma Europa atravessada por ventos de intolerância e xenofobia.

Desde quando foi originalmente publicado em Portugal, em 2015, Esse cabelo (Todavia, 104 pp, R$ 57,90) vem traçando um dos caminhos mais originais e afiados da literatura na língua portuguesa. Isso porque a obra de estreia de Djaimilia Pereira de Almeida dialoga com o romance pós-colonial, o ensaio de identidade, a autoficção e (não menos importante) a tragicomédia. “A verdade é que a história do meu cabelo crespo intersecta a história de pelo menos dois países e, panoramicamente, a história indireta da relação entre vários continentes: uma geopolítica”, diz Mila, a narradora de inspiração autobiográfica de Djaimilia. Nascida em Luanda, Mila é filha de mãe negra angolana e pai branco português. Chega a Lisboa com três anos de idade e sente-se uma forasteira desde o início. É pela lente do seu cabelo indomavelmente cacheado que a história de Mila entrelaça memórias de infância e adolescência, história familiar e alentadas reflexões sobre o tenso equilíbrio — interno e externo — de uma identidade europeia e africana. Esse cabelo traz a contribuição única da língua portuguesa a um diálogo global cada vez mais fervente sobre racismo, feminismo, colonialismo e independência.

Em seu segundo livro, Paula Gicovate parte de um mote corriqueiro, o envolvimento de uma mulher com um homem, sem saber que ele é casado. Notas sobre a impermanência (Faria e Silva, 120 pp, R$ 49,90) mostra a história de Lia, uma tradutora carioca às voltas com a paixão por um homem que esconde dela esse segredo. Diferentemente do que a sinopse pode indicar, o livro é mais do que o cotidiano de uma relação em suas aproximações e afastamentos cotidianos. Suas páginas trazem um questionamento de modelos já desgastados para as relações amorosas e vai oferecendo ao leitor as perspectivas de se afastar desses comportamentos pré-estabelecidos. A relação de Lia e Otto atravessa um bom tempo, até que uma viagem à Europa vai despertar chances para que ela se conheça melhor e reavalie sua vida. O amor sob óticas inesperadas parece ser o foco da escritora, que lançou em 2014 Este é um livro sobre amor.

Aléxis Kiosia é um estreante, mas publica agora depois de muita maturação. Desde 2002 ele já juntava ideias para Bala sete (ou uma elaborada forma de suicídio) (Autografia, 146 pp, R$ 45,90). É uma ficção autobiográfica, com todos os personagens baseados em pelo menos uma pessoa real. A ação reúne um protagonista sem nome, Camila e um narrador que se pretende cúmplice do leitor. Proposto como jornada de autoconhecimento, o texto vai na contramão dos livros de autoajuda. O herói (pode ser chamado assim?) tem seu caminho dividido em duas partes. No início, uma narrativa mais comportada. Depois, é substituída por um encadeamento pretensamente confuso, experimental. Vai de uma paixão adolescente, dessas bem comuns, para se dirigir ao luto, à depressão e a relações desesperadas. O autor assume o desejo de fazer um livro que modifique as pessoas que resolverem ler suas páginas. E transborda inspirações e referências confessas de filmes de Charlie Kaufman e David Lynch.