Na última Lista Nielsen PublishNews, o destaque foi para o autor Felipe Rocha, dono dos livros Todas as flores que não te enviei e Nem todo amor tem um final feliz. E tá tudo bem. Criador da página Tipo Bilhete, com mais de 600 mil seguidores no Instagram, ele conseguiu um lugar de destaque também no mundo dos livros. Mas sua história é mais complexa – e interessante – do que isso. Convidado do Podcast do PublishNews dessa semana, Felipe contou para nossa equipe como surgiu a ideia de começar com os seus bilhetes motivacionais – inicialmente para ajudar uma amiga – e como eles se tornaram um negócio pouco tempo depois. No meio desse caminho, Felipe compartilhou também algo que não fala muito nas redes sociais: um acidente que poderia tê-lo feito desistir de escrever, mas que serviu de inspiração para a sua primeira obra, Todas as flores que não te enviei. “Fiquei um ano em recuperação, escrevendo pelo celular [...] e eu tive que apostar na internet, no Tipo Bilhete, fazendo as vendas dos meus postais, publicando coisas, era o que eu tinha para fazer, não foi nada planejado”, lembrou. “E quando eu voltei a estar bem de saúde, liberado para viver, no meio de 2018, eu já tinha essa ideia de livro e foi quando eu tive o primeiro contato com a Astral Cultural”, contou. Clique no Leia Mais para conferir a íntegra desta nota e ouvir o podcast.

O Itaú Cultural abre nesta segunda (14), as inscrições para a edição de 2022 do Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa. Até 24 de abril, podem ser inscritas obras editadas em qualquer lugar do mundo, desde que escritas originalmente em língua portuguesa, nos gêneros romance, poesia, conto, crônica e dramaturgia, e publicadas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2021. As inscrições podem ser feitas pela editora e pelo autor, com o preenchimento da ficha de inscrição e a inclusão da obra inscrita, tanto em versão impressa quanto digital, em formato PDF no site do prêmio. O regulamento desta edição também está disponível na página. O valor total do prêmio é de R$ 250 mil – R$ 120 mil para o primeiro colocado, R$ 80 mil para o segundo e R$ 50 mil para o terceiro. Clique no Leia Mais para conferir a íntegra desta nota.

O Itaú Social lança nesta segunda-feira (14) o podcast "Leia com uma criança". A proposta é incentivar e reforçar a importância da leitura desde a primeira infância. O lançamento marca a mudança no nome do programa, anteriormente "Leia para uma criança". A intenção é reforçar o compromisso em estimular a leitura do adulto para e com uma criança. Cada um dos 12 episódios oferece mediação de leitura, conversa com autores e a diálogos com crianças. Além do conteúdo em áudio, estarão disponíveis vídeos com recursos de acessibilidade e orientações para mediadores de leitura, educadores e pais. Os episódios serão apresentados por Kiara Terra, narradora de histórias. O primeiro episódio irá trazer uma reflexão sobre a literatura indígena. Clique no Leia Mais para acessar a íntegra desta nota.

O centenário de nascimento do maior escritor da chamada geração beatnik é o destaque da imprensa na cobertura literária publicada no fim de semana, em grandes textos no Globo e no Estadão. Jack Kerouac (1992-1969) impulsionou esse movimento literário em 1957, com a publicação de On the Road. Sua prosa retratava os jovens que recusavam o “American way of life” e buscavam alternativas caindo na estrada em busca de sexo, jazz, drogas e até experiências supostamente místicas. A Folha aproveita a indicação de Paulo Scott como semifinalista do International Booker Prize 2022, dedicado a traduções publicadas no Reino Unido e na Irlanda, para comentar as dificuldades que os autores brasileiros encontram para editar seus livros em outros países. A Folha publica critica de Zeca Camargo sobre o livro Viagem (Record), de Graciliano Ramos (1892-1953), que teve publicação póstuma e fala de sua viagem à União Soviética em 1952. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Ediouro, que abriga as marcas Ediouro Educação, Nova Fronteira, Petra, Pixel, Agir e Coquetel, está com três vagas abertas. A primeira delas é para o cargo de analista de crédito e cobrança. É preciso ter experiência na área, graduação em Administração ou áreas correlatas, conhecimento em Excel avançado, e boa escrita e comunicação. É desejável conhecimento com Protheus. Já as funções do cargo incluem a análise de carteira; confecção e análise de relatórios gerenciais de inadimplência e outros; suporte a assessoria externa; e atender clientes. As outras duas vagas são para representantes comerciais para Pernambuco e Espírito Santo. As atividades incluem realizar vendas de projetos especiais junto a órgãos públicos; manter contato com estabelecimentos para divulgar produtos da editora. São requisitos ensino superior completo (ou cursando) em Administração, Marketing ou Publicidade e Propaganda; experiência em vendas e disponibilidade para viagens. Clique nos links correspondentes para mais informações e para se inscrever.

Na última sexta (11), a Diretoria da Academia Brasileira de Letras (ABL) tomou posse, marcando o retorno aos trabalhos presenciais depois de dois anos de reuniões remotas devido à pandemia. A posse oficializou o primeiro mandato de Merval Pereira à frente da academia. O jornalista, que ocupa a cadeira 31 desde setembro de 2011, foi eleito presidente em dezembro de 2021. A Diretoria é composta, ainda, por Nélida Piñon como secretária-geral, Joaquim Falcão como primeiro-secretário, Celso Lafer como segundo-secretário e Evaldo Cabral de Mello como tesoureiro. No evento, aberto a convidados, foi entregue o Prêmio Machado de Assis de 2021 a Ruy Castro pelo conjunto da obra. Estiveram presentes, também, novos membros da academia ainda não empossados, como a atriz Fernanda Montenegro e o cantor Gilberto Gil. O mandato da diretoria da Academia Brasileira de Letras tem duração de um ano, renovável anualmente por votação dos imortais por outros três.

Diante da situação enfrentada pelo povo ucraniano e em nome de todos os editores brasileiros, Dante Cid, presidente do SNEL - Sindicato Nacional dos Editores de Livros, enviou uma carta de apoio aos colegas daquele país. O texto encaminhado para a Associação de Editores da Ucrânia diz que o ecossistema do livro é fundamental para a preservação da cultura nacional. "Acreditamos que os colegas editores de livros da Ucrânia sairão ainda mais fortalecidos nessa missão de disseminar conhecimento e cultura. Recebam de toda a comunidade de editores brasileiros nossos pensamentos de esperança", diz a carta. Clique no Leia Mais para acessar a íntegra da carta.

Lei Lang, na França. Lei do Preço Único ou Lei do Preço Fixo, em diversas partes do mundo. No Brasil, Lei Cortez. E – por que não? – Lei da Bibliodiversidade. A proposta se dirige a quem compreenda o significado profundo de uma política de regulação do preço do livro, no momento em que o e-commerce se insinua com todas as suas artimanhas sobre os consumidores do planeta. Nesse contexto, a obra Bibliodiversidade e o preço do livro (Ateliê Editorial, 308 pp, R$ 59,90) traz ainda textos reflexivos sobre uma lei que pressupõe a regulação do preço do livro e reafirma a importância de valorizar a bibliodiversidade, garantindo a sobrevivência de diferentes suportes e tecnologias de leitura e variedade de profissionais e leitores que participam da cadeia do livro e da cultura escrita. A obra conta com os autores Adalberto Ribeiro, Alexandre Martins Fontes, Ana Elisa Ribeiro, Bernardo Gurbanov, Gustavo Piqueira, Haroldo Ceravolo Sereza, Igor Venceslau, Jack Lang, Jean Paul Prates, HeanGoin Boin, Jean-Yves Mollier, João Varella, Larissa Mundim, Livia Kalil, Macus Telles, Marília de Araújo VBarcellos, Marisa Midori Dealecto, Nicolas Roche, Nuno Medeiros, Patricia Sorel, Paulo Verano, Ricardo Borges, Rui Campos e Vitor Tavares.

Philip Roth foi um dos mais notáveis escritores de língua inglesa do século XX. Dono de uma carreira literária incomparável, dedicada sobretudo à ficção, ele ainda deixou em sue legado uma coleção de textos não ficcionais — muitos deles para responder a provocações de diferentes naturezas, agradecer o recebimento de algum prêmio ou chorar a morte de um amigo. O resultado dessa produção é uma série de declarações e comentários sobre seu trabalho e o dos escritores que admirava, seu processo criativo e a cultura americana. Último volume da obra completa do autor publicado pela Library of America antes de sua morte em 2018, Por que escrever? (Companhia das Letras, 568 pp, R$ 89,90 – Trad.: Jorio Duster) traz o indispensável de sua não ficção, reunida pela primeira vez em livro: estudos sobre a obra de Kafka e os judeus na literatura, palestras sobre os seus romances mais polêmicos e balanços de uma vida dedicada à escrita.

Ainda impulsionados pelo centenário de nascimento de Clarice Lispector (1920-1977), que teve suas comemorações prejudicadas e atrasadas pela pandemia, os lançamentos sobre a vida e obra da escritora continuam fartos. Chega às livrarias Clarice Lispector: uma vida na literatura (Oficina Raquel, 200 pp, R$ 86,90). A proposta é mostrar Clarice fora de discussões acadêmicas sobre sua produção literária. O volume traz textos em que a escritora interage com correspondentes, sejam familiares ou amigos, de uma maneira espontânea, corriqueira, tentando vislumbrar um lado dela menos conhecido do público. A seleção foi organizada pelas professoras e pesquisadoras Matildes Demetrio dos Santos e Monica Gomes da Silva. Anteriormente, as duas publicaram juntas o livro Pensar Memórias do Cárcere, em 2105, sobre a obra de Graciliano Ramos.

Hannah Arendt (1906-1975), nascida na Alemanha e radicada nos EUA depois da perseguição nazista na Segunda Guerra Mundial, sempre renegou o rótulo de filósofa e exigia que seus escritos fossem catalogados como “teoria política”. Denominações à parte, sua obra é uma das mais poderosas do século XX. Ela defendeu que acordos políticos e leis precisam contemplar a vida prática das pessoas e sua liberdade. Para ajudar a compreende sua vasta obra, está nas livrarias Dicionário Hannah Arendt (Edições 70 / Almedina, 452 pp, R$ 111,20), volume produzido por Adriano Correia, Antonio Glauton Varela Rocha, Maria Cristina Müller e Odilio Alves Aguiar. Elencando 51 verbetes, o livro procura contemplar uma variedade de conceitos que certamente os leitores irão encontrar na obra de Arendt. Conhecer seu trabalho é fundamental para o entendimento do mundo atual. No livro, uma frase dela em destaque: “Quero compreender e, quando outros compreendem da mesma forma que eu compreendi, isto me dá uma sentimento de satisfação, como uma sensação de estar em casa".