A 59ª edição da Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha começa na próxima semana (21 a 24/03) e a literatura brasileira também estará presente. O Brasil terá um estande exclusivo na feira, que retorna ao modelo integralmente presencial este ano. A estimativa do Brazilian Publishers – projeto de internacionalização de conteúdo editorial brasileiro realizado por meio de uma parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) – é de que o evento gere US$ 200 mil em negócios para o mercado editorial nacional. Em 2019, no ano pré-pandemia, essa estimativa era de US$ 340 mil. O estande dedicado à literatura brasileira contará com um espaço para a negociação de direitos autorais com as editoras que já confirmaram presença. Entre elas estão Callis, Girassol Brasil, Melhoramentos, Ôzé, Carochinha, Editora do Brasil, Todolivro, Pallas, Ateliê da Escrita e Editora Jujuba. A Feira contará também com a participação de brasileiros em painéis que vão debater temas relevantes para o mercado editorial. A gerente de relações internacionais do BP, Fernanda Dantas, vai integrar o painel Translation Forum: Hot topics in translation rights sobre literatura brasileira e direitos de tradução, no dia 23, às 11h. Clique no Leia Mais para conferir a íntegra dessa nota e outros destaques da participação brasileira na feira.

A Feira do Livro de Londres, que vai abrir em 5 de abril, anunciou a participação de novos expositores americanos e canadenses, alguns grandes pavilhões de países como Alemanha, China, Espanha, França, Itália e Turquia, além da confirmação das todas as principais editoras britânicas. A Feira volta ao formato presencial pela primeira vez desde 2019, depois de recorrer à comunicação digital para continuar sua ação durante os dois primeiros anos da pandemia de Covid-19. A cidade de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos, será o Market Focus desta edição. Na prática, isso significa a criação de eventos culturais em conjunto com a Feira Internacional do Livro de Sharjah e um programa para incrementar as oportunidades de negócios na região. O diretor da Feira, Andy Vertris, disse estar empolgado com a grande presença de agentes literários e empresas livreiras na nova edição. “É um grande voto de confiança na Feira e uma prova de como é importante conhecer seus parceiros cara a cara e fazer negócios presencialmente. Embora as restrições impostas pela Covid tenham afetado os planos de viagem de representantes de algumas regiões, estamos muito satisfeitos por ter uma presença estrangeira tão forte e, como sempre, estamos entusiasmados para receber expositores que vem pela primeira vez ao evento.” Clique no Leia Mais para acessar a íntegra desta nota.

No ano passado, o PublishNews lançou a Área Indie, espaço que reúne mensalmente informações sobre livros lançados de forma independente ou autopublicados. Neste mês, os destaques são a duologia O homem fantasma, de Chaiene Santos, que acompanha a história de um mago que tem a responsabilidade de guiar uma criança para que uma profecia suprema se cumpra; A obra poética de Ana Cristina Cesar, na qual Francine Cruz analisa como a autora ressignifica o biografismo e qual a interferência disso em sua poética; e A chave da felicidade, romance de Tom Mileto que conta a história de um adolescente que, ao ficar em coma, passa por um acompanhamento em uma dimensão paralela e tem a chance de refletir sobre suas ações. Para saber como participar da seção, escreva para Karina Lourenço no e-mail karina@publishnews.com.br.

A Aleph, editora com foco em cultura pop e ficção científica, está com duas vagas abertas no seu editorial. A primeira é para o administrativo: a pessoa contratada irá cuidar dos pedidos de ISBN e ficha catalográfica; do envio e controle de contratos para agentes, autores e colaboradores; controle de pagamentos; envio de prestações de contas de royalties aos agentes; controle das invoices para pagamento; envio de exemplares; e dar suporte ao editorial. É desejável ter experiência na área, inglês e cursos de especialização. A segunda vaga é para produção gráfica. As funções do cargo incluem a negociação e compra de papel; realizar o recopi (aceite, registro, operações e retorno); o follow up de notas fiscais de compra, recopi e industrialização; a montagem de pedidos de compra e controle junto ao financeiro e logística; cronogramas de gráficas e cuidar da reimpressão. Também é necessário ter experiência na área de conhecimentos do inglês. Interessados devem encaminhar currículos para vagas@editoraaleph.com.br.

A Thieme Revinter, editora multinacional alemã que publica livros de CTP, está à procura de um estagiário de comunicação. O objetivo final da vaga é auxiliar no contato com autores e instituições parceiras da editora, além de desenvolver e executar campanhas. A pessoa contratada também será responsável por realizar pesquisas de tendências e novidades para produção de conteúdo; colaborar com o departamento e dar suporte ao trabalho que hoje é feito no marketing digital; colaborar com vendas, editorial e outros times e empresas para produzir conteúdo de relevância para a audiência da editora. Essa vaga demanda um perfil hands on, multitarefa, com alto nível de criatividade, atenção aos detalhes e habilidades para gerenciar projetos. Os requisitos ainda incluem formação na área de comunicação: Publicidade e Propaganda, Jornalismo, Relações Públicas ou correlatas; interesse na área editorial; conhecimento do Pacote Office; afinidade com mídias digitais e ferramentas de e-mail marketing; conhecimentos em comunicação e conteúdo para diferentes mídias e projetos, com interesse em criação, inovação e linguagens digitais; e noções de ferramentas como Photoshop, Canva etc. Interessados devem enviar currículos para recrutamento@thieme.com.br.

Nesta quarta (16), o Museu da República, convida o público para o terceiro encontro do seu Clube das Intrusas – Lendo nossas escritoras, que tem como objetivo abrir espaço para difusão, debate e democratização da literatura de autoria feminina produzida no Brasil e em outros países de língua portuguesa. O Clube das Intrusas é um projeto realizado em parceria com a Liga Brasileira das Editoras - Libre, e é composto de encontros mensais e gratuitos abertos ao público mediante inscrição prévia. O encontro desta quarta é on-line e será às 16h. O livro escolhido foi O crime do Cais do Valongo (Malê), de Eliana Alves Cruz, e a convidada especial será a escritora Sonia Rosa. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas clicando aqui.

A humanidade vem alcançando novos patamares de compreensão científica – mas, ao mesmo tempo, também parece estar enlouquecendo. Como é possível que a mesma espécie que em menos de um ano desenvolveu vacinas contra a covid-19 produza tantas notícias falsas, charlatanismo médico e teorias da conspiração? Explicar essa dualidade é um dos desafios de Racionalidade (Intrínseca, 464 pp, R$ 89,90 - Trad.: Waldéa Barcellos). Na obra, o psicólogo e teórico evolucionista canadense Steven Pinker rejeita a afirmação simplista de que os humanos são simplesmente irracionais. Na verdade, todo ser humano nasce com a habilidade de pensar e tomar decisões recorrendo a poderosas ferramentas de raciocínio, como lógica, pensamento crítico, correlação e causalidade. Mas o mundo das fake news é um bom exemplo de como coerência, nexo e sentido podem se perder por brechas na nossa consciência e provocar distorções da realidade que limitam nossas escolhas. Racionalidade é inspirado em um curso ministrado por Pinker na escola de filosofia de Harvard. Segundo o autor, entender por que tantos caem na armadilha do negacionismo é um primeiro passo na busca de mecanismos que introduzam mais cautela no debate público e induzam as pessoas a fazer escolhas mais sensatas.

O norte-americano Steven Johnson é autor de 13 livros que misturam ciência, tecnologia e experiências de comportamento. Seu trabalho mais recente é Longevidade: uma breve história de como e por que vivemos mais (Zahar, 344 pp, R$ 55,90, Trad.: Claudio Carina). Ele busca as explicações para justificar o fato que o homem tem hoje, em média, 20 mil dias a mais de vida do que já apresentou no passado. Johnson investiga a participação das descobertas médicas, das instituições de saúde pública e o desenvolvimento do método científico nesse crescimento de expectativa de vida. Seu desafio é quantificar a influência da invenção das vacinas e dos antibióticos ou o uso de cinto de segurança nos carros e máquinas industriais na obtenção desse maior tempo de vida a ser desfrutado pelo homem. Entre os admiradores do escritor há uma celebridade mundial: “Steven Johnson não nos deixa esquecer do papel da ciência moderna em transformar fundamentalmente as nossas vidas”, disse Barack Obama.

O pequeno livro dos buracos negros (Crítica, 256 pp, R$ 56,90 – Trad.: Rosaura Eichenberg) fornece uma introdução breve às propriedades básicas dos buracos negros e sua ocorrência no universo. Um buraco negro é, essencialmente, uma região do espaço-tempo para a qual a matéria é atraída e da qual é impossível escapar. Foi em 2015, quase 100 anos depois de Albert Einstein formular a teoria da relatividade geral, que o Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser (LIGO) confirmou a detecção de um par de buracos negros prestes a se fundirem, episódio que eletrizou a comunidade da física. Esse primeiro evento de descoberta deu início a uma nova era da astronomia de onda gravitacional. No livro, os autores Steven Gubser e Frans Pretorius pretendem descrever os buracos negros não apenas como objetos astrofísicos nos quais a existência está quase fora de dúvida, mas também como laboratórios teóricos que ajudarão a aprimorar outros conceitos. Inicialmente a obra se volta para a teoria da relatividade de Einsten, formulação fundamental que prediz o tipo de ondas gravitacionais que o detector do LIGO deve perceber no caso de colisão de buracos negros. Nos capítulos subsequentes, os autores discutem sobre os buracos negros de Schwarzschild, os buracos negros em rotação, as colisões de buracos negros, entre outros temas. Em toda a obra, os autores usam experimentos mentais criativos para tornar acessível esse universo de conceitos.

A série Saber Horrível reúne volumes divertidos sobre temas científicos vistos de forma assustadora, nojenta ou simplesmente engraçada. Um dos exemplares dessa proposta de ensinar divertindo é Vulcões Violentos (Melhoramentos, 128 pp, R$ 35, Trad.: Antonio Carlos Vilela). É preocupante pensar que debaixo desse solo firme em que as pessoas pisam existe material quente e molenga. Rochas incandescentes e gases se agitam sem parar debaixo do solo, até que um dia não conseguem mais resistir à pressão. Então estouram e vazam na superfície, com muito estardalhaço. Eis o vulcão. Partindo daí, o livro explica o que acontece nas erupções, por que os vulcões têm cheiro de ovo podre e, aos interessados, como dar os primeiros passos para ser um vulcanologista. Escrito por Rita Ganeri, o livro tem ilustrações de Mike Phillips. Depois de aprender dicas preciosas de como escapar de um rio de lava numa erupção, o leitor poderá planejar férias emocionantes seguindo um guia de turismo vulcânico.