A cantora, compositora e escritora Rita Lee morreu aos 75 anos, nesta segunda-feira (8), em São Paulo. O velório será aberto ao público, no Planetário do Parque Ibirapuera, na quarta (10), das 10h às 17h. O corpo será cremado em uma cerimônia particular. As informações foram compartilhadas pela família da artista nas redes sociais na manhã desta terça-feira (9).
Além de cantora e compositora protagonista de diversos movimentos da música popular brasileira na segunda metade do século XX, Rita Lee também foi escritora de ofício – e de sucesso de público e crítica –, com destaque nos últimos anos. Seus livros entraram nas Listas de Mais Vendidos e especialmente sua autobiografia se transformou em clássico da memória da cultura popular.
O livro tem, segundo a editora, um "texto franco, ora cru e chocante, ora cheio de ironias, ora sutil e amoroso". A artista fala do seu tratamento, mas também da rotina, "dos avisos do Universo, de seres de luz e dos caminhos que a vida tomou".
Na ocasião, a editora emitiu um comunicado com aspas da autora: "(...) quando decidi escrever Rita Lee: Uma autobiografia (2016), o livro marcava, de certo modo, uma despedida da persona ritalee, aquela dos palcos, uma vez que tinha me aposentado dos shows. Achei que nada mais tão digno de nota pudesse acontecer em minha vidinha besta. Mas é aquela velha história: enquanto a gente faz planos e acha que sabe de alguma coisa, Deus dá uma risadinha sarcástica”.
A foto de capa, de Guilherme Samora, foi pintada pela própria Rita.
Em 2019, a Globinho, selo infantojuvenil da Globo Livros, lançou uma nova edição da série infantil Dr. Alex. A autora, que desde sempre lutou pela causa animal e ambiental, lançou a coleção em 1986 e 1992. Em Dr. Alex, primeiro volume da série, a autora conta como um cientista alemão defensor dos animais se transforma num ratinho para se livrar de um grupo de malvados que não respeita os bichos nem o meio ambiente. No segundo volume, Dr. Alex na Amazônia, Rita conta como o ratinho Alex combate os malvados que querem acabar com a Amazônia, os bichos e os índios, por meio de queimadas e derrubando as árvores da floresta.
Em 2017, a editora lançou também Dropz, um livro de 61 contos, todos com ilustrações feitas por Rita, e também uma edição especial de favoRita, com textos autobiográficos e fotos raras da sua carreira.
